Primeira de uma série de manifestações, o Movimento Contra a Impunidade e a Corrupção foi lançado nesta sexta-feira, 13, por 70 entidades, convidadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul, que colocaram centenas de manifestantes nas ruas de Porto Alegre.

O presidente da OAB gaúcha, Cláudio Lamachia, disse que a grande lista de adesões mostrou que a sociedade civil estava carente de uma ação que aglutinasse o desejo de dar um basta à corrupção e à impunidade e de construir relações éticas na política.

Nos discursos, os presidentes das OABs de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro prometeram promover atos semelhantes nos Estados. Lamachia também previu que a iniciativa da seccional gaúcha se transformará num ato nacional, que terminará com um grande protesto em Brasília, sem data marcada, para apresentação de agenda positiva ao Congresso e à sociedade.

“Vamos defender o fim do foro privilegiado, a rejeição à proposta de emenda constitucional (PEC) que estende seus efeitos a ex-agentes políticos e a criação de mecanismos que evitem que a renúncia seja usada para preservar direitos políticos”, anunciou o presidente da OAB do Rio Grande do Sul. “Também queremos fortalecer a advocacia pública porque ela pode ter importante papel no combate à corrupção se seus pareceres forem mais considerados.”

Além de advogados, a manifestação da capital gaúcha reuniu representantes de federações empresariais e de centrais sindicais adversárias, como a Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, funcionários públicos, juízes, funcionários de todas as áreas do Judiciário e estudantes. Os partidos não se manifestaram no palanque, mas, entre o público, estavam militantes do PV e PSOL e deputados estaduais do PP e PC do B. O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) também participou com um grupo de cavaleiros que percorreu as ruas à frente da passeata.

Fonte: Estadão

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