A Organização de Ulemás do Iraque (OUI), a mais importante instituição religiosa sunita do país, acusou ontem as tropas americanas de ter cometido um “massacre” em uma operação lançada hoje ao nordeste de Bagdá.

A OUI respondia assim a um comunicado divulgado ontem pelo comando americano, que informou que quatro supostos “terroristas” e quatro mulheres morreram em um ataque aéreo que lançou contra supostos esconderijos de insurgentes nas proximidades da cidade de Baquba, a 65 quilômetros da capital.

“As tropas de ocupação americanas invadiram na madrugada passada uma casa da zona de Al Katon e mataram quatro homens e quatro mulheres, duas delas grávidas”, denuncia uma nota da instituição religiosa.

A nota afirma que o ataque foi lançado no momento em que essas pessoas – todas elas pertencentes à mesma família – faziam a última refeição antes do início do jejum do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que para os sunitas iraquianos começou no sábado passado.

De acordo com a OUI, as forças americanas e o Governo do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, têm a total responsabilidade por esse “massacre imoral”.

O comando americano afirmou em seu comunicado que os soldados protagonizaram uma troca de tiros com alguns insurgentes que estavam escondidos dentro da casa.

Além disso, o documento afirma que, além das mulheres mortas, outra ficou ferida e foi levada a um hospital.

Nessa operação de segurança, dois suspeitos de cometer atos terroristas e estar relacionados a dirigentes da rede terrorista da Al Qaeda nas províncias de Diyala e Salah El Din, ao norte de Bagdá, ficaram feridos, conclui o comunicado.

Fonte: EFE

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