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Vaticano invoca Gandhi em apelo por fim da violência na Índia

O Vaticano invocou a memória do líder da independência da Índia, Mahatma Gandhi, em um apelo feito na terça-feira para que cesse a violência religiosa no país depois de levantes contra cristãos terem matado ao menos 35 pessoas ali.

No domingo, o papa Bento 16 pediu que os governos da Índia e do Iraque protejam as minorias cristãs presentes em seus territórios.

Em um comunicado por escrito endereçado aos hindus, o órgão do Vaticano encarregado das relações com outros credos religiosos disse que os líderes cristãos e hindus precisam colocar nos fiéis a crença na paz.

O Vaticano citou Mohandas K. Gandhi, também conhecido como Mahatma (Grande Alma), como um ícone global da não-violência.

“Durante o desenrolar da luta (de Gandhi) pela liberdade, ele percebeu que se continuássemos com a postura do ‘olho por olho’ dentro em breve o mundo estaria cego”, afirmou em um pronunciamento o cardeal Jean-Louis Tauran, chefe do Conselho Pontificial para o Diálogo Inter-Religioso.

“Ele é um modelo da não-violência e liderou dando o exemplo, a ponto de abrir mão da própria vida por causa de sua recusa a engajar-se em atos de violência.”

Gandhi foi morto a tiros por um militante hindu em 1948.

Os cristãos, que respondem por pouco mais de 2 por cento da população indiana (de mais de 1 bilhão de pessoas), viram-se sob novos ataque em meio a uma antiga polêmica em torno das conversões religiosas.

O assassinato de um líder hindu no Estado de Orissa (leste), em agosto, detonou alguns dos piores levantes contra cristãos das últimas décadas, em meio aos quais morreram dezenas de pessoas e foram atacadas dezenas de igrejas.

Muitos mais morreram em confrontos entre muçulmanos e hindus nos Estados de Andhra Pradesh, Maharashtra e Madhya Pradesh.

“Apesar de as religiões serem frequentemente responsabilizadas pelos males da sociedade, sabemos que isso é antes uma manipulação da religião, algo contrário a suas crenças fundamentais, algo usado para levar adiante tantas formas de violência”, afirmou o cardeal.

“Na qualidade de líderes religiosos convocados para defender a verdade existente em nossos respectivos credos religiosos, permitam-nos ajudar a incentivar a não-violência entre nossos seguidores e dar-lhes apoio em suas ações.”

Fonte: Reuters

Apesar da crise, Record investe R$ 200 mi

A Record vai investir R$ 200 milhões nos próximos meses na ampliação de sua central de estúdios no Rio, apesar da crise financeira global.

Até maio, a emissora construirá dois novos estúdios de 1.000 m2 cada e uma central de pós-produção (finalização e efeitos especiais). As obras já começaram. O RecNov, sua central de produção, já tem cinco estúdios desse porte, mas são insuficientes para a demanda. A versão brasileira de “Rebelde” começará a ser gravada em um estúdio alugado.

A emissora também construirá em 2009 um prédio administrativo, com 5.400 m2, e uma fábrica de cenários e reciclagem de materiais com 20 mil m2. O RecNov também ganhará praças com quiosques e laguinhos, um centro de convivência com restaurantes, biblioteca, academia e auditório, uma portaria exclusiva para atores e uma estufa para cultura de plantas, além de estacionamento para 800 carros.

Na Globo, especula-se que esse dinheiro vem da Igreja Universal (maior anunciante da Record). A emissora nega. Diz que os recursos são integralmente de receitas publicitárias. A emissora divulga estimativa de faturamento de R$ 1,780 bilhão neste ano.

Na Globo, futuras obras no Projac aguardam a definição do orçamento de 2009. A emissora espera por sinais do mercado publicitário sobre a gravidade da crise no Brasil.

Fonte: Folha de São Paulo

Pobres pagam a conta, dizem luteranos

O Comitê Executivo da Federação Luterana Mundial (FLM), reunido na cidade de Helsinque de 24 a 26 de outubro, divulgou comunicado expressando comoção frente ao sofrimento, ao medo e à impotência vivenciados por pessoas e comunidades em decorrência da crise financeira mundial.

Integrado por dirigentes da igreja luterana de todo o mundo, o Comitê Executivo reivindicou uma análise das causas e das conseqüências da crise, denunciando a responsabilidade e a imediata prestação de contas por parte de governos, bancos, instituições financeiras, líderes empresariais e investidores.

Os dirigentes luteranos criticaram o fato de que bancos e instituições financeiras estejam sendo beneficiados através da aprovação de pacotes de resgate, enquanto a população pobre e vulnerável “suporta a maior carga”.

“É doloroso observar a rapidez com que recursos financeiros massivos são mobilizados para socorrer os mercados e as instituições neste momento de crise, enquanto uma fração desses recursos não pode ser direcionada para eliminar a pobreza extrema em todo o mundo”, advertem.

