A Justiça Eleitoral de Pernambuco determinou ao candidato do PSB à prefeitura do Recife, João Campos, que pare de distribuir material gráfico em que sua prima, a candidata do PT, Marília Arraes, é associada a temas como ideologia de gênero, aborto e legalização das drogas.
A Coligação Recife Cidade da Gente (PT/PSOL/PTC/PMB) propôs uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o candidato do PSB, João Campos, e sua candidata a vice, Isabella de Roldão, alegando existirem supostos indícios consistentes da prática de abuso de poder econômico na distribuição de panfletos apócrifos com fake news contra Marília Arraes divulgados em frente a templos religiosos do Recife.
De acordo com o PT, esses panfletos estão sendo distribuídos junto com material oficial de campanha de João Campos e Isabella de Roldão.
“O que motivou a ação foi o flagrante da distribuição do material criminoso feito no último final de semana. As pessoas foram filmadas praticando o crime eleitoral em frente aos templos religiosos”, informou o partido.
Os panfletos dizem ainda que Marília, neta do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, tirou a Bíblia da Câmara Municipal quando foi vereadora e que ela “pertence ao PT que persegue os cristãos de todo Brasil”. A pena é de R$ 2 mil por ato de descumprimento.
A decisão do TRE determina, ainda, que os fiscais da propaganda façam diligências junto à igreja Assembleia de Deus no bairro da Torre, onde foi flagrada a distribuição dos panfletos, bem como em outras igrejas evangélicas situadas no entorno, no horário do início ou do término do culto, para averiguar se há distribuição de material e, em caso afirmativo, apreendê-lo.
“A ação pode acarretar a inelegibilidade de João Campos e de Isabella de Roldão por 08 (oito) anos, bem como a cassação de mandatos eventualmente obtidos por ambos” pede a campanha petista.
Fonte: Blog do Jamildo (NE10) e Blog de Lauro Jardim (O Globo)