O ministro da Justiça da Itália, Angelino Alfano, anunciou ontem que não autorizará a Promotoria de Roma a abrir um processo contra a atriz e comediante italiana Sabina Guzzanti por supostas ofensas ao papa Bento XVI.

Alfano explicou que “Guzzanti assumiu sua responsabilidade pelo que disse” e que, em momentos como esse, “é melhor apagar o incêndio do que colocar lenha na fogueira”.

A Promotoria de Roma anunciou poucos dias atrás sua decisão de que poderia denunciar judicialmente Guzzanti por “vilipêndio” contra o papa, quando a comediante disse: “Dentro de 20 anos, (Bento XVI) estará morto e estará onde deve estar: no inferno, atormentado por dois demônios homossexuais”.

Segundo a Promotoria, os comentários de Guzzanti eram “muito graves e vulgares”, e por isso pediu autorização ao Ministério da Justiça italiano para abrir um processo contra a comediante.

O pedido ao Ministério da Justiça se deve a que a regulação das “ofensas” ao papa é prevista pelo Tratado de Latrão, assinado em 1929 entre o então secretário de Estado do Vaticano, Pietro Gasparri, e o ditador Benito Mussolini.

Devido ao veto, a Promotoria será obrigada a arquivar o caso.

Fonte: EFE

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