Não é só em audiência que a minissérie “Rei Davi” (Record) chama a atenção. A produção que vem tirando o sono da Globo também é uma das mais gastonas da Record.
Orçada em R$ 25 milhões, “Rei Davi” consome em cada capítulo cerca de R$ 900 mil, o dobro gasto pela concorrente em um capítulo da novela das nove.
Boa parte disso é investido em efeitos especiais.
São cenários, incêndios, soldados, guerras e cidades inteiras em 3D, criados por computação gráfica.
“Como o protagonista é nômade, conquista territórios e soldados, precisamos adaptar vários lugares distintos à época”, fala o supervisor de efeitos visuais da Record, Gustavo Dominguez.
“Quase todas as locações, então, são alteradas por efeitos especiais. Criamos montanhas e pedras, construções de época, aumentamos o número de cabanas e de soldados”, continua. “Criamos aqueles céus que representam as forças superiores ajudando Davi.”
Em uma das principais cenas da minissérie, em que o pequeno Davi derrota o gigante Golias, os soldados filisteus foram multiplicados graficamente. Prédios, fios e postes existentes na região onde ocorreram as gravações foram apagados da cena.
O ator que viveu Golias, Atalaia Nunes, de dois metros de altura, surgiu bem maior na tela.
“Gravamos muitas cenas dessa sequência com câmeras especiais, ‘high speed’ (para movimentos rápidos). Ficou sensacional”, diz ele.
Apesar do alto investimento em efeitos especiais, Dominguez diz que a preocupação de sua equipe é passar despercebida na obra. “O bom efeito é o que precisa ser ‘contado’ para ser visto.”
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]