Israel vai soltar amanhã 90 prisioneiros palestinos por ocasião do Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos, na véspera de nova reunião entre o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

A libertação foi aprovada há duas semanas pelo Governo de Olmert, mas adiada porque quase metade dos prisioneiros dependia de um indulto do presidente, Shimon Peres.

A princípio, com a decisão governamental, foi informada a libertação de um total de 86 prisioneiros, mas um funcionário do primeiro escalão disse hoje à imprensa local que serão 90.

Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), se reunirá no dia seguinte com Olmert no chalé do premier israelense em Jerusalém devido à celebração do feriado dos tabernáculos ou Sucot.

Segundo a autoridade, citada pelo jornal “Ha”aretz” sob anonimato, os palestinos estão endurecendo posições às vésperas da conferência regional de paz de novembro na academia militar de Annapolis (Maryland, EUA).

Olmert e Abbas já se reuniram cinco vezes desde agosto. O objetivo deles é chegar a essa conferência com uma “declaração conjunta” ou um “acordo-marco” que permita retomar as negociações de paz estagnadas desde 2001.

Segundo o “Ha”aretz”, a equipe do presidente palestino é conhecida como Unidade de Apoio nas Negociações, formada pelo negociador-chefe da OLP, Saeb Erekat, mais assessores palestinos formados em universidades da Europa e dos EUA.

Segundo uma fonte do Governo israelense citada pelo jornal, os assessores de Abbas exigem concordar antes uma agenda de assuntos a resolver para retomar as negociações em torno da criação de um Estado palestino com capital em Jerusalém e suas fronteiras, e o problemas dos refugiados palestinos desde 1948.

Durante a reunião de terça-feira entre Abbas e Olmert – cujo Governo tem de “reduzir expectativas” – podem surgir obstáculos importantes.

Fonte: EFE

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