Bandeira da Nigéria (Foto: Canva)
Bandeira da Nigéria (Foto: Canva)

O sequestro se tornou um “negócio” lucrativo na Nigéria para grupos criminosos e extremistas islâmicos . Na manhã de 7 de março, mais de 300 crianças e adolescentes de uma escola primária e secundária foram sequestrados na aldeia de Kuriga, estado de Kaduna.

No entanto, algumas vítimas foram resgatadas e 287 continuam sob o poder dos sequestradores. Nenhum grupo assumiu a autoria dos sequestros ainda. “Estes não são raptos isolados. Os ataques e sequestros – especialmente no Norte da Nigéria – pioraram gravemente na última década. Os cristãos estão entre aqueles que são especialmente visados”, explica Jo New House, porta-voz da Portas Abertas do trabalho na África Subsaariana.

Violência no cotidiano

Alguns dias antes, cerca de 200 mulheres e meninas que vivem em um campo de deslocados saíram para procurar lenha e foram raptadas por soldados do grupo Boko Haram em Gamboru Ngala, estado de Borno.

Jabez Musa*, advogado nigeriano, reconhece que os sequestros sempre foram um problema na Nigéria, mas esses casos em massa são diferentes. “Nosso governo ainda não reagiu. Estamos aguardando notícias para vermos o que eles podem fazer”, afirma.

Infelizmente, os raptos de alunos não é algo novo no país em 6º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024. Em abril de 2014, 275 meninas foram sequestradas no vilarejo de Chibok, no estado de Borno, das quais 95 ainda estão desaparecidas. “A proliferação de armas, a impunidade e a falta de ação do governo permitiram a expansão do Boko Haram e o aumento da violência no Norte da Nigéria, onde os ataques de bandidos armados a aldeias e escolas estão se tornando endêmicos”, explica New House.

De acordo com a pesquisa da Portas Abertas, estima-se que mais de 37.500 pessoas foram mortas desde o início da insurgência do Boko Haram em 2011. Os extremistas invadem e destroem vilas inteiras, matam homens, mulheres e crianças cristãs, sequestram, abusam sexualmente de mulheres e meninas e obrigam os garotos a se juntarem ao grupo.

Fonte: Portas Abertas

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