Para o ministro Antonio Cezar Peluso (foto), 70, presidente do STF, o crucifixo é uma expressão da formação da cultura brasileira, e não de uma religião.

O ministro Antonio Cezar Peluso (foto), 70, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu a presença do crucifixo no espaço público porque, para ele, esse símbolo é uma expressão da formação da cultura brasileira, e não de uma religião.

[img align=left width=300]http://2.bp.blogspot.com/-yiFA7TVPLms/T42TkyIwDYI/AAAAAAAAXxM/_Wn35tvHTSg/s1600/cezar-peluso.jpg[/img]Peluso falou sobre esse assunto ao site Consultor Jurídico, em uma entrevista de despedida do STF. Com 45 anos de magistratura — 9 dos quais no Supremo —, Peluso vai se aposentar no segundo semestre. Na quinta-feira (19), ele entregará a condução da instituição ao ministro Carlos Ayres Britto.

Em sua argumentação a favor da permanência do crucifixo no espaço público, incluindo nos tribunais, Peluso disse que Pilatos, para não ter de tomar uma posição, promoveu um julgamento democrático de Cristo, e “o povo foi usado como instrumento de uma ideologia para oprimir um homem inocente”.

Nesse sentido, disse, o crucifixo é uma advertência aos juízes e à sociedade sobre as consequências de um julgamento injusto.

Peluso é católico praticante — vai com frequência à missa. Ele foi colocado no STF pelo presidente Lula, por indicação do então ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). É ligado à ala progressista da Igreja Católica, mais especificamente ao grupo da teologia da libertação.

Na entrevista, ele disse que em uma determinada época participava de um grupo de discussão promovido pelo arcebispo dom Paulo Arns, de São Paulo, e com a participação do teólogo Leonardo Boff.

[b]Fonte: Paulopes[/b]

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