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Igrejas são acusadas de causar poluição sonora

Moradores de Limón,em San José, Colômbia, molestados pelas atividades de uma igreja evangélica, apresentaram queixa à justiça, que determinou limites de horário e de níveis de volume para os cultos e reuniões no templo.

O Alto Tribunal Constitucional determinou que seja determinado tecnicamente o nível e o horário do ruído produzido pela Igreja Evangélica de Paraíso, Bananito, Limón, e que sejam adotadas as medidas sanitárias para evitar a poluição sonora.

A Prefeitura Municipal de Limón ficou com a responsabilidade de vigiar o cumprimento do horário máximo para a realização dos cultos, que não podem exceder às 20 horas.

A moradora que recorreu à justiça alegou que “os cultos religiosos iniciam no início da noite e terminam altas horas. Isso somado aos gritos, prantos, cantos e música em alto volume que impedem o descanso”.

O Departamento Administrativo do Meio Ambiente de Barranquilla (Damab), na Colômbia, informou que ao longo deste ano foram realizadas 150 queixas de diferentes setores em decorrência dos ruídos gerados pelos cultos vizinhos.

Líderes das comunidades defenderam-se alegando a liberdade de culto existente no país, amparados pela Lei 133, de 1994. Argumentaram que os ataques contra as igrejas são gerados por pessoas que se sentem molestadas com essa liberdade.

Quando este debate teve início na Nicarágua, vários pastores perguntavam porquê somente as comunidades evangélicas eram acionadas judicialmente, enquanto a Igreja Católica gerava estrondos e jornadas de procissões, festas patronais e romarias.

Um brasileiro, paulista, se cansou dos ruídos gerados por uma igreja vizinha e criou um site na internet intitulado “Deus não é surdo”. Este espaço virtual, visitado por milhares de pessoas que dizem sofrer com a música e o alto volume dos serviços religiosos, assinala a necessidade dos representantes das igrejas obedecerem ao princípio básico do respeito ao próximo para praticar suas atividades.

“Infelizmente isso não acontece com grande parte dos representantes das Igrejas Evangélicas. Elas não têm o básico. Não praticam o que pregam e, com isso, desrespeitam e denigrem até mesmo a própria doutrina que dizem seguir…”, lê-se no site.

Fabiana, uma leitora que escreveu sua queixa no site, afirmou que “o barulho que essa igreja faz é incrível. Sei de cor todos os dias de culto e de ensaios. Quando reclamo me olham com desdém ou me dizem que estou louca ou possuída pelo demônio. Um dia, um pastor disse que tem o direito à liberdade de culto, que é um direito constitucional. Lamentavelmente, ele distorce a lei para justificar sua falta de cidadania”.

Fonte: ALC

Teólogo critica fundamentalistas

O teólogo reformado alemão Jürgen Moltmann criticou os fundamentalistas que dizem testemunhar o evangelho, mas não se comprometem com a vida. A afirmação foi feita em entrevista concedida na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, em São Bernardo do Campo, região metropolitana da capital paulista, onde se realiza a Semana de Estudos da Religião.

Aos fundamentalistas evangélicos ele recomendou que “lessem e estudassem melhor a Bíblia, deixando-se tocar pela mensagem e olhando para o sofrimento à sua volta”. Enfático, lamentou que cristãos protestantes estivessem lendo as Escrituras como os maometanos lêem o Corão e “lembrou que o Deus mostrado na Bíblia não se revelou num livro, mas num ser humano, Jesus Cristo!”

No caso dos bispos católicos conservadores, especialmente os ligados ao movimento Opus Dei, recomendou que retomassem a leitura da Constituição Pastoral Gaudium et Spes e da encíclica Populorum Progressio. “Que os bispos católicos estejam esquecendo as grandes decisões do Concílio Vaticano II é uma vergonha!”

Indagado sobre como os fiéis deveriam reagir diante dessa orientação, mostrou-se pragmático. “Cristãos devem levantar-se e lutar pelos seus direitos, envolver-se nas causas ecumênicas e superar o clima de inverno que toma conta das igrejas”, lembrando as pessoas solitárias que sofrem com essas situações. O teólogo alemão convidou os fiéis a olharem para as pessoas que sofrem, pois elas compõem a base das igrejas.

