Bandeira da Indonésia (Foto: canva)
Bandeira da Indonésia (Foto: canva)

O conservadorismo islâmico está ganhando forças na Indonésia; a maior nação muçulmana do mundo mostra não ter piedade daqueles que seguem o cristianismo.

A Indonésia, 46º país na atual Lista Mundial da Perseguição[/url], tem visto o aumento das violações dos direitos humanos e também um ataque à liberdade religiosa no país. Um relatório da Comissão Nacional de Direitos Humanos, divulgado pelo Jakarta Post, em 10 de janeiro, confirmou esses dados.

O caso de blasfêmia mais recente, contra o governador de Jacarta mais conhecido como “Ahok”, ainda vai durar alguns meses. Enquanto isso, o governador cristão tenta se defender, afirmando que nunca teve intenção de “insultar o alcorão”. Mas a maior nação muçulmana do mundo mostra não ter piedade daqueles que seguem o cristianismo.

“Este caso atraiu muita a atenção nacional e internacional e é visto como um teste de liberdade religiosa para essa nação. Houve uma mobilização de mais de 200 mil manifestantes de todo o país. Eles são radicais islâmicos e prometem proteger o conservadorismo na sociedade. Infelizmente, a cada dia que passa, eles ganham ainda mais terreno, sufocando as minorias”, comenta um dos colaboradores da Portas Abertas. Ore por essa nação.

O caso “Ahok”

O governador cristão indonésio, Basuki Tjahaja Purnama, mais conhecido como “Ahok”, lutou contra as lágrimas durante o primeiro dia de seu julgamento de blasfêmia, em 13 de dezembro. Alguns líderes muçulmanos acusaram-no de insultar o islã citando o alcorão. Ele pediu desculpas e reconheceu que fez alguns comentários dirigidos a políticos, mas que suas palavras não eram críticas aos versos do livro sagrado dos muçulmanos.

O julgamento foi transmitido ao vivo pelas emissoras de TV indonésias. O governador alegou sua inocência dizendo ao tribunal: “Eu nunca tive a intenção de insultar os muçulmanos ou seus líderes. Sendo assim, suplico aos juízes que considerem o meu argumento”. Ele também explicou que citou justamente o verso do alcorão que proíbe o uso das escrituras islâmicas para benefícios políticos.

Mas uma versão “editada” desse discurso se tornou viral e provocou a indignação da comunidade muçulmana. Ele passou a ser investigado e, desde então, aumentou o número de ataques dirigidos aos cristãos por grupos extremistas. O clima continua tenso. Analistas estão preocupados com a hostilidade dos muçulmanos moderados em relação a Ahok.

Fonte: Missão Portas Abertas

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