A sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha e uma das poucas que sobreviveram ao nazismo, reabriu suas portas nesta sexta-feira após mais de três anos de obras.
Cerca de mil pessoas, entre elas vários sobreviventes do nazismo, assistiram à cerimônia de reabertura da sinagoga, que simboliza o renascimento da comunidade judaica em Berlim, a cidade onde os nazistas planejaram o Holocausto.
A sinanoga de Rykestrasse, um bairro do leste de Berlim, foi um dos poucos edifícios judeus que se salvaram dos incêndios da noite de 9 de novembro de 1938, conhecida como “a noite dos cristais quebrados” e durante a qual bens judeus foram destruídos em toda a Alemanha.
Os nazistas só não queimaram a sinagoga porque o edifício era contíguo a vários outros onde viviam “arianos”.
A sinagoga, de estilo neoclássico, foi construída em 1904. A reforma, na qual 4,5 milhões de euros foram investidos, começou em 2004. O edifício tem capacidade para 1.200 pessoas.
Ela era uma das 12 sinagogas que existiam na capital alemã antes da guerra. Os nazistas a utilizaram como depósito. Em 1953, ela reabriu suas portas e se transformou na sede da comunidade judaica durante o regime comunista da República Democrática da Alemanha (RDA).
Há atualmente 120.000 judeus na Alemanha, graças aos muitos imigrantes russos que chegaram após a reunificação. Antes do nazismo, havia no país entre 500.000 e 600.000 judeus. Depois da guerra, restaram apenas 15.000.
“O fato de que ainda existam judeus em Berlim é um milagre de dimensões históricas”, enfatizou o rabino Chaim Rozwaski.
Fonte: Portas Abertas