A Igreja Reformada do Cantão de Vaud (EERV) votou em seu sínodo, que aconteceu entre os dias 4 e 5 de novembro, a favor de se unir às outras Igrejas protestantes que fazem parte da Igreja Evangélica Reformada da Suíça, a fim de “oferecer bênção para o casamento gay”.
Para que isso aconteça, no entanto, a igreja regional decidiu pela alteração de sete artigos de seus regulamentos para garantir tais bênçãos às uniões homoafetivas.
Esse é o objetivo da “teologia mais liberal”, ou seja, avançar na linha da aprovação de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, com a aprovação do parlamento federal suíço, incluindo a adoção de crianças, desde 2021. A nova lei possibilita que homossexuais se casem e adotem crianças de forma legal.
‘Pastores podem ser processados’
O sínodo discutiu uma “cláusula de consciência” para os ministros que rejeitarem abençoar casamentos LGBT. Caso o líder cristão se recuse a realizar a cerimônia, outro ministro deve assumir seu papel.
Durante o debate sinodal, foi levantada uma questão: se um ministro protestante se recusar a fazer o casamento de pessoas do mesmo sexo, ele pode ser levado aos tribunais?
De acordo com o site de notícias suíço Reformes.ch, há um estudo jurídico da Universidade de Basel que diz que “processos criminais contra pastores que se recusam a abençoar casamentos gays, não podem ser totalmente excluídos no futuro”.
‘Afastamento da compreensão bíblica’
Houve uma minoria na instituição protestante em Vaud que se opôs à decisão de abençoar casamentos gays, na qual se inclui o grupo evangélico Gathering for a Reformed Renewal (3R). Para eles, isso é um “afastamento da compreensão bíblica do casamento”.
Atualmente, na Suíça, primeiro o casamento acontece perante as autoridades civis. Depois disso, acontece a cerimônia na igreja para uma bênção sobre a união. Em alguns outros países europeus, a cerimônia na igreja é combinada com o casamento civil. Isso difere de país para país.
Fonte: Guia-me com informações de Evangelical Focus