O teólogo da esperança analisou a cruzada do papa Bento XVI contra a influência do marxismo. Disse que ela se deve a uma experiência traumática vivida na revolução estudantil de 1968, que ficou gravada em sua biografia. Desde então o professor Ratzinger o combate ativamente. Lembrou que o marxismo não tem mais força na Europa e defendeu os teólogos Leonardo Boff e Jon Sobrino. “Eles não são marxistas!”

Indagado sobre os três melhores livros que já leu, no marco da celebração do dia do livro no Brasil, respondeu que o primeiro era a Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, o segundo foi O Princípio Esperança, do filósofo judeu Ernst Bloch, e o terceiro A Dogmática da Igreja, do teólogo suíço Karl Barth, observando que ela tem oito mil páginas.

Quanto à melhoria das condições de vida no planeta, Moltmann insistiu que é preciso buscar relações mais justas para todos e não apenas para dois bilhões de pessoas. Afirmou que a preocupação com a sustentabilidade do planeta precisa crescer e que apóia a proposta Paz, justiça e integridade da criação. Criticou a globalização sem globo, na qual “a Terra não tem voz nem vez”, enfatizando a necessidade de uma política de defesa da Terra, como organismo vivo a ser preservado.

Moltmann nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1926. Foi prisioneiro de guerra de 1945 a 1948, na Bélgica e na Inglaterra, período no qual refletiu sobre o sentido da vocação cristã. Ao retornar ao seu país natal, decidiu estudar Teologia. Trabalhou em comunidades e em 1967 foi convidado para lecionar Teologia Sistemática na Universidade de Tübingen. Ele desenvolveu a Teologia da Esperança, na qual apresenta a realização do Reino como a promessa fundamental de Deus.

Fonte: ALC

Californianos dirão nas urnas se aprovam casamento entre pessoas do mesmo sexo

Eleitores da Califórnia, nos Estados Unidos, vão às urnas em novembro para dizer, em plebiscito, se aprovam a Proposição 8, uma medida do Estado que torna inconstitucional o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O plebiscito tem origem numa decisão da Suprema Corte da Califórnia, que decretou inconstitucional, em maio, lei estadual que definia o casamento como um ato entre um homem e uma mulher, e determinou que casais do mesmo sexo têm o direito de designar suas uniões como casamento.

A decisão da Corte, disseram os bispos da Califórnia, “é uma mudança radical na política pública”, que “descarta a realidade biológica e orgânica do casamento”. Eles encorajaram os católicos a aprovarem a Proposição 8.

“Eu não penso em lhes dizer como votar, mas peço, sim, que rezem ao Criador por todos nós. Pensem e considerem os efeitos do seu voto nos outros, especialmente as minorias da nossa sociedade que estão sentadas próximas de vocês na igreja e no trabalho”, disse o padre diocesano Geoffrey Farrow, de Fresno, na pregação em missa do domingo, 5 de outubro.

Diante de um dilema moral frente a Proposição 8, Farrow abriu o voto e disse, na homilia, que sente-se moralmente obrigado a votar no “não”, segundo matéria de Chuck Colbert para o National Catholic Repórter.

À imprensa de Fresno o pároco admitiu ser gay. Ao guiar os eleitores católicos a votar “sim” pela Proposição 8, os bispos da Califórnia entram na arena política e ignoram os avanços e a compreensão da neurologia e da psicologia “e às próprias afirmações da igreja de que a homossexualidade é (uma orientação) inata”, disse Farrow à comunidade de St. Paul Newman Center, da Universidade da Califórnia, a qual pastoreia.

Em 2000, eleitores da Califórnia aprovaram medida similar, por 61% contra 38% dos votos, banindo o casamento de mesmo sexo. A Suprema Corte derrubou aquela decisão e estabeleceu a base para outro plebiscito.

Nos próximos três anos, mais de 51 mil californianos esperam realizar casamento com pessoas do mesmo sexo. O Instituto William, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, calculou que a igualdade de casamento poderia acrescentar 64 milhões de dólares em receita ao orçamento do Estado.

