O Ministério de Ações Afirmativas Afro-Descendentes (AA-Afro), da Terceira Região Eclesiástica da Igreja Metodista, que abrange a Grande São Paulo, incentivará o resgate da história do povo negro com a oferta de cursos e constituição de grupos de teatro, e pedirá a inclusão do ensino da História da África nos currículos das instituições teológicas de ensino.

A esperança de transformar as relações sociais e de maior inclusão da pessoa de cor na igreja e na sociedade marcou e animou os 30 participantes do I Encontro Regional do Ministério AA-Afro, reunido de 15 a 17 de fevereiro, em Suzano, a 40 quilômetros da capital.

“O tema esperança, tendo como referência o Salmo 121, trouxe o desafio de elevarmos os olhos para os montes sabendo que Deus é que nos conduz e nos anima na caminhada e nos capacita a olhar novos horizontes”, disse Neusa Cezar da Silva.

Entre as propostas de ações tiradas do evento, o Ministério AA-Afro vai incentivar a realização de cursos de multiplicadores e a realização de oficinas sobre inclusão racial nas igrejas metodistas. “A igreja se fecha para esse tipo de questão, e pessoas chegam a dizer que nela não existe racismo”, afirmou a musicoterapeuta e assistente social Diná da Silva Branchini, coordenadora do AA-Afro.

Embora o ministério afro tenha sido criado pela Terceira Região, em 2005, e a Igreja Metodista tenha se distanciado de organismos que contam com a presença da Igreja Católica, o encontro de Suzano teve a participação de pessoas negras e brancas de várias denominações, também de católicas. “É difícil trabalhar a questão racial sem ser ecumênico”, declarou Diná da Silva. “Nós também queremos marcar para a Igreja Metodista que dá para trabalhar de forma ecumênica”, agregou.

Fonte: ALC

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