As autoridades israelenses declararam nesta sexta-feira o estado de alerta máxima por ocasião do Yom Kippur ou “Dia do perdão”, a data mais sagrada do calendário hebreu.
O estado de alerta inclui o fechamento dos territórios palestinos e de todas as passagens fronteiriças, informa um comunicado militar.
Os únicos que poderão atravessar a fronteira entre Cisjordânia e Israel serão funcionários de serviços médicos, ativistas de ONGs, advogados e outros profissionais, após coordenação com o Exército israelense, e jornalistas que disponham da documentação apropriada, segundo a nota.
O dia do Yom Kippur, celebrado pelos judeus desde tempos bíblicos – é mencionado como “Sábado dos sábados” nas escrituras sagradas -, é o mais solene do calendário hebreu e paralisa totalmente o transporte público, de veículos privados, qualquer atividade pública ou privada, seja comercial ou de entretenimento.
Desde o por do sol, por volta das 17h locais (11h de Brasília) e até que saiam as três primeiras estrelas, só funcionarão em Israel os serviços de emergência. Com isso, centenas de milhares de crianças aproveitam para sair de bicicleta por ruas e estradas.
Ficarão suspensos também todos os voos e o espaço aéreo israelense será fechado ao tráfego aéreo comercial.
Neste dia, a tradição judia ordena um estrito jejum e prolongadas rezas nas sinagogas, que costumam estar abarrotadas nas duas primeiras horas, para a oração de Kol Nidrei, e as duas últimas, para a de Neila (encerramento).
O Yom Kippur era o único dia do ano no qual o Sumo Sacerdote entrava no Sancta Sanctorum do bíblico Templo de Jerusalém, a parte mais sagrada do santuário, e pronunciava, completo e sem eufemismos, o nome de Deus perante os milhares de fiéis ajoelhados fora do recinto.
Uma das tradições que precedem o “Dia do Perdão” é o ritual do Kaparot, no qual são sacrificadas aves como redenção do indivíduo, assim como era feito antigamente com um bode no templo.
[b]Fonte: EFE[/b]