Em texto publicado sem seu blog no início da semana, o jornalista esportivo Juca Kfouri fez um protesto contra a religiosidade dentro dos gramados do futebol brasileiro. Kfouri classificou a referência religiosa em comemorações como insuportável. “Está ficando a cada dia mais insuportável o proselitismo religioso que invadiu o futebol brasileiro” diz.
Com referências marxistas, que viam a religião como o “ópio do povo”, Juca Kfouri desenvolveu seu texto criticando o que para ele seria o uso do nome de Jesus “em vão”.
Nas últimas partidas da seleção brasileira e jogos do brasileirão, jogadores como Roberto Brum, do Santos, o meia Kaká e o zagueiro Lúcio comemoraram com as mão para o céu seus gols marcados. A Fifa (Federação Internacional de Futebol) puniu e proibiu que os jogadores da seleção brasileira usassem camisas com mensagem religiosas pro baixo do uniforme, entendendo a atitude como um sincretismo religioso.
Confira trechos do artigo de Kfuri
“É um tal de jogador comemorar gol olhando e apontando para o céu como se tivesse alguém lá em cima responsável pela façanha, um despropósito, por exemplo, com os goleiros evangélicos, que deveriam olhar também para o alto e fazer um gesto obsceno a cada gol que levassem de seus irmãos” critica.
“Ninguém, rigorosamente ninguém, mesmo que seja evangélico, protestante, católico, muçulmano, judeu, budista ou o que for, deveria fazer merchan religioso em jogos de futebol nem usar camisetas de propaganda demagógicas e até em inglês, além de repetir ameaças sobre o fogo eterno e baboseiras semelhantes, como as da enlouquecida pastora casada com Kaká, uma mocinha fanática, fundamentalista ou esperta demais para tentar nos convencer que foi Deus quem pôs dinheiro no Real Madrid para contratar seu jovem marido em plena crise mundial. Ora, há limites para tudo”.
“Que cada um faça o que bem entender de suas crenças nos locais apropriados para tal, mas não queiram impingi-las nossas goelas abaixo, porque fazê-lo é uma invasão inadmissível e irritante. Não mesmo é à toa que Deus prefere os ateus…”
Fonte: Site Creio