Fenômeno de vendas em todo o Brasil, o Ministério Toque no Altar prepara uma carreira internacional a partir de 2007. É o que anuncia o novo diretor comercial do grupo, Maurício Soares, que deixou uma empresa sólida, que tem o respaldo do poderoso Grupo Record de Comunicação e da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para assumir a parte comercial e de marketing do Toque no Altar.

No final de outubro, uma notícia pegou de surpresa o mercado gospel. Depois de seis anos à frente da direção comercial da Line Records, Maurício Soares anunciou que estava deixando a gravadora, onde promoveu uma grande reestruturação. Nesse período, a Line solidificou seu nome como uma das mais maiores companhias brasileiras de música evangélica, contratando artistas renomados e conquistando diversos prêmios.

Entretanto, mais surpreendente que o fim de uma união que parecia tão estável, foi o destino escolhido por Maurício Soares. O executivo deixou uma empresa sólida, que tem o respaldo do poderoso Grupo Record de Comunicação e da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para assumir a parte comercial e de marketing do Toque no Altar, grupo de louvor do Ministério Apascentar de Nova Iguaçu.

Embora seja um fenômeno de vendas em todo o Brasil – mais de 2 milhões de cópias comercializadas em três anos de existência – o Toque no Altar possui um pequeno selo, que administra somente a carreira do grupo. Mas, com a chegada de Maurício Soares, o Toque no Altar pretende não apenas mostrar que veio para ficar, mas lançar outros artistas e iniciar uma carreira internacional.

É o que o executivo conta na entrevista a seguir, na qual fala também de sua carreira e dos planos à frente do Toque no Altar. Confira.

Sua decisão pegou o mercado de surpresa, pois parecia que você estava bem na Line Records e vice-versa. O que o motivou a mudar?

Na verdade confesso que até eu fiquei surpreso com o desenrolar dos fatos. Como você mesmo afirma, minha parceria com a Line era muito maior do que um simples contrato de trabalho. Ali eu dediquei uma grande parte de minha vida e sinceramente me sentia muito à vontade na empresa e no grupo. No entanto, há um ano eu buscava uma nova visão para a empresa, algo que trouxesse um salto de qualidade para a gravadora, uma nova postura perante o mercado. Mas a direção optou por manter a forma de trabalho e, neste caso, eu não poderia brigar por algo que não tivesse apoio. A minha saída da Line Records não foi algo planejado, mas foi uma decisão que, por respeito à minha visão profissional, deveria ser tomada. Confesso que em algumas empresas que trabalhei saí até aliviado, mas na Line Records saí triste, porém convicto de que estava tomando uma decisão acertada.

Como você avalia sua passagem pela Line Records?

Minha passagem pela Line foi a mais importante experiência profissional destes anos, pois quando cheguei à empresa a situação era delicada. Com o apoio da direção da IURD e dos funcionários, conseguimos, literalmente, reerguer a empresa. Neste período conseguimos inúmeros discos de ouro e de platina, várias premiações como o Troféu Talento, o Grammy Latino em 2005, os prêmios da ANLE em 2003, 2004 e 2006, além do prêmio de Profissional do Ano em 2005. Ampliamos o cast de artistas, que estava reduzido a menos de 10 contratados para atualmente cerca de 30. Entre eles nomes de sucesso como Jamily, J. Neto, Soraya Moraes, Robinson Monteiro, Cristina Mel, Mara Maravilha e tantos outros. Acho que o meu melhor resultado foi ter conseguido reconduzir a Line Records a seu devido lugar no mercado nacional. Hoje a empresa é devidamente valorizada e respeitada.

Como surgiu o convite para assumir o Toque no Altar?

É interessante como Deus tem planos bem elaborados. Eu sempre tive um carinho muito grande pelo Toque no Altar. O Pr. Marcus Gregório estava buscando um profissional para assumir o Ministério e eu estava o ajudando neste projeto. Indiquei alguns profissionais do mercado, mas por motivos diversos ele acabava não contratando a pessoa para esta função. Até que, numa noite, dentro do avião embarcando para Nova York, ele me ligou e conversamos sobre a possibilidade de eu assumir a empresa, justo no momento em que estava definindo minha situação com a Line Records.

