Portugal enviou 244 missionários para países de língua portuguesa no ano passado, principalmente para Moçambique e Angola, informa a Fundação Evangelização e Culturas (FEC).

A maior parte dos missionários (197) fez missões de um a dois meses e os demais 47 realizaram ou deram início a programas de um a dois anos, segundo a FEC, que funciona como uma plataforma do voluntariado missionário.

O destino mais contemplado foi Moçambique, que recebeu 96 voluntários, seguido por Angola, que acolheu 58 missionários para colaborar na reconstrução do país.

O padre Tony Neves, da Congregação do Espírito Santo, que tem o grupo dos Missionários do Espírito Santo, disse que os jovens portugueses aproveitam as férias de verão para as missões mais curtas.

Segundo o sacerdote, não se pode definir um perfil exato do missionário português, mas no ano passado a maioria dos voluntários foram mulheres (77%) e jovens, com cursos superiores ou técnicos.

Apesar de serem voluntários, as congregações pagam viagem, seguro, visto e disponibilizam uma ajuda de custos no valor de 30 euros (cerca de R$ 80) mensais para os missionários que partem por um ou mais anos.

Em Portugal há cerca de 40 movimentos ligados à Igreja Católica que enviam voluntários principalmente para os países lusófonos.

O padre Tony Neves adiantou que a língua e a história em comum contribuem para os voluntários optem por países de língua portuguesa.

Desde 2003, Portugal já enviou 1.126 missionários para esses países.

Nesta sexta-feira, alguns dos voluntários portugueses, pertencentes aos Missionários do Espírito Santo, vão participar das Jornadas de Espiritualidade Missionária, em Fátima, ao lado de sacerdotes, freiras e membros da Liga Intensificadora da Ação Missionária (Liam).

A Liam é um movimento de leigos existente há 70 anos que realiza reuniões mensais em paróquias “para responder aos apelos” que vêm do mundo, principalmente dos países lusófonos, disse o padre Tony Neves.

Fonte: Lusa

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