Quando o assunto é plano para o futuro, casar não é prioridade entre os jovens. Uma pesquisa revelou que 85% da Geração Y/Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e da Geração Z (1997 e 2010) acreditam que o casamento não é essencial para ter um relacionamento completo e o consideram uma tradição ultrapassada, segundo dados do Thriving Center of Psychology.
O estudo revelou ainda que 65% dos Millennials e 35% da Geração Z preferem morar juntos ao invés de casar, algo que costuma acontecer, em média, após um ano de namoro. Além disso, para 73% dos entrevistados, casar é muito caro.
Por outro lado, apesar do matrimônio não ser uma prioridade, a maioria dos jovens pensa em formar uma família no futuro. A pesquisa revelou que 83% dos entrevistados esperam se casar em algum momento.
De acordo com o pastor e professor acadêmico, Geraldo Moyses Gazolli Junior, que é mestre em Ciências da Religião e doutorando em Teologia, o desinteresse pelo casamento na geração atual deve-se, em grande parte, pelo pensamento da juventude de que não há “vantagens” em se casar e que é melhor investir na carreira.
“Pense em um jovem que está começando a vida profissional agora, após tanto investimento. Ele avalia o pensamento de se casar e olha para o ‘risco’ que isso trará para si. A questão é que a sacralidade do casamento, e principalmente, o compromisso está se perdendo. Percebemos que, para a maioria, o casamento se tornou um investimento que nem sempre compensa os riscos”, lamenta o pastor.
Segundo o pastor Geraldo Gazolli, para evitar que isso aconteça com jovens evangélicos, é importante trabalhar com eles sobre os valores da família e não apenas das conquistas no mercado, um trabalho que deve ser feito tanto com homens como com mulheres.
“Nossos adolescentes e jovens recebem baixíssimas expectativas e se tornam adultos deveras medíocres. Para evitarmos esse cenário precisamos sair dos moldes do presente século e nos basearmos mais no conceito original bíblico de casamento. Uma instituição sagrada onde dois pecadores se unem em propósito e colaboram um com o outro”, enfatiza.
Outro ponto importante abordado pelo pastor é que o desejo de casar está diretamente ligado a comunhão dos jovens com Cristo, que faz brotar em seu coração o desejo de constituir uma família e fugir da fornicação e do adultério.
“Um casamento feliz e de sucesso é um casamento próximo do amor de Deus. O matrimônio é a oportunidade de o ser humano desenvolver-se além de si, sair do ‘eu’ para o ‘nós’. É inaugurar uma nova fase do crescimento pessoal, coletivo e espiritual”, enfatiza.
Mas afinal, dá para saber se a pessoa com que o jovem está se relacionando tem chances de ser um bom cônjuge? O pastor disse que não existe uma “cartilha de erros”, mas há alguns “sinais vermelhos” que servem de alerta. Ele citou três pontos que devem ser observados pelo casal, confira:
Comunhão com Deus. O relacionamento dessa pessoa com Deus é o primeiro ponto. Alguém que se sente um pecador e busque incessantemente a presença de Deus é um bom indicativo de alegria no casamento.
Relacionamento com a família. O segundo ponto é o relacionamento dessa pessoa com a família. Se ela vive em desrespeito aos pais e irmãos, esse é um sinal vermelho.
Como te trata. Além é claro da forma que você é tratado por essa pessoa. A experiência nos diz que nada é transformado magicamente no casamento, na verdade, as coisas tendem a piorar. Fique atento a comportamentos que geram violência, ignorância, infidelidade, irresponsabilidade e descontrole financeiro, pois tendem a representar uma piora substancial.
Fonte: Comunhão