O governo americano apresentou um relatório informando sobre o fracasso da Indonésia na tentativa de acabar com a opressão imposta a grupos religiosos ou levar os responsáveis da violência religiosa à justiça

O relatório, recentemente liberado pela embaixada americana em Jacarta, destacou incidentes entre julho e dezembro de 2010.

“O respeito governamental pela liberdade religiosa manteve-se inalterado. O governo processou alguns indivíduos responsáveis pela violência ligada à religião em Sulawesi e em Malukus”, apontou o relatório.

“Contudo, há falhas na prevenção de abuso e discriminação contra grupos religiosos por autores não estatais e, às vezes, falhas na punição de violentadores”.

O conteúdo ainda descrevia que o governo central parecia ter esquecido das ordenanças que limitavam os direitos dos grupos minoritários abaixo da Constituição.

Citando a orientação de uma ONG que não foi identificada, o relatório afirmava que houve mais de 50 ataques à seita islâmica Ahmadiyah, em 2010, e mais de 75 contra cristãos.

Alguns grupos muçulmanos de linha-dura usaram a violência e a intimidação para fechar igrejas, algumas dessas não registradas no governo, falava o documento. Algumas das igrejas permaneceram fechadas até a entrega do relatório.

O conteúdo ainda dizia que o governo processou apenas alguns dos acusados desses e outros abusos; observando que a Indonésia processou os responsáveis no caso de um pastor cristão que foi esfaqueado em setembro, em Bekasi – oeste de Java.

O diretor do Instituto Wahid, Zannuba Arifah Chafsoh falou que a tendência da discriminação contra grupos menores aumentou nos últimos anos.

“Os discriminadores não são apenas pessoas não estatais, mas, também, pessoas ligadas ao governo, incluindo os do caso GKI Yasmin”, contou o diretor ao The Jakarta Post.

Diani Budiarto, prefeito de Bogor, ignorou a decisão da Suprema Corte que rejeitou o pedido administrativo de Bogor em apoiar a sua decisão de fechar a igreja GKI Taman Yasmin.

O diretor do Ministério Estrangeiro de Assuntos da América do Norte e Central, Bunyan Saptomo, disse que o governo não tem autoridade de interferir no processo legal que envolve os responsáveis, acusados de terem envolvimento na violência aos grupos menores.

“A princípio, o governo permanece comprometido em proteger os direitos humanos e respeitar a libertadade religiosa”, disse Bunyan.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]

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