O Ministério Público (MP) de Portugal pediu esta segunda-feira a condenação de um padre acusado do crime de desobediência, por não ter cumprido uma ordem da Guarda Nacional Republicana (GNR).

O sacerdote octogenário reconheceu em tribunal o descumprimento da ordem dada, argumentando que desrespeitou “por não ter alternativa”.

O caso remonta a 6 de novembro de 2005, quando o padre João Bastos, residente em Mozelos, Santa Maria da Feira, se dirigia no seu automóvel para celebrar uma missa na igreja de Argoncilhe.

Depois de ter visto que a estrada em que seguia estava cortada devido à realização de uma prova de atletismo, o argüido decidiu prosseguir em marcha lenta, ainda que a GNR o tenha advertido para que parasse.

Segundo as declarações do padre, pouco mais de dois metros depois, a força policial impediu-lhe a passagem e transportou-o para o posto da GNR de Lourosa.

“Tiraram-me à força – como um carneiro – e meteram-me no carro deles aos encontrões”, afirmou o sacerdote que garante não ter acatado a ordem policial por ter os seus fiéis à espera na igreja.

Foram ouvidas algumas testemunhas no início do julgamento e, feitas as alegações finais, a procuradora afirmou que o argüido poderia ter optado por outra via, mas desobedeceu à ordem da GNR de forma consciente.

A leitura da sentença será feita no dia 19 de Novembro, pelas 14h00, no Tribunal de Santa Maria.

Fonte: Correio da Manhã – Portugal

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