Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um grupo de pessoas na Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, cantando uma música contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Os fiéis entoam, repetidas vezes e acompanhados pela banda da igreja e por duas cantoras, os trechos: “Ô, Bolsonaro, você não vai perder. Eu posso ouvir o choro do PT”.
Pastor responsável pela unidade da Assembleia de Deus, o pastor Adjair Vieira afirmou que a música teria ocorrido não havia sido preparado e teria ocorrido apenas após o culto. A iniciativa dos cantos teria sido, segundo ele, do grupo de jovens da igreja.
O pastor também contou que não sabe quem publicou o vídeo nas redes sociais.
“No dia seguinte, todos os membros (da igreja) já me mandaram fotos e vídeos. Muitas pessoas criticando. A repercussão foi muito negativa e isso não é legal. No geral, as pessoas falam da igreja sem conhecer o seu trabalho”, disse.
Adjair Vieira condenou a atitude, e disse que esse não é o seu posicionamento, pois é pastor de quem defende Lula ou Bolsonaro: “Não é costume falarmos em política. Temos o nosso candidato, mas durante o culto não nos manifestamos”, explicou. “Sou pastor de pessoas que defendem tanto Lula quanto Bolsonaro. Trato e amo a todos igualmente.”
O pastor também disse que orientou os jovens a evitarem manifestações semelhantes dentro do templo religioso.
“Conversei e expliquei para a Mocidade. Informei também para a liderança superior a mim, que o episódio aconteceu após o culto. Foi uma brincadeira de jovens fazendo uma paródia. É uma música cantada na igreja e (foram) colocados dois personagens da política atual.”
Vieira afirmou que o assunto já foi tratado internamente, sem que tenha sido identificadas as pessoas que tiveram a iniciativa. Ele considerou que se tratou de um caso isolado.
“Não dá pra falar que aquilo foi pra fazer uma propaganda. Os jovens começaram a cantar outros pedaços de músicas e a se alegrar, de repente, saiu aquela paródia. Nossa igreja não se envolve nesse sentido [ativismo político]. Durante todo o período de culto, é focado apenas no religioso. […] Não tem nada a ver com o que a gente faz normalmente. Foi um caso à parte”, afirmou.
Vieira diz, ainda, que a congregação tem pessoas que votam em diferentes candidatos e que trata todos da mesma forma.
Veja o vídeo:
Fonte: Mais Goiás e Fuxico Gospel