Mãe e filha lendo a Bíblia
Mãe e filha lendo a Bíblia

A grande maioria das crianças que crescem com mães cristãs permanecem cristãs quando adultas, de acordo com uma nova pesquisa da American Bible Society (ABS), que também mostra que a fé tem mais poder de “permanência” entre as crianças do que o ateísmo.

A pesquisa da Sociedade Bíblica Americana (ABS), publicada em 11 de maio, denominada “Estado da Bíblia 2023”, revelou que 73% das crianças que cresceram protestantes permaneceram protestantes ou “outro cristão” quando adultos. Quatro por cento são agora católicos, enquanto 19 por cento dizem que se identificam como ateus/agnósticos ou “nenhum”.

Entre as crianças que cresceram católicas, 57% permaneceram católicas quando adultas, enquanto 6% agora são protestantes e 14% são “outros cristãos”. Um quinto (21%) agora se identifica como ateu/agnóstico ou “nenhum”.

O termo “outro cristão” se refere a aqueles que mudaram de fé, permanecendo cristãos de alguma vertente diferente da materna.

“Um conhecido provérbio oferece esta expectativa: ‘Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele’ (Provérbios 22:6 ). Este versículo tem desafiado e confortado muitas mães cristãs ao longo dos anos”, disse o relatório.

Os novos dados sobre as mães “comprovam” o versículo, disse o relatório.

Enquanto isso, um terço (32 por cento) dos adultos que cresceram ateus/agnósticos/nenhum dizem que agora são cristãos. Este movimento é maior do que o movimento fora dos campos da fé: um quinto dos adultos que cresceram protestantes ou católicos agora se identificam como ateus/agnósticos/nenhum.

“A história cristã está repleta de mães fiéis”, disse o relatório. “A Bíblia conta que a fé de Timóteo foi influenciada por sua mãe, Eunice, e sua avó, Lóide. O bispo Agostinho reconheceu as poderosas orações de sua mãe, Monica. Os reformadores John e Charles Wesley ficaram gratos pela orientação de sua mãe, Susanna. Esses são apenas alguns dos exemplos mais proeminentes. Milhões de outras histórias poderiam ser contadas, ainda hoje.”

Palavra semeada

Enquanto mais de três quartos dos cristãos, 77%, seguem a religião de suas mães, aqueles que mudaram de fé, permanecendo cristãos de alguma vertente diferente da materna, buscam viver sua fé fielmente, disse a ABS no segundo capítulo do relatório de 2023.

Esses se tornam um pouco mais engajados com as Escrituras, têm uma crença maior na exatidão da Bíblia, consideram a fé mais importante e são mais curiosos sobre Jesus e a Palavra de Deus.

Dos que mudam para outra vertente cristã, 64% acreditam que a Bíblia é totalmente precisa em todos os princípios que apresenta, em comparação com 47% daqueles que mantiveram sua fé infantil.

Três quartos daqueles que mudaram consideram sua fé religiosa muito importante em suas vidas, em comparação com 68% daqueles cuja fé permaneceu a mesma.

Três quartos daqueles que mudaram estão curiosos para saber mais sobre Jesus, em comparação com 64% daqueles que mantiveram a religião de sua infância. E 78% dos que trocaram estão curiosos para saber mais sobre as Escrituras, em comparação com 66% que não mudaram.

As diferenças são verdadeiras em cada grupo denominacional principal, incluindo protestantes evangélicos, tradicionais e historicamente negros, bem como católicos.

“Exploramos as jornadas pessoais de fé das pessoas desde a infância, bem como seu compromisso com Cristo hoje. Quando as pessoas mudam de fé [cristã], muitas vezes acabam com uma mais forte”, disse a ABS.

“A busca por uma expressão mais verdadeira de seu relacionamento com Deus os leva a um envolvimento mais profundo. Observamos o movimento da fé por meio de uma continuidade que incluía buscar, reivindicar e desfrutar de um relacionamento com Jesus”.

Legado de fé

Os pesquisadores também vincularam o fenômeno ao fato de que aqueles que buscam fora de sua fé infantil tendem a desenvolver uma conexão mais profunda com o cristianismo recém-encontrado, uma questão de assumir seu relacionamento com Cristo.

“A internalização da verdade cristã é um processo ao longo da vida”, disseram os pesquisadores. “À medida que buscam as melhores expressões e conexões para sua fé ou sua crescente compreensão do ensino da Bíblia, algumas pessoas vão abandonar uma tradição religiosa e passar para outra. Isso não é necessariamente uma perda de compromisso de fé. Na verdade, pode sinalizar crescimento espiritual.

“Às vezes, os buscadores retornam às suas raízes espirituais com uma fé mais forte.”

A pesquisa foi baseada em entrevistas com 2.761 americanos em janeiro.

Folha Gospel com informações de Christian Headlines, Guia-me e Baptist Press

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