Cerca de 63% das crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe vivem em algum tipo de situação de pobreza, definida pelas privações que afetam o exercício de seus direitos e pelo nível de renda de suas famílias.

A informação foi tirada da prévia divulgada nesta terça-feira, de um estudo da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).

Segundo o estudo, a classificação considera uma criança pobre se não for cumprido pelo menos um de seus direitos –que podem ser humanos, econômicos, sociais e culturais.

A pesquisa mediu múltiplas dimensões da pobreza infantil na América Latina e no Caribe, vinculando cada uma ao cumprimento ou não da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

A pesquisa, que será divulgada em breve, levou em conta fatores como nutrição, disponibilidade de água potável e de saneamento básico, e o número de pessoas por moradia.

Também foram considerados itens como frequência escolar e anos de escolaridade; posse de rádio, televisão e telefone; acesso à eletricidade; e capacidade dos recursos disponíveis de satisfazer as necessidades básicas das crianças e adolescentes.

Na opinião destes organismos internacionais, assim como a pobreza tem muitas dimensões, a resposta do Estado para diminuí-la também deve ser “multisetorial”.

Os organismos sugerem ações afirmativas adicionais dirigidas às crianças e adolescentes pobres que pertencem a grupos sociais particularmente suscetíveis a sofrer privações, como aqueles de origem indígena ou de áreas rurais.

Fonte: Folha Online

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