O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) notificou a Primeira Igreja Batista de Campina Grande, localizada na Praça Clementino Procópio, por dar início a uma obra de recuperação sem autorização prévia do órgão.
O coordenador do Departamento de Arquitetura do Iphaep, Raglan Gondim, disse que os responsáveis pela Igreja deverão enviar ao instituto o projeto de engenharia, que informa com precisão todas as obras previstas para o imóvel. A realização da obra foi denunciada pelo professor e historiador Josemir Camilo, representante do Iphaep em Campina Grande.
Segundo Camilo, a realização da obra foi percebida quando ele passou em frente à igreja e percebeu a existência do material de construção. “Entrei no prédio e percebi a reforma. Há, inclusive, valas nas proximidades do altar. Como sei que o prédio pertence ao patrimônio histórico de Campina Grande, resolvi comunicar ao Iphaep, já que não havia nenhuma comunicação sobre a obra”, disse. A 1ª Igreja Batista está localizada na área de preservação histórica de Campina Grande, conforme decreto número 25.139, publicado no Diário Oficial de 29 de junho de 2004.
“Estamos fazendo um serviço de manutenção interna, nas paredes e pisos da igreja que estavam danificados pelo salitre. Fizemos isso porque temos interesse em preservar o patrimônio histórico da cidade. A obra foi aprovada pela assembléia da igreja, como consta na nossa ata, e temos um engenheiro responsável pelos trabalhos”, afirmou Sebastião Tavares Sobrinho, pastor há 18 anos da 1ª Igreja Batista.
O pastor conta que há anos têm sido realizados apenas trabalhos de pintura e limpeza na igreja, por isso foi necessário uma obra maior agora. Ele explica que, além do salitre, o prédio possui infiltrações e depressões na área próxima ao altar, por isso foi necessário realizar escavações e drenagens para escoamento da água.
Raglan explica que, qualquer obra de reforma ou simples manutenção de um imóvel tombado pelo patrimônio histórico ou localizado em área de preservação, deve ser comunicada ao Iphaep. O instituto oferece orientação técnica gratuita para os proprietários de imóveis nestas situações. Para informações mais detalhadas, basta entrar em contato com o Iphaep pelo telefone (83) 3218-5125. Entre as ruas que também pertencem ao Patrimônio Histórico de Campina Grande, estão a João Lourenço Porto, Barão do Abiaí, Peregrino de Carvalho, Vila Nova da Rainha e João Tavares. “Os imóveis localizados nessas ruas não podem ser modificados, reformados ou recuperados sem autorização prévia do Iphaep”, declarou Raglan.
Fonte: Jornal da Paraíba