Fonte: ALC

Kaká é único brasileiro com chances de ser melhor do mundo da Fifa

O jogador evangélico, Kaká, meia do Milan, foi o único brasileiro escolhido para integrar a lista de 23 jogadores indicados para o prêmio de melhor jogador do mundo de 2008 na eleição da Fifa. Kaká é o atual detentor deste prêmio. A cerimônia que premiará o melhor do ano será dia 12 de janeiro, na Suíça.

Além do ex-são paulino, nomes como o dos argentinos Agüero, do Atlético de Madri, e Messi, do Barcelona e do favorito Cristiano Ronaldo, português do Manchester United, também integram a relação.

Atual detentor do prêmio, Kaká enfrentou Messi e Cristiano Ronaldo na eleição do ano passado. Desta vez, porém, o português é o favorito para ficar com o título. O atacante do Manchester foi eleito o melhor jogador da última edição da Liga dos Campeões após ter levantado a taça do torneio continental. Além disso, foi artilheiro na campanha vitoriosa do Manchester no Campeonato Inglês.

Machucado, Kaká não integrou a equipe que foi bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. O jogador era pretendido por Dunga para a equipe e, após os torneio na China, acabou ficando fora da lista de convocados para os confrontos com Chile e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.

Kaká retornou à seleção para o confronto com a Venezuela, em Pueblo Nuevo, e abriu o placar na goleada por 4 a 0 sobre os donos da casa. A convocação serviu para selar a paz entre o meia e treinador da seleção. Na volta, o ex-são paulino ainda foi homenageado ao colocar a marca de seus pés na calçada da fama do Maracanã.

Deco, brasileiro naturalizado português e que defende o Chelsea, também está entre os 23 indicados. Além disso, a lista conta com dois goleiros: o atual campeão do mundo Buffon, da Itália, e o espanhol Casillas, campeão da Eurocopa.

A Espanha, campeã da última edição da Eurocopa, foi o país com mais jogadores indicados para a premiação. Além do goleiro, outros cinco nomes foram citados: Fernando Torres, do Liverpool, Xavi e Iniesta, do Barcelona, Fabregas, do Arsenal, e David Villa, do Valência. O último entrou na lista justamente por ter se destacado como o artilheiro da competição.

O russo Arshavin, do Zenit, é a grande surpresa da lista. Destaque da badalada seleção que morreu nas semifinais da Euro-08, o atacante é único indicado que não atua em um clube tradicional do Velho Continente. O modesto time russo, porém, foi a sensação da última temporada ao conquistar a Copa da Uefa e, mais recentemente, bater o Manchester United por 2 a 1 na disputa da Supercopa da Europa.

O trio de finalistas ao prêmio só será conhecido em dezembro. A cerimônia que premiará o melhor do ano está agendada para o dia 12 de janeiro, em Zurique, na Suíça.

Com a prata olímpica, três jogadoras brasileiras apareceram na lista de indicações. Além de Marta, atual detentora do título, e Christiane, terceira colocada na última eleição, Daniela Alves também concorre ao prêmio deste ano. A alemã Birgit Prinz também está entre as concorrentes.

Já as norte-americanas, que derrotaram o Brasil na prorrogação dos Jogos de Pequim, têm duas representantes na lista. Lloyd, que marcou o gol do título logo aos 5min do primeiro tempo da prorrogação, não está na relação. Mas a goleira Solo, que entre outras defesas operou um verdadeiro milagre ao espalmar um chute à queima-roupa de Marta no confronto decisivo, está. Boxx também foi indicada.

A lista de jogadoras concorrentes ao prêmio de melhor do mundo tem apenas 10 nomes. A goleira alemã Angerer, a canadense Christine Sinclair, a inglesa Kelly Smith e a norueguesa Ingvild Stensland também foram indicadas.

Fonte: UOL Esportes

Religião beneficia sociedade, mas por motivos ‘egoístas’, sugerem pesquisas

Religiões do mundo inteiro pregam a compaixão e a caridade, mas será que seus seguidores praticam mais essas virtudes, em média, do que os não-crentes? Desejo de manter reputação elevada aumentaria generosidade religiosa. Fé também parece beneficiar cooperação dentro de grupos numerosos.

E o impacto religioso na vida social é positivo? De acordo com um estudo recente, a resposta mais provável é “sim” para ambas as perguntas — mas com qualificativos importantes. Os dados experimentais sugerem que as pessoas religiosas tendem a seguir o que praticam na vida social — mas principalmente em contextos que favoreçam sua reputação diante dos outros, e dirigindo seus atos compassivos e caridosos, em geral, a membros de sua própria fé.

