A diocese de Milão analisa retirar uma enorme fotografia da cantora pop Madonna, 47, colocada em uma das paredes da Catedral por considerá-la inadequada, após a forte polêmica dos últimos dias entre a artista americana e a Igreja Católica.

A cantora posa em um cartaz publicitário de uma famosa marca de roupa, da qual é garota propaganda, pendurado em uma parede lateral da Catedral, em restauração. O ato causou polêmica devido ao debate surgido por causa de sua nova turnê, “Confessions”. No show, a artista encena uma crucificação, na qual canta “Live to Tell” e usa até mesmo a reprodução de uma coroa de espinhos.

Segundo o jornal “Corriere della Sera”, a entidade Veneranda Fabbrica do Duomo –criada em 1387 para construir e conservar a catedral milanesa– vai decidir que tipo de publicidade pode ser colocada nas paredes do templo.

O diretor da associação, Benigno Morlin Visconti, afirmou que agiram de “boa fé” ao permitir há um mês a colocação do anúncio e acrescentou que, se soubesse que a turnê causaria tanta polêmica, teria pedido que a fotografia “fosse colocada em outro momento”.

O bispo Luigi Manganini, da diocese de Milão, afirmou que “a publicidade destinada à catedral sempre foi escolhida com grande responsabilidade, embora neste caso ninguém pudesse imaginar o que a cantora faria e diria”.

Manganini acrescentou que nas próximas horas se reunirá com dirigentes da Veneranda Fabbrica para decidir o que fazer com o cartaz publicitário.

Madonna fez um show no domingo em Roma. A apresentação da musa, além da polêmica “crucificação”, inclui imagens de Bento 16 em uma projeção na qual mostra outros personagens, entre eles Hitler, George W. Bush, Benito Mussolini, Vladimir Putin, Osama Bin Laden e Saddam Hussein.

Fonte: Folha Online

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