O pedido de desculpas do presidente dos EUA, Barack Obama, não foi suficiente para arrefecer os protestos provocados pela queima de exemplares do Corão em uma base militar americana no Afeganistão.

O quarto dia consecutivo de protestos deixou pelo menos dez mortos, a maioria na cidade de Herat (oeste), onde um grupo de manifestantes tentou atacar o consulado americano e incendiou veículos da polícia.

Houve protestos ainda na capital, Cabul, e em outras cidades afegãs. Desde a terça-feira, quando os atos começaram, já são mais de 20 mortes, incluindo dois soldados americanos.

Os manifestantes têm ignorado os apelos de clérigos, de parlamentares e mesmo do presidente Hamid Karzai pelo fim da violência até que seja concluída uma investigação sobre os incidentes envolvendo o livro sagrado do islã na base aérea de Bagram.

Ontem, o comandante da Otan (aliança militar ocidental) no Afeganistão, general John Allen, fez um apelo por calma.

“Peço que todos ao redor do país -membros da força militar e afegãos- exerçam a paciência e a contenção, enquanto continuamos a averiguar os fatos”, afirmou Allen em nota. “Trabalhar em conjunto com os líderes afegãos é a única maneira de corrigir esse grande erro e garantir que não volte a ocorrer.”

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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