A mensagem da FLM recorda que as Sagradas Escrituras condenam, repetidas vezes, a idolatria da riqueza sem restrições e a cobiça, destacando que quando tudo começa a cair e falhar, o único em quem se pode confiar é Deus.

A mensagem dos luteranos exorta fiéis das igrejas a ficarem de pé e a se comprometerem através da fé, da solidariedade e da atenção com o povo mais afetado.

“Como pessoas de fé somos chamados a discernir o que Deus está nos dizendo em meio à crise para denunciar a injustiça e a irresponsabilidade, proclamar o projeto de Deus para a vida em comunidade e responder, compassivamente, às pessoas que vêem com profunda ansiedade suas vidas e seu futuro”, assinalam.

A mensagem pastoral associa a crise ao reflexo de um modelo insustentável em termos econômicos e ambientais, cujas conseqüências são catastróficas. Na avaliação dos dirigentes luteranos, as comunidades de fé devem constituir espaços nos quais se lute em nome da verdade para mostrar o que é preciso mudar.

Os luteranos convocam à união, a fim de reconstruir a confiança na comunidade e na criação de novas instituições e formas de governo que sejam sensíveis às reivindicações de justiça e, portanto, dignas de confiança.

Fonte: ALC

Cristão é assassinado por pedir tradução

Extremistas islâmicos mataram com arma de fogo um ex-muçulmano no dia 14 de setembro de 2008, em Afgoye, uma cidade a mais ou menos 30 quilômetros de Mogadíscio, capital da Somália. Ele se chamava Ahmadey Osman Nur, e tinha 22 anos de idade.

No dia 14 de setembro, Ahmadey foi convidado para uma cerimônia de casamento no seu bairro. A cerimônia foi celebrada em árabe, idioma que nenhum dos convidados compreendia, exceto o xeique que conduzia o evento.

No final da cerimônia, Ahmadey pediu ao xeique que resumisse a mensagem na língua somali, a língua materna de todas as pessoas que estavam no casamento. Praticamente todos os convidados concordaram com o pedido de Ahmadey, mas o xeique, militante do grupo militante AL-Shabab, ofendeu-se e pediu a um de seus guarda-costas para “silenciar o apóstata”.

Como Ahmadey havia se convertido ao cristianismo, o xeique o considerou um apóstata. Os muçulmanos consideram o árabe uma linguagem “sagrada”, o idioma que, conforme acreditam, será falada no céu.

Alguns dos amigos de Ahmadey disseram-lhe para sair logo dali, pois temiam pela sua vida. Entretanto, o segurança guarda-costas matou Ahmadey com tiros de revólver enquanto ele saía do local.

De acordo com o noivo muçulmano, que convidou Ahmadey para o casamento, ele será lembrando por sua compaixão pelos idosos do bairro em que vivia.

O pastor de Ahmadey disse que o mártir também será lembrado como o primeiro cristão somali no distrito de Agfoye a memorizar o livro inteiro de Atos dos Apóstolos, o livro que ele amava mais do que qualquer outro.

Recentemente, extremistas intensificaram seus ataques contra os cristãos da Somália. Nos últimos 9 meses, 6 cristãos, incluindo Ahmadey, foram martirizados por conta da sua fé cristã.

Interceda pelos cristãos da Somália, que enfrentam esse período difícil.

Fonte: Portas Abertas

Soldado que protegia cristãos em Orissa é assassinado

No dia 13 de outubro, um soldado paramilitar designado para proteger cristãos da violência em Kandhamal, Estado de Orissa, na Índia, foi golpeado e assassinado por uma quadrilha na vila de Sisapanga.

O corpo do soldado da Reserva da Força Policia Central (RFPC) foi encontrado em uma floresta próxima à vila. Acredita-se que ele tenha sido morto a golpes pelos aldeões durante a maior onda de violência contra os cristãos da História recente da Índia.

“A polícia descobriu o corpo na noite da segunda-feira, dia 13 – o soldado tinha feridas no torso e na cabeça”, disse o superintendente de polícia do distrito, Praveen Kumar.

“Aparentemente, ele foi espancado com porretes e morto por um objeto pontiagudo”. A vila de Sisapanga está sob a jurisdição da polícia de Raika.

Segundo Praveen, enquanto um dos homens conseguiu escapar sem ferimentos, o outro foi morto durante o ataque.

“O soldado foi a Sisapanga acompanhado de um motorista para comprar mantimentos. Um grupo de seis ou sete homens o atacou pelas costas, levou-o até a floresta e o golpeou até a morte”, disse Praveen ao jornal The Times of India (TOI). “O motorista teve a sorte de escapar.”

É a primeira vez que alguém da força de segurança do país é alvo da violência em Orissa.

“O assassinato do jawan (soldado) da RFPC acontece no momento em que os pedidos de retirada da força paramilitar começam”, disse um representante da polícia ao TOI. “A RFPC prendeu muitas pessoas, a maioria delas pertencente a tribos, nas últimas duas semanas.”