A hipótese de que a religião faz bem para a vida em sociedade, mas pelos motivos aparentemente “egoístas” citados acima, é defendida por Ara Norenzayan e Azim F. Shariff, psicólogos da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Em artigo na prestigiosa revista especializada americana “Science” , a dupla faz uma revisão dos principais trabalhos já publicados sobre a origem e a evolução dos aspectos “pró-sociais” — ou seja, favoráveis à vida em sociedade — da religião.

Essa área de pesquisa ainda está na infância, mas já trouxe alguns insights importantes sobre o fenômeno religioso. Os pesquisadores não estão interessados em provar ou desprovar a existência de Deus (há tanto pessoas de fé fervorosa quanto ateus entre eles); a idéia é apenas entender como a religiosidade e suas interações com a vida social surgiram ao longo da evolução humana.

O questionamento é simples: seguir as pregações das diferentes fés tem um custo significativo. Tanto o código de ética pregado por Jesus nos Evangelhos (“Amai vossos inimigos”) quanto a versão menos tolerante do Antigo Testamento (“Olho por olho, dente por dente”), só para citar os exemplos mais conhecidos no Ocidente, exigem um esforço social significativo, seja para mostrar compaixão até com os piores malfeitores, seja para punir criminosos com a lei do talião. A idéia, portanto, é que existem mecanismos mentais ou sociais capazes de “convencer” as pessoas de que vale a pena seguir algum tipo de mandamento.

Deus está vendo

A hipótese mais provável, dizem Norenzayan e Shariff, é que o principal mecanismo tem a ver com o agudo senso de reputação dos seres humanos — a nossa necessidade de projetar uma imagem positiva para os outros e para nós mesmos. Afinal, ninguém gosta de aproveitadores, e essas pessoas, se descobertas, tendem a ser excluídas das interações sociais.

Pesquisas seguidas mostraram que pessoas religiosas têm mais probabilidade de relatar comportamentos pró-sociais (como doações de caridade e voluntariado) do que as não-religiosas, mas na prática essas ações parecem estar atreladas à reputação. Ou seja, à idéia de que “Deus está vendo” — e os outros também.

Os indícios de que isso é o que acontece são múltiplos. Em jogos econômicos de laboratório, por exemplo, a probabilidade de os participantes se comportarem como espertalhões cai drasticamente se não houver anonimato. Mais interessante ainda, a simples exposição a fotografias de olhos humanos, ou mesmo a desenhos esquemáticos de olhos, diminui a chance de trapaça nesse tipo de jogo, indicando que uma forma “não-concreta” de impedir o anonimato também leva ao aumento das ações pró-sociais.

E se os olhos forem substituídos por um agente sobrenatural/divino? Pois, em outro estudo psicológico de laboratório, universitários trapaceavam menos num jogo de computador se alguém comentasse com eles que o fantasma de um aluno freqüentava a sala onde estavam, ou se eles eram induzidos a pensar em Deus. Numa pesquisa com crianças, que ficavam sozinhas com uma caixa fechada e eram orientadas a não abri-la, o grau de obediência aumentava quando o pesquisador dizia a elas que a fictícia “princesa Alice” estava olhando.

Uma série de estudos também demonstra que, quando não há algum componente de “reputação” (em relação a Deus, aos outros ou a si mesmo), religiosos não são mais suscetíveis a agir de forma pró-social que não-religiosos. Num clássico experimento “Bom Samaritano”, inspirado na famosa parábola de Jesus no Evangelho de Lucas, uma pessoa fingia estar caída na rua, precisando de ajuda, bem no caminho dos recrutados para participar de um experimento. Quem tinha religião não ajudou o coitado significativamente mais do que quem não tinha.

Confiança é tudo

Os pesquisadores do Canadá também avaliaram alguns estudos etnográficos e experimentais intrigantes, que parecem mostrar um maior grau de confiabilidade, seja real ou percebida, entre religiosos praticantes. Em fazendas comunitárias fundadas nos EUA no século 19, por exemplo, houve uma correlação estatística entre as bases da comunidade — religiosa ou secular — e sua sobrevivência: as comunas religiosas duraram mais tempo, com menos conflitos.

