O Parlamento irlandês votou favorável para admitir novas regras sobre o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, na Irlanda do Norte. Com isso, tornaram a liberdade de expressão “vulnerável”, segundo Colin Hart, diretor do Instituto Cristão.
A nova proposta na legislação tem respaldo da maioria dos deputados em Westminster, que votaram na noite de terça-feira (09) para estender o acesso ao aborto e ao casamento gay para a Irlanda do Norte, se a devolução da questão não for restaurada em 21 de outubro, o que deve ter pouca chance, segundo opinião de parlamentares irlandeses.
As reuniões do Parlamento estavam suspensas desde janeiro de 2017 devido a um impasse político sobre o tema.
Colin Hart disse que a liberdade de expressão será “largamente desprotegida” se as mudanças forem adiante.
O diretor do grupo evangélico questionou o fato de a votação ter acontecido sem “nenhuma consulta e nenhuma consideração sobre como proteger aqueles que respeitosamente não concordam com a redefinição do casamento para incluir relações entre pessoas do mesmo sexo”.
Reino Unido
Parte do Reino Unido, a Irlanda do Norte é conservadora e tem maioria protestante. No entanto, não houve consulta popular para saber qual a opinião pública sobre a legislação aprovada que poder ser admitida no país cristão.
“Quando o casamento foi redefinido no resto do Reino Unido, isso foi feito em face da esmagadora oposição pública”, disse Colin Hart.
“Mas, pelo menos, isso foi feito após uma análise detalhada ao longo de muitos meses. O tempo e a pressão pública garantiram que houvesse algumas salvaguardas da liberdade de expressão. O que os parlamentares fizeram esta noite oferece pouco ou nada a esse respeito”, explicou.
“Há toda uma legislação que precisa mudar. Proteções de liberdade de expressão que foram ganhas ao longo de muitos anos devem ser postas em prática na Irlanda do Norte.
“O Partido Democrático Unionista (DUP) afirmou que os votos dos deputados violam o acordo de devolução… criada para permitir que as diferentes partes do Reino Unido façam leis que sejam apropriadas para aquelas partes do país”, esclareceu Sir Jeffrey Donaldson, membro do parlamento do Vale Lagan.
O parlamentar disse que os votos da Irlanda do Norte significam que há “muito pouco incentivo para o [partido de esquerda] Sinn Féin restaurar a devolução”, segundo a BBC.
“É bastante irônico para um partido republicano irlandês argumentar que o Parlamento Britânico é o lugar apropriado para lidar com a legalização muito sensível, assuntos muito sensíveis”, disse Sir Jeffrey.
“[O DUP] acredita que o propósito da devolução é permitir que as diferentes partes do Reino Unido façam leis que sejam apropriadas para aquelas partes do país”, esclareceu.
Fonte: Guia-me com informações de The Christian Today