George Floyd, um negro de 46 anos, foi morto por um policial que estava com o joelho em seu pescoço (Foto: Twitter)
George Floyd, um negro de 46 anos, foi morto por um policial que estava com o joelho em seu pescoço (Foto: Twitter)

A morte de um homem negro em Minnesota (EUA) em uma ação policial na segunda-feira (25) causou uma onda de indignação por todo o mundo. Imagens publicadas nas redes sociais mostram o homem algemado no chão, dizendo que não conseguia respirar, enquanto um policial pressiona o joelho em seu pescoço.

Quatro policiais que estavam envolvidos na ação em Minneapolis foram demitidos na terça-feira (26), horas após a divulgação do vídeo.

George Floyd, 46 anos, trabalhava como segurança em um restaurante. A polícia disse que o homem correspondia à descrição de um suspeito em um caso de falsificação em um supermercado e que Floyd resistia à prisão.

As imagens registradas por pedestres mostram o homem no chão, sem filmar o que aconteceu nos momentos anteriores. O policial está ajoelhado em seu pescoço, ignorando seus pedidos. “Por favor, por favor, por favor, não consigo respirar. Por favor, cara”, disse Floyd, que está com o rosto contra o chão.

Floyd também geme e um dos policiais diz para ele “relaxar”. O homem chama sua mãe e diz: “Meu estômago dói, meu pescoço dói, tudo dói… Não consigo respirar”. Enquanto os espectadores mostram preocupação, um oficial diz: “Ele está falando, então está respirando”.

Mas, aos poucos, Floyd para de falar e fica imóvel sob o joelho do policial. O oficial não tira o joelho até que o homem seja carregado em uma maca por paramédicos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, se manifestou sobre a morte de Floyd e disse que pediu uma investigação do caso.

“Ao meu pedido, o FBI e o Departamento de Justiça já estão dentro da investigação para essa triste e trágica morte em Minnesota de George Floyd. Eu solicitei que a investigação fosse acelerada e tenho grande apreço pelo trabalho feito pela polícia local”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter, destacando que a “justiça será feita”.

O pastor John Bevere disse que tem admiração pelos bons policiais, mas este caso deve ser tratado pelas autoridades de Minnesota como “homicídio culposo” e “assassinato”.

“Todos devemos lembrar, não importa qual a cor da nossa pele ou nossa origem étnica, somos seres humanos criados à imagem de Deus. Ele ama cada um de nós tão profundamente que deu a Jesus Cristo, seu único filho, para morrer por nós, para que pudéssemos ser libertos de todo tipo de comportamento destrutivo”, disse o pastor. “Não há parcialidade com Deus, e devemos tratar os seres humanos sem qualquer parcialidade”.

A pastora Sheryl Brady, da Potter’s House Church em Dallas, disse que este é um bom momento para os cristãos se manifestarem contra a injustiça, em uma transmissão ao vivo no Facebook.

“Eu estou assustada com isso. Estou cansada disso, isso precisa mudar e acho que todos precisamos falar. O que vimos foi a vida desse homem, que estava deitado no chão, sendo espremida por um policial que colocou o joelho no pescoço de alguém que pedia misericórdia”, disse Brady.

O homem disse que não conseguia respirar, enquanto um policial pressiona o joelho em seu pescoço. (Foto: CNN)
George Floyd disse que não conseguia respirar, enquanto um policial pressiona o joelho em seu pescoço. (Foto: CNN)

No twitter, a evangelista Christine Caine comentou que, depois de assistir o vídeo da morte de Floyd, ela também está começando a mudar sua perspectiva sobre a realidade enfrentada pelos negros nos EUA.

“Eu costumava ver vídeos como esse e pensava comigo mesmo: ‘Vamos esperar que todos os detalhes sejam divulgados’. Agora, depois de ver muitos vídeos como esse, estou começando a me perguntar se minha resposta deveria ter sido: ‘Talvez eu deva tentar entender a dor deles’”, disse ela. 

“Às vezes podemos ficar tão cegos com a nossa experiência e realidade que invalidamos a de outra pessoa. Hoje, nossos irmãos negros estão passando por outro trauma que lhes comunica que suas vidas não têm valor”, acrescentou Caine.

Fonte: Guia-me com informações de Associated Press e The Christian Post

Comentários