Em outro tipo de jogo econômico de laboratório — uma pessoa recebe uma quantia em dinheiro e tem a opção de dar parte dessa quantia para um parceiro, o qual, então, tem a quantia recebida dobrada e pode rachar os lucros com o doador original –, a religiosidade também parece cimentar a confiança. Pessoas religiosas tendem a ceder mais dinheiro para o parceiro, e os religiosos que recebem essa soma parecem também devolver somas mais substanciais. É como se a religiosidade fosse percebida como um indicador de confiabilidade social.

Outro dado preliminar mostra uma correlação entre o tamanho das sociedades e o “tamanho” de seus deuses. (“Tamanho”, neste caso, tem a ver com o conceito mais abstrato da interação desses deuses com a realidade e o mundo humano — eles são “maiores” se forem onipotentes, oniscientes e supremamente bons, por exemplo.) O que parece ocorrer é que sociedades “grandes” também têm deuses “grandes”, o que facilitaria a coesão social entre grupos numerosos de estranhos.

Finalmente, o mais curioso: também parece haver correlação entre divindades “grandes”, preocupadas com a moralidade, e regiões em que há escassez de água. Para os pesquisadores, é possível que isso se explique pela necessidade de minimizar a quantidade de espertalhões e garantir a colaboração social em nome da sobrevivência em regiões muito secas. Coincidência ou não, regiões com falta d’água são o berço do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.

Fonte: G1

Motorista morre após sessão de exorcismo em Franca

Um homem de 58 anos morreu na madrugada desta terça-feira (28), em Franca, após uma sessão de exorcismo registrada no Jardim Esmeralda. A vítima é o motorista Sebastião Pereira Berbel.

O caso começou ainda pela manhã desta segunda-feira (27), quando Berbel retornou do velório de sua sogra acompanhado de sua filha, de nome Angélica, e de seu genro, D.A.R., de 27 anos. Eles chegaram em casa e teriam começado a ingerir cerveja, atravessando todo o dia nessa situação.

No início da madrugada, quando já passava da meia-noite, vizinhos ouviram gritos estranhos na rua e saíram para ver o que ocorria. A filha de Berbel estava quase nua agindo de forma estranha e falando com uma voz diferente, como se estivesse possuída por algum espírito maligno.

Um pastor foi chamado para tentar tirar o espírito que se apossara do corpo da jovem. Segundo narraram vizinhos e familiares, após muito trabalho e rezas fortes, o pastor obteve êxito e a garota foi voltando ao normal.

Nesse instante o pai da moça, o motorista Sebastião Berbel, passou a acusar o genro de ser o causador da possessão demoníaca de sua filha. Ele então entrou na casa e se apossou de uma faca, partindo em direção ao genro. O rapaz saiu correndo pela rua Antonio Pinto, palco da tragédia, tendo o sogro no seu encalço.

O pastor e um vizinho da família conseguiram alcançar o motorista, que foi desarmado. Porém, no momento em que ele se encontrava encostado no carro do pastor, o genro se aproveitou, foi correndo e saltou atingindo os dois joelhos no peito do sogro.

Imediatamente Berbel começou a enrolar a língua e caiu morto. Policiais e uma ambulância foram chamados, mas já não adiantava mais. O jeito foi levar todos os envolvidos até a delegacia de polícia.

Causa da morte

O caso foi registrado pela Polícia Militar como homicídio, mas na Polícia Civil o registro foi feito como ‘morte a esclarecer’. Diante disso, o genro acabou sendo liberado após ser ouvido no plantão policial.

Nesta tarde a reportagem do Cosmo teve acesso ao laudo do médico do legista José Carlos Inácio, que examinou o corpo da vítima. Ele teria morrido por insuficiência respiratória e contusão hemorrágica pulmonar.

Agora, com o resultado da perícia, que fala em contusão hemorrágica pulmonar, provavelmente causada pelo golpe, o rapaz poderá ser indiciado pela morte do sogro.

Fonte: Cosmo Online

Padres do Equador e da Rússia são assassinados em Moscou

Dois padres católicos, um russo e outro equatoriano, foram encontrados mortos em um apartamento de Moscou, disseram investigadores nesta quarta-feira.

