Há alguns dias, uma bomba explodiu numa igreja em Suleja, cidade satélite da capital, Abuja. No dia seguinte foi a vez de outra igreja sofrer ataque. Michael Oche relata que as pessoas na região não conseguem mais dormir com os dois olhos fechados.
Tudo começou domingo, 10 de julho, quando uma bomba explodiu numa igreja cristã de Suleja, cidade satélite na periferia do Distrito Federal, Abuja. O explosivo matou três pessoas e feriu sete. Desde então, a vida não foi mais a mesma para os moradores do lugar.
Cerca de 24 horas após esse ataque terrorista, outra explosão aconteceu numa igreja da Comunidade Madalla, próximo a Suleja. Aqui, embora não tenha havido mortes, muitas pessoas ficaram feridas.
A polícia e outros órgãos governamentais vasculharam as dependências das igrejas em busca de indícios e a segurança foi reforçada, com agentes policiais posicionados nas áreas atingidas.
Algumas igrejas foram ainda mais longe, ao determinar que seus frequentadores não venham aos cultos com sacolas ou bolsas. Tal é o nível de apreensão e preocupação com a segurança que tomou conta da um dia pacífica Suleja e, possivelmente, de algumas outras cidades em torno do Distrito Federal.
Um incidente parecido, mas de menor impacto, aconteceu na igreja católica de São Pedro e São Paulo, em Nyanya, dois domingos antes das bombas em Suleja.
Um fotógrafo que estava na igreja aguardando para registrar um batismo foi molestado, em seu lugar, quando um homem ao seu lado o empurrou com irritação, junto com o seu material de trabalho. Nem mesmo a intervenção do vigilante da igreja conseguiu acalmar o seu medo. Somente depois que alguns paroquianos identificaram o jovem agressor foi que ele consentiu em retornar ao seu assento. Isto após meia hora de tumulto! Tudo aconteceu enquanto o padre ministrava o sermão. Assim tem sido pelo medo das bombas.
Os moradores dessas cidades têm dormido apreensivos e os cristãos suspeitam que se trata de ataques deliberados a lugares de culto. Vale observar que Suleja foi alvo de um ataque à bomba mortífero ao prédio da justiça eleitoral nos feriados de abril.
Samuel Nnamdi, um morador do lugar, declarou: “É insólito testemunhar a quantidade de bombardeios na Nigéria; entretanto, nós vemos que eles têm uma entonação religiosa e política. Eu ouso dizer que, em nossos 51 anos de existência como república, jamais tivemos o sabor de ser uma nação. A Nigéria é um país dividido em vários ramos: religiosos, tribais etc.”
[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]