Igreja com poucos fiéis (Imagem representativa)
Igreja com poucos fiéis (Imagem representativa)

Pela primeira vez desde o final dos anos 1930, menos de 50% dos americanos dizem pertencer a uma igreja, sinagoga ou mesquita, de acordo com uma pesquisa publicada na segunda-feira (29) pela Gallup.

De acordo com a análise, a religião organizada vem vivendo um declínio no número de membros nos últimos 20 anos. Em 1937, cerca de 73% dos americanos frequentavam templos, quando a Gallup fez sua primeira pesquisa. O número se manteve perto de 70% nas próximas seis décadas e teve seu auge no fim da Segunda Guerra Mundial, com 76%.

Seguindo a análise da Gallup, um declínio constante começou em torno do século 21. A média de membros de igrejas era de 69% entre 1998 e 2000, caindo para 62% entre 2008 e 2010. No último levantamento, entre 2018 e 2020, o percentual caiu para apenas 49%. Atualmente, apenas 47% dos americanos são vinculados a uma igreja.

O declínio de membros de igrejas é explicado principalmente pelo aumento de americanos que não expressam nenhuma preferência religiosa. Nas últimas duas décadas, a porcentagem de pessoas que não se identificam com nenhuma religião cresceu de 8% entre 1998 e 2000 para 13% de 2008 a 2010 — um aumento de 21% nos últimos três anos, os tornando um grupo tão grande quanto os evangélicos ou católicos.

Queda é menor entre conservadores

A queda também pode ser atribuída a um declínio no número de membros registrados de maneira formal nas igrejas, entre aqueles que têm uma preferência religiosa. Entre 1998 e 2000, uma média de 73% dos americanos religiosos pertenciam a uma igreja, sinagoga ou mesquita. Nos últimos três anos, a média caiu para 60%.

A filiação à igreja está fortemente correlacionada com a idade, já que 66% dos tradicionalistas — adultos americanos nascidos antes de 1946 — pertencem a uma igreja, em comparação com 58% dos baby boomers, 50% da Geração X e 36% dos Millennials (Geração Y).

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Entre os grupos religiosos, o declínio na membresia é mais acentuado entre os católicos (queda de 18 pontos, de 76% para 58%) do que entre os protestantes (queda de 9 pontos, de 73% para 64%).

Além dos protestantes, o declínio no número de membros é menor entre pessoas com visão política conservadora, adultos casados ​​e universitários graduados.

Desafios para a Igreja

Embora seja possível que parte do declínio visto em 2020 tenha sido temporário e relacionado à pandemia da Covid-19, a Gallup prevê que a queda contínua “nas décadas futuras parece inevitável, dados os níveis muito mais baixos de religiosidade e pertencimento à igreja entre as gerações mais jovens”.

O desafio para os líderes é encorajar os cristãos a se tornarem membros ativos da igreja, segundo a Gallup. Uma pesquisa realizada em 2017 constatou que as pregações são o principal motivo pelo qual as pessoas frequentavam a igreja.

A maioria também disse que programas voltados para crianças e adolescentes, o alcance comunitário, oportunidades de trabalho voluntário e líderes dinâmicos também foram fatores em sua participação. “O enfoque em alguns desses fatores também pode ajudar os líderes da igreja local a encorajar as pessoas que compartilham sua fé a se unirem à igreja”, diz o relatório da Gallup.

Fonte: Guia-me com informações da Gallup

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