O juiz John Rodenberg decidiu nesta segunda-feira (22), nos Estados Unidos, que o menino Daniel Hauser, 13, precisa continuar se submetendo a quimioterapia para tratar seu linfoma de Hodgkin, um câncer nos gânglios linfáticos.

O caso de Daniel ganhou notoriedade no mês passado porque a família se opõe ao tratamento e chegou a tentar esconder o menino para evitar a quimioterapia.

Os Hausers, que têm oito filhos, são católicos. Embora a Igreja Católica não tenha nenhuma restrição à quimioterapia, eles seguem uma filosofia de “não ferir” da Nemenhah Band, um grupo religioso de Missouri que acredita em métodos de cura natural defendidos por alguns índios americanos.

O grupo Nemenhah foi fundado nos anos 90 por Philip Cloudpiler Landis, que ficou quatro meses na prisão de Idaho por fraude relacionada ao uso de remédios naturais. Laid afirmou ter fundado a crença após ter recebido um diagnóstico de câncer similar ao de Daniel. Ele afirma ter sido curado ao seguir uma dieta.

Por fim, porém, a Justiça obrigou os pais a levar o filho para o tratamento com quimioterapia, sob pena de cassar a guarda dele.

De acordo com o processo, médicos afirmam que o câncer de Daniel tem 90% de chance de cura com radioterapia e com quimioterapia. Sem estes tratamentos, os médicos afirmam que a chance de sobrevivência cai para 5%.

O advogado da família, Philip Elbert, informou à Justiça que, após a quimioterapia, o tumor do menino, que, antes, aparecia como uma massa preta e densa nos exames de raio-X, agora é uma massa branca, transparente. Conforme o advogado, por causa do tratamento, o menino também perdeu 4,5 kg e o apetite.

Fonte: Folha Online

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