Enquanto o deputado estadual Átila Nunes (PMDB) estava estudando as medidas judiciais para impedir o censo religioso feito pela Guarda Municipal, o advogado Victor Travancas foi mais rápido e pediu uma liminar para suspender a pesquisa.
A juíza Ana Cecilia de Almeida preferiu não conceder a suspensão, mas expediu, nesta quinta-feira (10), uma intimação para que a Prefeitura do Rio forneça explicações sobre o ocorrido em cinco dias.
O Ministério Público também declarou que vai investigar o caso.
Segundo a Guarda Municipal, o censo foi feito porque o órgão pretende criar um serviço ecumênico de capelania.
Entenda
O ministério Público do Rio vai investigar uma espécie de “censo religioso” da prefeitura, que está dando o que falar. A Guarda Municipal publicou, em seu boletim interno, no último dia 2, uma medida polêmica, convocando o efetivo a informar, por formulário, sua religião. Além de responder sobre a fé que professa, o servidor ainda deve fornecer seu nome e matrícula. Cerca de 7.500 agentes estão sendo chamados a responder o questionário.
A corporação alegou que tomou a iniciativa porque planeja construir uma capelania, um espaço ecumênico para prestar assistência religiosa, espiritual e social a guardas municipais. No questionário, os agentes são apresentados às seguintes opções religiosas: “católica”, “evangélica” e “espírita”. Há um espaço em que ele deve informar a unidade na qual está lotado.
De acordo com a Guarda Municipal, o censo tem como objetivo “aferir o perfil religioso” da instituição. Ao saber do caso, o deputado estadual Átila Nunes (PMDB) denunciou o caso ao MP e pediu a suspensão da pesquisa. Ele sugeriu a abertura de um procedimento administrativo e de um inquérito civil para apuração da suposta irregularidade.
Fonte: Extra via Gospel Geral