Um domingo, há 31 anos, no dia 4 de julho de 1976, três sacerdotes e dois seminaristas da congregação palotina foram assassinados na igreja de San Patrício, no bairro de Belgrano, em Buenos Aires. Sua memória é evocada numa película de jovens realizadores argentinos.

Os sacerdotes Alfredo Leaden, 57 anos, Pedro Duffau, 65, e Alfredo Kelly, 40, mais os seminaristas Salvador Barbeito, de 29, e Emilio Barletti, de 23, – todos pertencentes à Sociedade do Apostolado Católico, Pais Palotinos- foram as vítimas do terrorismo de Estado.

Os indícios encontrados no lugar do assassinato não deixaram dúvidas sobre a participação de um grupo paramilitar unido ao governo. Esses crimes são parte da memória que se procura desenterrar no país.

Os dramáticos acontecimentos inspiraram a Juan Pablo Young e Pablo Zubizarreta, dois jovens criadores, a produzir um documentário para difundir essa barbárie e honrar a memória de “Los Cinco”, para libertá-los do esquecimento, que seria a mais dura das condenações.

O filme, intitulado “4 de julho”, recebeu o Prêmio Signis 2007 (Festival Internacional de Cinema de Mar do Prata). Ele teve pré-estréia em duas apresentações privadas no Museu Malba, na segunda-feira, 2. Até o final do ano deverá estar no circuito comercial.

“4 de Julio” é o resultado de cinco anos de investigação e coleta de material jornalístico inédito. Ele propõe uma interpretação histórica sobre um crime que ainda permanece impune.
A Paróquia San Patricio, onde os religiosos atuavam, recordou esses mártires com uma missa, celebrada ontem à noite

Fonte: ALC

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