Publicação da edição de julho da revista Time mostra na capa um monge budista acusado de alimentar a violência sectária no país.

Em mensagem televisiva transmitida nesta quarta-feira (26/6), o governo de Mianmar declarou que pretende “evitar o aumento dos distúrbios raciais e religiosos” no país com a censura da publicação da edição de julho da revista Time, que mostra na capa o monge budista Wirathu, acusado de alimentar a violência sectária no país sob o título “A cara do terror budista”.

[img align=left width=300]http://portalimprensa.uol.com.br/content_file_storage/2013/06/26/timebudismo.jpg[/img]Segundo a EFE, defendendo o budismo em Mianmar e rejeitando qualquer forma de associação da religião ao terror e à violência, o gabinete do presidente birmanês, Thein Sein, emitiu comunicado no último domingo (23/6). “O que escreveu a revista Time pode levar a mal-entendidos sobre a religião budista em Mianmar e prejudica os esforços para conseguir a conciliação inter-religiosa em Mianmar”, disse.

O país asiático tem cerca de 60 milhões de habitantes, dos quais 89% são budistas, 4% muçulmanos e o restante de outras religiões.

Capa da Time, Wirathu é o líder de um movimento radical de monges budistas birmaneses que afirmam que a minoria muçulmana do país ameaça a pureza racial e a segurança nacional.

Esse grupo, conhecido por utilizar os dígitos 969 que é uma referência às virtudes de Buda, pediu restrições ao casamento entre budistas e muçulmanos e o boicote aos negócios de propriedade dos muçulmanos.

Cerca de 250 pessoas morreram durante os enfrentamentos entre budistas e muçulmanos que começaram há mais de um ano no estado de Rakhine, nordeste de Mianmar, e que se espalharam por diversas províncias do país.

A ONU, os Estados Unidos, a União Europeia e os governos de outros países expressaram preocupação com os distúrbios que podem contribuir para acabar com as reformas que ocorrem em Mianmar após quase 50 anos de regimes militares.

[b]Fonte: Portal Imprensa[/b]

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