Luiz Arcanjo é músico, compositor de canções que tem alcançado o Brasil e vários países do mundo no decorrer dos sete últimos anos, junto ao Grupo Toque no Altar, que em 2007 passou a se chamar Trazendo a Arca.

[img align=left width=300]http://guiame.com.br/images_materia/materia/j_16295.jpg[/img]No final de 2009, Luiz Arcanjo resgatou um sonho antigo que já morava em seu coração e em seus planos. Lançou seu primeiro cd em carreira solo.

Com um cd totalmente “abrasileirado” ele surpreendeu e mostrou um lado musical seu que poucos conheciam. Intitulado “Luiz Arcanjo”, o disco explorou estilos e ritmos brasileiros como Samba e Baião, passando pela mais genuína MPB. Algo ousado e inovador no cenário Gospel visto antes apenas nos álbuns de João Alexandre, Gláucia Carvalho, Sérgio Pimenta, Carlinhos Veiga, Quarteto Vida, Edson e Tita, Álvaro Junior e VPC, entre outros.

Ao todo são onze canções de autoria própria e parcerias com amigos e nomes conhecidos no meio Gospel aliados a uma produção de altíssimo nível. Para isso ele recambiou de New York, o renomado produtor JAMBA, com trabalhos com nada menos que Jaci Velasquez, Take 6, Israel Houghton, Donna Summer, Michael W. Smith, Anointed, Out of Eden e Natalie Grant, entre outros.

Foi lançado em fevereiro de 2010, o videoclipe de Fé, música de trabalho do primeiro disco solo do cantor.

O clipe foi gravado na Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais mais conhecidos do Rio de Janeiro, e contou com uma superprodução, que inclui a famosa câmera 7D.

Confira a entrevista:

Supergospel – Luiz, quando e como foi o seu início como Ministro de Louvor?

Comecei na música com oito anos de idade quando estudava e tocava clarinete na mini orquestra da igreja. Aos treza comecei a me interessar pelo violão e estudar com meu irmão. Durante muito tempo toquei no grupo de louvor da igreja, mas pelo que me lembre só comecei a ministrar louvor por volta dos 22 anos na igreja Quadrangular no Riachão (Nova Iguaçu – RJ)

Supergospel – Durante 8 anos você tem ministrado com o Trazendo a Arca, que até antes de 2007 se chamava Toque no Altar. Quais as principais experiências que você obteve nesta caminhada?

Tivemos muitas experiências ao longo desses anos. Seria até difícil relatar pois são muitas. Já vimos pessoas sendo curadas no meio do louvor. Uma vez uma mulher cega voltou a enxergar enquanto adorávamos… Também uma mulher expeliu pedras na vesícula enquanto o André Mattos tocava bateria, ela nos disse mais tarde que cada vez que ele tocava no bumbo ela sentia as pedras sendo esmagadas. Enfim! São muitas curas, restaurações de casamentos, renovo espiritual etc.

Supergospel – Houve alguns períodos conturbados, como por exemplo, a saída do grupo do Ministério Apascentar, o início da disputa judicial, o fim da disputa judicial e mais recentemente, a saída de Davi e Verônica, que voltaram para a Igreja do pastor Gregório? Como foi lidar com tudo isso? Olhando para trás, você teria feito algo de forma diferente?

É claro que não foi fácil nenhum desses episódios, sobre tudo por sermos pessoas públicas, logo, tudo que nos envolve toma uma proporção maior, às vezes as pessoas esquecem que somos pessoas que sentem, que temos emoções, que somos pais, filhos, maridos, irmãos etc.

É claro que sofremos muito com todos esses episódios e muito mais sofreu nossa família. Pra você ter idéia, minha mãe chegou a ser internada quando assistia a um programa de televisão e viu meu nome e de outros do ministério sendo expostos.

Mas meu irmão, quando você tem certeza de quem você é, de qual é a sua missão e principalmente se você tem paixão pelo que faz, você supera toda e qualquer adversidade, tristeza e tempestade. Tivemos que fazer valer na nossa vida o que nós cantamos e ministramos na vida de tanta gente, foi assim que superamos tudo isso. Sinceramente tenho muita coisa pra me arrepender na minha vida, mas em relação a esses episódios não tenho do que me arrepender.

Supergospel – Seu primeiro trabalho solo foi muito elogiado. Um cd totalmente “abrasileirado” que surpreendeu a todos e mostrou um lado musical seu que poucos conheciam. Intitulado Luiz Arcanjo, o disco explorou estilos e ritmos brasileiros como Samba e Baião, passando pela mais genuína MPB. Há quanto tempo você tinha esse projeto “engavetado”? Na época do lançamento você esperava toda essa repercussão positiva?

Bem! Pra quem me conhecia antes do Toque no altar ou Trazendo a arca sempre soube dessa minha queda por música brasileira, na verdade eu estou só fazendo um resgate de um lado meu que havia ficado para traz, mas sinceramente não esperava uma repercussão tão positiva.

Acabei descobrindo que existem muito mais pessoas que gostam de MPB, ou melhor MPBC. Acho que acabei lavando a alma de muitos que sentiam essa carência em nosso meio. Na verdade sempre quis gravar um CD de música brasileira.

