O TJ (Tribunal de Justiça) de nove Estados proibiu neste sábado a realização da Marcha da Maconha. O evento estava marcado para hoje em dez capitais brasileiras e mais 200 cidades pelo mundo. Somente Porto Alegre (RS) e Recife (PE) não proibiram a manifestação.

Em São Paulo, o ato iria ocorrer no parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo), às 14h. Além de São Paulo, a marcha está proibida no Rio de Janeiro, em Fortaleza (CE), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Curitiba (PR).

Na maioria dos Estados o Ministério Público entrou com ação para impedir a marcha. Para o MP, o evento pode incitar o uso da droga.

Não houve tentativa, por meios judiciais, de impedir a realização do evento na capital pernambucana, apesar de algumas vozes contrárias. A justificativa da Justiça brasileira para a proibição da marcha é a possibilidade de o ato incitar o uso da droga.

Em seu site, a organização que organiza a marcha afirma que seu objetivo não é estimular o uso, o tráfico ou o cultivo da planta no Brasil.

“Nós acreditamos que a forma como as atuais leis e políticas Públicas são construídas e aplicadas têm fracassado nos objetivos que se propõem e queremos manifestar nossa insatisfação com essa situação”, diz o site.

Rio

No Rio, a discussão sobre a legalização da maconha promete dividir a orla carioca. Realizada desde 2002 na cidade, a Marcha da Maconha reuniria defensores da descriminalização da droga em Ipanema, a partir das 14h.

Em Copacabana, pessoas contrárias à idéia prometeram fazer a caminhada Rio em Defesa da Família, a partir das 9h.

O deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB) entrou com uma representação junto ao procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira. O procurador acolheu e deu entrada no pedido no MP.

Para o deputado, não se trata de impedir o direito de discutir a legalização da maconha, mas de fazer com que o debate tenha lugar no local adequado. O Ministério Público argumentou que o evento poderia camuflar uma ação para difusão do consumo de drogas.

Fonte: Folha Online e JC Online

Comentários