O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Alexei II, morreu hoje aos 79 anos de idade, anunciou um porta-voz da instituição. “O patriarca Alexis morreu. Ocorreu hoje de manhã”, informou Vladimir Viguilianski, porta-voz da Igreja Ortodoxa Russa, segundo a agência oficial “Itar-Tass”.

Alexis, patriarca russo desde junho de 1990 – quanto ainda existia a União Soviética – tinha tido durante os últimos anos graves problemas de saúde, e inclusive em meados do ano passado circularam rumores de que tinha falecido.

Segundo a imprensa russa, o possível sucessor será o metropolita Kiril, de Smolensk e Kaliningrado, chefe do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou e que recentemente se reuniu com o líder cubano, Fidel Castro, em Havana.

O ex-dirigente soviético Mikhail Gorbachov se mostrou hoje “comovido” com a notícia, já que disse “respeitar profundamente” o patriarca.

Durante seu mandato, Alexis foi um firme defensor do papel preponderante da Igreja Ortodoxa Russa na sociedade russa, apesar de a Constituição estipular que a Rússia é um Estado multiconfessional, integrado por ortodoxos, muçulmanos, judeus e budistas.

Além disso, manteve relações muito difíceis com a Igreja Católica, em particular com o pontífice anterior, João Paulo II, a quem acusou de promover o proselitismo na área de influência da Igreja Ortodoxa Russa na Rússia e na Europa Oriental.

Por outro lado, as relações entre as duas igrejas melhoraram sensivelmente com a chegada ao Pontificado de Bento XVI, com o qual disse compartilhar princípios morais.

O patriarca se manifestou publicamente contra o homossexualismo e inclusive qualificou de “sacrilégio” as marchas do orgulho gay.

Em várias ocasiões, foi acusado de ter sido durante décadas um agente dos serviços secretos soviéticos (KGB), o que sempre negou categoricamente.

Alexei II, que nasceu em Tallinn (Estônia), foi nomeado bispo dessa cidade em 1964 e patriarca em 1990, após a morte de seu antecessor, Pimen I.

Fonte: G1

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