Supergospel – Ao todo foram onze canções de autoria própria e parcerias com amigos e nomes conhecidos no meio Gospel aliados a uma produção de altíssimo nível. Para isso você recambiou de New York, o renomado produtor Jamba, com trabalhos com Donna Summer entre outros. Como foi trabalhar com o ele? Poderia comentar sobre os momentos dentro e fora do estúdio?

Conheci o Jamba em 2008 por meio de uma amiga que temos em comum, a Simone Rosa, aliás, ela é uma cantora espetacular que mora em Pompano Beach na Flórida. O Jamba produziu o CD dela e eu fiquei impressionado com a produção dele e quis conhecê-lo.

Nesse tempo eu já planejava gravar esse projeto, ficamos mais ou menos um ano conversando via Skype e finalmente em 2009 trouxe o Jamba pro Brasil para executarmos o projeto. Foi uma experiência totalmente diferente, o Jamba agregou muito valor ao trabalho, ele trouxe uma mentalidade gringa e uma bagagem muito grande, ele morou um mês na minha casa e decidiu mudar pro Brasil de vez, então trouxe sua família e se estabeleceu no Rio. Às vezes eu achava que ele era completamente louco (rs). Um cara cheio de manias estranhas dentro e fora do estúdio. Por exemplo, na mpusica “Gadara” foram gravados cerca de 60 canais de violão (rs), coisa que eu nunca imaginei ser possível.

Supergospel – O cd foi lançado de forma independente, mas agora você esta com o suporte da Graça Music na distribuição. Como é o seu relacionamento com a empresa?

Graças a Deus temos tido uma parceria muito boa, não há do que reclamar e acho que foi uma boa opção.

Supergospel – Existe alguma dificuldade em administrar a sua agenda com a agenda do Trazendo a Arca?

Não! De maneira nenhuma. Sempre deixei claro que o Trazendo a Arca tem a prioridade e é o meu ministério principal. Minha agenda solo funciona nas brechas da agenda do Trazendo a Arca e nunca tivemos problemas com isso.

Supergospel – E o novo disco do Trazendo a Arca? Quais as suas expectativas em relação ao disco Entre a fé e a razão?

Esse disco tem sido uma grande benção, ele alcançou o disco de ouro em menos de 10 dias e o de platina em 5 meses, mas o resultado maior não são os números, pra mim o testemunho das pessoas valem mais, a reação dos irmãos quando ministramos cada uma das canções, o que Deus fala com cada um através desse trabalho, isso sim pra mim é o que conta, e em relação a isso não temos o que reclamar.

Supergospel – Quais bandas, cantores e ministérios você costuma ouvir? Quais te influenciaram e te influenciam até hoje?

Ouço de tudo um pouco, sou muito eclético em relação a musica. Cresci ouvindo de Ozéias de Paula a Rebanhão, de Vitorino Silva a Mortification, de Vencedores por Cristo a Sinal de Alerta. Hoje continuo ouvindo de tudo um pouco, de música clássica a Oficina G3, de Leonardo Gonçalves a APC 16, de Jason Upton a Stênio Marcius etc. Gosto de música bem produzida, bem escrita e sobre tudo que me comunique alguma coisa.

Supergospel – Se você tivesse que escolher dois conselhos para dar aos ministros de louvor – um na área musical e outra na área espiritual – que conselhos você daria?

Bem! Musicalmente falando, se entendermos que militamos numa seara artística (Palavra que hoje em dia é vista de maneira pejorativa), mas a verdade é isso que somos (Artistas) então buscaremos fazer música cada vez mais com arte pra Deus. Estude mais, ouça mais, pesquise mais, não se acomode, evolua, até porque como diz o ditado “A fila anda”.

Espiritualmente falando, se entendermos que além de artistas somos ministros e ministros necessitam conhecer a Deus, ter comunhão com ele e ter vida de santidade, então precisamos evoluir também nesses quesitos. Acho que acabou tempo onde os músicos das igrejas não passavam de tocadores e às vezes maus tocadores que se limitavam a tocar na hora do louvor e na hora da palavra os caras saíam pra ficar de bate papo do lado de fora do templo, gente que não tem a menor intimidade com a palavra não pode estar em cima dos altares, só podemos adorar aquilo que conhecemos e quem não tem vida de oração e palavra simplesmente não o conhece.

Supergospel – A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que você acha dessas novas opções de mídia?

Acho que é o futuro. Essas mídias sócias são de suma importância, pois descentralizam o poder das mídias televisivas e radiofônicas. Hoje é possível que uma banda ou cantor que nunca tenha tocado em uma grande rádio ou aparecido na tv consiga fazer que seu trabalho se torne conhecido. Essas mídias sociais tem tirado muita gente do anonimato e é uma ferramenta indispensável inclusive para os que já desfrutam da fama.

Supergospel – Para encerrar, quais são os seus projetos e o que você espera no ano de 2011 para o seu ministério?

Bem! 2011 começou a mil para nosso ministério. Logo em janeiro fomos pra Moçambique e Estados Unidos onde ficamos cerca de um mês ministrando em várias cidades, em julho vamos a Israel levando uma caravana e em seguida voltamos aos Estados Unidos onde vamos gravar nosso DVD na cidade de Orlando e ainda estamos programando a gravação de um CD em Espanhol pra esse ano.

Contatos:
site: www.luizarcanjo.com
e-mail: [email protected]
fone: (21) 7813-6485
ID Nextel: 81*25928
Twitter: @Luiz_Arcanjo

[b]Fonte: Supergospel[/b]

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