Mais de 20 pastores de igrejas evangélicas na Nicarágua foram visitados por funcionários do Ministério do Interior da Nicarágua (MINT) para a imposição de multas a partir de 20.000 córdobas (quase R$3.000,00), o dobro do salário médio mensal no país, de acordo com a pesquisadora Martha Patricia Molina.
A advogada nicaraguense ressaltou que “sem justa causa”, as autoridades do governo acusaram os representantes dessas igrejas.
“Recentemente me reuni com um grupo de pastores cristãos-evangélicos e eles me disseram que o Ministério do Interior (Casa da Moeda) veio lhes cobrar multas injustificadas que eles nem sabem para que servem”, disse Molina, segundo a imprensa local.
A jurista disse que os representantes do Estado responderam aos cristãos que “se eles continuassem a perguntar para que servia a multa e não a pagassem, eles confiscariam imediatamente seus bens, ou seja, confiscariam tudo”.
Outra das ameaças relatadas foi o possível fechamento das igrejas onde eles pregam, pelas quais tiveram que pagar as multas. “Eles tiveram que pagar esse dinheiro e imagino que isso continuará”, disse o pesquisador, que também é autor do relatório “Nicarágua: uma Igreja Perseguida”.
Molina também acrescentou: “Já vimos no ano passado como eles os forçaram a pagar o imposto predial e assim por diante, e eles continuarão inventando novas cobranças injustificadas que terão de fazer, caso contrário perderão suas propriedades”.
As congregações afetadas estão localizadas em Manágua e em outros municípios.
Folha Gospel com informações de Evangélico Digital