Você tem um objetivo principal à frente do Ministério?

O meu objetivo é trazer uma estrutura profissional para um selo que já é sucesso absoluto no Brasil, um verdadeiro fenômeno. Em pouco tempo já estamos transformando a empresa, utilizando nossa experiência e aproveitando as muitas vantagens que o Ministério nos permite. Já ingressamos com os produtos Toque no Altar em redes de supermercados e magazines. Ainda em dezembro lançaremos o DVD Deus de Promessas. Em janeiro lançaremos uma série de mensagens do Pr. Marcus Gregório em CD e DVD e, na seqüência, começaremos o projeto de distribuição de outros artistas e ministérios. Em 2007 participaremos da Expolit, em Miami, e iniciaremos a carreira internacional com o lançamento de um trabalho em espanhol, em parceria com a Word.

Você acredita que o Toque no Altar já chegou ao topo, comercialmente falando, ou ainda pode melhorar?

Podemos e já estamos melhorando comercialmente. O sucesso de vendas do Toque no Altar, seja no mercado gospel ou no popular, é impressionante. O CD Deus de Promessas vendeu mais de 500 mil cópias e o CD Olha pra Mim já está beirando os 400 mil exemplares em menos de um ano de lançamento. Em pouco mais de três anos, o Toque no Altar já vendeu quase 2 milhões de cópias de seus trabalhos e a expectativa, agora, com uma estrutura comercial mais forte, é que estes números cresçam exponencialmente. Já conseguimos cadastrar nossos produtos em redes como Casa & Vídeo, Lojas Americanas, Multisom, Yamada, Bemol, Carrefour e diversos outros clientes, isso em pleno fim de ano, quando é praticamente impossível conseguir cadastrar qualquer produto. Em janeiro, entraremos na rede Extra/Pão de Açúcar e ainda no Wal Mart/Sonae/Bompreço.

O que é mais difícil: chegar ao topo ou manter-se lá?

Acho que os dois são muito difíceis, pois a concorrência é grande e, para alcançar a liderança, você precisa trabalhar focado em resultados, superar aquele que está à sua frente. Se você chega ao topo, então é você que passa a ser o foco dos concorrentes e aí é todo mundo contra, ninguém alivia nada! É uma concorrência muito forte e você deve ser humilde para aprender com quem está ao seu lado e trabalhar dobrado para manter sua posição de liderança.

Fale de sua equipe.

Em minha transição para o Toque no Altar, pude trazer minha equipe de trabalho, formada por Sidnei Gomes, na Gerência Comercial, e Jefter Figueiredo, na Divulgação. A presença deles é importante para dividir um pouco as tarefas na empresa, porque nas áreas deles já não preciso interferir tanto. Na verdade, a equipe do Toque no Altar é composta de profissionais muito jovens, que precisavam ter um pouco mais de aprendizado. É com esta visão que estamos chegando à empresa, de dividir um pouco de nossa experiência e conhecimento. Em 60 dias já teremos concluído a primeira fase de reengenharia na empresa e o mercado já poderá sentir a diferença em nossa estrutura.

Muitos acreditam que o Toque no Altar é uma moda, um sucesso passageiro. O que você diria a essas pessoas?

A grande maioria das pessoas desconhece que o Ministério de Louvor é composto por músicos dedicados em tempo integral e que estes jovens estudam diariamente a Bíblia, além de Teologia e outros livros. Eles se reúnem de segunda a sexta-feira, das 7h ao meio-dia. Cada CD é exaustivamente trabalhado com base em jejum e oração, e as letras são criadas em cima dos temas das campanhas de fé realizadas no Ministério Apascentar de Nova Iguaçu. Ou seja, nada é alcançado sem esforço, sem uma visão espiritual, sem um mover sobrenatural do Espírito Santo. E é justamente isso que tem contribuído decisivamente para o alcance do Toque no Altar, que sem recursos, sem planejamento, sem estrutura, sem mídia, sem nada, tornou-se uma das principais referências da adoração e louvor no país.

Fonte: Universo Musical (www.universomusical.com.br)

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