Os corpos de dois jesuítas foram encontrados pela polícia na noite da terça-feira em um apartamento que pertence à ordem dos padres, informou o Comitê de Investigação em comunicado. O padre russo liderava a Ordem dos Jesuítas no país.

“Investigadores abriram um inquérito sobre o assassinato”, disse o comunicado. “(Os padres) tinham ferimentos na cabeça. Legistas confirmaram que eles morreram há mais de um dia”.

O padre Igor Kovalevsky, secretário-geral da Conferência Católica dos Bispos na Rússia, identificou os dois como Otto Messmer, de naturalidade russa, e Victor Betancourt, equatoriano.

“O assassinato dos dois padres de uma vez é algo inédito”, disse Kovalevsky. “Mas assassinatos de padres, incluindo os católicos, já aconteceram antes na Rússia”.

Kovalevsky disse que há alguns anos, um padre católico eslovaco foi assassinado na cidade de Bryansk, no oeste da Rússia. “Em casos anteriores foram crimes como roubo”, disse ele.

O apartamento onde os corpos dos padres católicos foram encontrados fica em um dos bairros mais valorizados de Moscou, bem perto do Kremlin e do Teatro Bolshoi.

O Comitê de Investigação disse que a porta do apartamento foi encontrada aberta, mas não havia sinais de que algo foi roubado.

“A investigação considera todas as possíveis versões do que pode ter acontecido, incluindo crime doméstico, porque havia sinais de festa no local”, disse.

Fonte: Reuters

Fé e Deus nas eleições dos Estados Unidos

O presidente Goerge W. Bush consolidou a associação de líderes conservadores americanos com Deus. “Quanto mais tempo passamos com Deus, mais nós vemos que Ele não é um rei distante, mas um amoroso pai”, disse Bush durante um discurso.

Se as urnas reproduzirem o que dizem as mais recentes pesquisas de opinião, os Estados Unidos em breve mudarão de rumo, seguindo um caminho mais liberal, voltando ao comando democrata. Mas, se o senador Barack Obama for eleito presidente no próximo dia 4, a inspiração divina continuará na Casa Branca, como ele já deixou claro ao longo de sua campanha. “Eu quero que vocês orem para que eu possa ser um instrumento de Deus”, afirmou Obama em um encontro com seguidores.

As falas acima aparecem em um documentário da BBC que lança uma luz sobre o atual estado da superpotência mundial, a partir de uma perspectiva histórica. O historiador britânico Simon Schama, professor da Universidade de Columbia, em Nova York, analisou, entre outros temas, o papel da religião na formação e no desenvolvimento da nação americana.

Na série para a TV, “The American Future: A History” (O Futuro Americano: uma História), exibida dias atrás aqui na Grã-Bretanha, Schama mostrou em um dos episódios como a religião, e especialmente o exercício da liberdade religiosa, é central na história dos Estados Unidos. Afinal, os pioneiros que cruzaram o Atlântico buscavam construir comunidades onde pudessem orar da forma que quisessem, liberdade garantida no Estatuto da Liberdade Religiosa da Virgínia, elaborado por Thomas Jefferson.

Esse aspecto da história americana é explorado de forma didática e inteligente por Schama, que em seguida traz para a realidade atual a importância da fé em Deus. “Cristãos evangélicos suspeitam que o candidato republicano, John McCain, não seja exatamente seu homem”, diz o historiador. “Desta vez, é o candidato democrata, Barack Obama, quem invoca a fé como sua inspiração.”

A fé de Obama quase o colocou em apuros meses atrás, quando sua associação com o reverendo Jeremiah Wright, seu ex-pastor em uma igreja da comunidade negra de Chicago, foi explorada na disputa pela indicação democrata. Wright, em seus sermões incendiários, atacava a nação e o ex-presidente Bill Clinton. Dizia que os Estados Unidos praticavam terrorismo no exterior e falava em uma “América branca”. Barack Obama viu-se forçado a responder e o fez em um discurso que se tornou histórico e ficou conhecido como o “discurso sobre raça”.

