Madonna foi alvo de críticas de alguns judeus após sua recente passagem por Israel, onde assistiu à conferência sobre cabala. A cantora participou do evento ao lado de famosos como Demi Moore, Ashton Kutcher e Rosie O’Donnell.

Durante a viagem, Madonna, que se encontrou com o presidente israelense Shimon Perez e também celebrou o ano novo judaico, comentou em tom de brincadeira ser a embaixadora do judaísmo.

Este envolvimento de Madonna com assuntos ligados à religião gerou descontentamento entre judeus, segundo reportagem publicada no site da revista “Rolling Stone”.

Líderes religiosos entrevistados pela revista consideraram faltar à cantora conhecimentos sobre o judaísmo, para que ela possa ser instruída em cabala. David Batzri, da Shalom Yeshiva, acredita que muitos dos próprios judeus precisam conhecer melhor os preceitos religiosos para compreender os segredos da religião. Ele também disse ser contra uma não-judia ter acesso ao conhecimento.

Outro estudioso da cabala, o qual pediu para não ter seu nome divulgado, disse à publicação que “na cabala é reconhecido que a impureza e a maldade são atraídas pela santidade. É por isso que as pessoas de Hollywood, um lugar de imoralidades, são naturalmente atraídas à santidade da cabala”.

O interesse de Madonna por cabala ficou conhecido em 1998. Nesse ano, ela lançou o disco “Ray of Light”, repleto de referências à mística judaica e temas orientais.

Em 2004, ela esteve em Israel para celebrar a chegada do Ano Novo judaico e conhecer mais sobre a cabala. Na época, a visita gerou protestos entre grupos de judeus fundamentalistas. Eles afirmaram ser a cabala um conhecimento complexo o qual deve ser proibido às mulheres. Para os religiosos, elas podem “enlouquecer”.

Fonte: Folha Online

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