A Eritreia soltou trinta e cinco cristãos da prisão na semana passada. Entre os prisioneiros, estão onze mulheres que foram soltas sob fiança da prisão de Mai-Sirwa, nos arredores da capital Asmara.
Em 2002, a Eritreia aprovou uma lei proibindo igrejas além das que já possuem autorização.
Os trinta e cinco foram presos por ter denominações cristãs sem registro e, embora tivessem assinado um formulário quatro anos e meio atrás prometendo não participar mais de encontros dos respectivos grupos de fé, foram soltos apenas agora.
A maioria deles é jovem e não tem posição de liderança em suas igrejas ou grupos. Pastores e líderes religiosos continuam presos em prisão de segurança máxima.
O grupo de direito, Release Eritrea, com base no Reino Unido, confirmou a libertação dos cristãos. O sentimento é de gratidão a Deus pelas solturas, mas ainda há preocupação com os que continuam na prisão.
“Em particular um ancião, líderes religiosos e pastores que estão presos desde 2004. Por conta da idade avançada, eles têm cada vez mais problemas de saúde”, disse o diretor do grupo, Dr. Berhane Asmelash. Ele também informou que há centenas de prisioneiros em pelo menos dez prisões pelo país presos por períodos que vão de alguns meses a aproximadamente 20 anos.
A Release Eritrea estima que em apenas duas prisões, Mai-Etir e Dahlak, estejam cerca de 250 presos políticos e o pedido é que todos sejam soltos.
O líder religioso Thomas Reese, da Comissão Internacional de Liberdade Religiosa americana, disse que a Eritreia permanece “um dos piores exemplos de repressão da liberdade religiosa ou crença patrocinado pelo Estado no mundo”, onde estima-se que de 1,2 a 3 mil pessoas estão presas por motivos religiosos. Elas estão em cerca de 60 prisões e campos que compõem a extensa rede de prisões da Eritreia.
Com a melhora no relacionamento com a vizinha Etiópia, tem se falado sobre a necessidade de melhoria na situação dos direitos humanos no país.
A Eritreia é o 6º na Lista Mundial da Perseguição 2018, ranking que classifica os 50 países onde é mais difícil viver como cristão.
Fonte: Missão Portas Abertas