No pronunciamento, Obama atacou de frente a questão racial no país e criticou as declarações do seu ex-pastor. Mas também falou da importância de Wright para sua formação moral e do papel da religião na sua vida. “O homem que eu conheci há mais de 20 anos é um homem que ajudou a me apresentar para a fé cristã, que falou para mim das obrigações de amarmos uns aos outros, de cuidar dos enfermos e ajudar os pobres.” Barack Obama diz ser um homem de Deus, e a fé tem sido central na sua tentativa de se tornar o primeiro negro na Casa Branca.

O republicano John McCain raramente fala de Deus ou de religião. Ele freqüenta a igreja, mas não tem a fé como uma de suas armas políticas. Sua candidata a vice, Sarah Palin, é amada por religiosos conservadores, mas sua presença na chapa não foi suficiente para dar um toque evangélico na campanha republicana.

Após oito anos de Bush clamando ter o Criador ao seu lado, divulgando a partir de Washington uma versão conservadora de religião, apoiado numa aliança da direita cristã com conservadores judeus, a inspiração divina nos Estados Unidos agora é outra. Nesta eleição Deus parece estar do lado democrata.

Fonte: BBC Brasil

Igreja da Alemanha protesta contra concessão de patentes de células-tronco

As Igrejas católica e evangélica da Alemanha protestaram nesta terça-feira, através de um comunicado conjunto, contra a concessão de patentes de células-tronco embrionárias, possibilidade sobre a qual Escritório Europeu de Patentes deve se pronunciar em breve.

Através do texto citado, as duas instituições religiosas mais importantes do país expressaram sua radical oposição a esta possibilidade e denunciaram que esta poderia deixar a porta aberta ao monopólio para a comercialização e uso científico da vida humana.

“O corpo humano e seus elementos não devem ser comercializados”, declarou o diretor da Conferência Episcopal Alemã, o prelado Karl Jüsten, que acrescentou que “não se pode dispor da vida humana e a patentear em seu início desprotegido”.

A concessão de patentes estabeleceria precedentes em futuros processos e repercutiria em toda a indústria e pesquisa na Europa, afirmam as Igrejas no comunicado.

O Acordo de Patentes da União Européia proíbe conceder patentes para o uso de embriões humanos com finalidades industriais ou comerciais.

A solicitação das patentes procede, segundo indicam as Igrejas no documento, da Wisconsin Alumni Research Foundation (Warf), sustentada pelo pesquisador americano James Thomson, pioneiro dos estudos com células-tronco.

Fonte: EFE

Exposição em Berlim homenageia alemães que ajudaram judeus

Foi inaugurada em Berlim na terça-feira a primeira exposição que celebra os “heróis silenciosos” da Alemanha, que ajudaram judeus a escapar da perseguição nazista durante o Holocausto.

A exposição consiste em fotos, cartas e outros documentos dos cerca de 20 mil não judeus na Alemanha que arriscaram suas vidas para dar comida, abrigo ou trabalho a judeus entre 1938 e 1945.

“Existem muitos memoriais às vítimas do nazismo, mas nunca houve um dedicado exclusivamente a esses heróis”, disse Johannes Tuchel, diretor de uma organização que cuida de memoriais à resistência contra o nazismo.

Depois de mais de 60 anos tentando compreender como os alemães puderam apoiar Hitler, muitos ainda temem qualquer justificação aparente ou evasão de responsabilidade pelo nazismo.

Tuchel disse que a exposição “Heróis Silenciosos” não abriu antes porque a questão da resistência aos nazistas é delicada na Alemanha.

Andre Schmitz, o responsável pela cultura na prefeitura de Berlim, disse que o local da exposição, no agitado distrito de Mitte, também é significativo.

“Fica a alguns passos de distância da antiga fábrica de pincéis onde o ativista antinazista Otto Weidt infringiu a lei ao dar a judeus cegos e surdos abrigo e oportunidade de trabalho durante o governo de Hitler”, disse ele ao jornal Berliner Zeitung.

A exposição, que é permanente, celebra muitos indivíduos cujas ações até agora eram desconhecidas do grande público. Mas também inclui fotos e escritos de Oskar Schindler.

Schindler, cuja história serviu de base para o filme de 1993 de Steven Spielberg “A Lista de Schindler”, premiado com o Oscar, foi um empresário que empregou mais de 1.100 judeus em sua fábrica e ajudou a salvá-los da deportação a campos de concentração.

Fonte: Reuters

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