A Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) teve conhecimento de que 13 líderes de igrejas domésticas foram detidos no município de Qu, província de Sichuan, no domingo, 30 de março. Desse total, 10 são mulheres.
De acordo com uma testemunha ocular que estava dentro da igreja, por volta de 15h no sábado, 29 de março, o culto foi atacado durante os momentos de louvor e adoração, disse um porta-voz da CAA. A igreja está no município de Qu, cidade de Dazhou, a seis horas da cidade de Chengdu, província de Sichuan.
Sete cristãos foram levados por um grupo das pessoas que disseram ser do Departamento de Assuntos Religiosos local, sendo quatro homens e três mulheres. Os nomes deles são: Wang Qingxiu, Zhou Yanmei, Zhang Mingxiu, Luo Qinghua, Wan Huabi, Wang Zhenping e Yan XX.
Foram libertados Wan Huabi e Wang Zhenping depois de passarem por interrogatório. Por volta das 18h, Wang Zhenping foi notificado pelo centro de detenção que Wang Qingxiu estava lá. Luo Qinghua foi achado no centro de detenção no dia seguinte. As outras três irmãs também estão no centro de detenção.
Senhoras de idade e crianças
E a situação ficou ainda pior. Na manhã de 30 de março, nove irmãs e quatro crianças foram levadas pelos policiais ao término da escola dominical. Outra irmã que estava trabalhando no mercado de roupas foi levada ao mesmo tempo.
Depois de serem interrogadas, todas as crianças e duas anciãs foram soltas. Sete delas ainda permanecem presas e uma irmã está desaparecida.
De acordo com três cópias de notificações da detenção obtidas pela CAA que foram emitidas aos familiares de Wan Huabi, Wang Qingxiu e Lei Shibi no dia 30 de março de 2008, estes líderes presos são suspeitos de usar “cultos de má-fé para obstruir a execução da lei.”
Li Xianbi, de 59 anos, que é a anfitriã dos cultos que acontecem aos domingos na casa dela, recebeu detenção administrativa de cinco dias por “ajuntamento ilegal” e atividades de culto.
Bob Fu, o presidente da CAA disse: “Nós estamos profundamente preocupados com o bem-estar destes líderes cristãos detidos. A detenção arbitrária delas e deles contradiz totalmente o espírito e as letras da lei.”
“É um passo atrás do outro na piora da liberdade religiosa na China. Bem como prometeu o governo chinês antes e depois dos Jogos Olímpicos de Beijing 2008”, disse ele.
Fonte: Portas Abertas