Uma fonte do local que prefere permanecer anônima disse ao Compass que os agressores avisaram às autoridades, através da mídia, que matariam mais soldados da RFPC se as forças não retrocedessem.

Promessas

No dia 11 de outubro, em meio a várias promessas de proteção por parte do governo, uma quadrilha derrubou um edifício da Igreja do Norte da Índia, na vila de Sikuli, no distrito de Kalahandi. No mesmo dia, o grupo queimou duas casas de cristãos na vila.

Duas mulheres que tiveram suas casas incendiadas por extremistas hindus acabaram morrendo. Minakshi Pradhan, de 22 anos, contraiu malária e tifóide depois de fugir para um campo de refugiados, foi admitida ao hospital MKCG Berhampu aonde veio a falecer no dia 16 de outubro.

“Minakshi deixou um filho de quatro anos”, disse uma testemunha que prefere permanecer no anonimato. Minakshi e seu esposo Anand Pradhan, que sobreviveu ao evento, eram da vila de Murudipanga.

A outra mulher, Mili Pradhan, foi diagnosticada com um tumor no estômago depois de sua casa ter sido incendiada no dia 29 de agosto e ela e o marido terem de fugir para Berhampur. Em meio à operação, os médicos diagnosticaram leucemia, e ela morreu no mesmo hospital de Minaksho no dia 15 de outubro. Mili deixa uma filha de 18 meses.

O Ministro-Chefe de Orissa, Naveen Patnaik, disse em uma entrevista ao canal NDTV de televisão que metade das mil pessoas presas no Estado por causa dos motins pertence aos grupos extremistas hindus Bajrang Dal e Vishwa Hindu Parishad (VHP). Naveen acrescentou que considera o Bajrang Dal um grupo fundamentalista.

Em reação, Subash Chouhan, co-coordenador nacional do Bajrang Dal, disse, “o fundamentalista na verdade é Naveen Patnaik, e não o Bajrang Dal. O ministro está tentando mostrar seu caráter secular, tentando implementar os interesses das organizações cristãs”.

A polícia de Orissa prendeu um dos “mais procurados” dos motins anticristãos do distrito de Kandhmal.

Segundo notícias, Manoj Pradhan, um líder tribal chave, foi preso em um apartamento em Berhampur na noite de 15 de outubro.

“Enquanto investigamos o caso, estamos descobrindo que é um dos mais complicados que já tivemos”, disse o inspetor-geral de polícia, Arun Ray, à mídia. “Identificamos os autores dos crimes, prendemos pessoas e prenderemos outras”.

Fonte: Portas Abertas

Ortega entrega títulos de propriedade e diz que queda da bolsa é “castigo divino”

Em ato realizado no Palácio dos Povos, na Nicarágua , na terça-feira, 21, o presidente Daniel Ortega concedeu títulos de propriedade a 213 igrejas evangélicas de 28 denominações. Em seu discurso, o mandatário invocou a Deus em várias ocasiões, qualificando a queda da bolsa de valores em Nova Iorque como “castigo divino”.

Na cerimônia de entrega dos títulos, Ortega afirmou que onde está o povo, está Deus. “Somos transitórios, e pela vontade Dele estamos, porque nos dá a vida”, manifestou.

O mandatário também agradeceu a Deus por impedir a chegada de um temporal à Nicarágua no último dia 18 de outubro que, segundo técnicos da meteorologia, tratava-se de um “dilúvio”.

Ortega afirmou que a queda das bolsas revela o fracasso do sistema capitalista.

O pastor da Associação de Pastores Evangélicos da Nicarágua, Ramón López, agradeceu o gesto do presidente e da sua esposa, a primeira dama Rosario Murillo, presente na cerimônia. “Agora poderemos administrar fundos no exterior para o impulso de projetos sociais”, indicou.

O pastor da Convenção Batista da Nicarágua, Abel Mendoza, foi o primeiro a receber os títulos de propriedades de denominação, sem custo algum.

Os pastores oraram pela família do mandatário e pelo país. Ortega afirmou estar reconfortado, sobretudo quando o pastor da Igreja de Deus, Felix Tijerino, pôs a mão sobre a sua cabeça e o abençoou.

Fonte: ALC

Crise financeira: suicídios preocupam norte-americanos

A crise financeira que assola os Estados Unidos torna-se a cada dia mais violenta. Os chamados aos números dos samaritanos de Nova York aumentaram 16% no decorrer do último ano – e a maior parte dos casos refere-se a problemas de dinheiro.

Um administrador de investimentos californiano perde uma fortuna e, num ato desesperado, mata sua família e suicida-se a seguir. Em Ohio, uma viúva de 90 anos de idade tenta o suicídio com um tiro no peito ao perceber a chegada de oficiais de justiça com uma ordem para despejá-la de sua modesta casa.

Em Massachusetts, Carlene Balderrama escondia de seu marido a precária situação financeira em que se encontrava a família. Ela então enviou uma carta à empresa que financiava sua casa com a advertência: “Quando vocês emitirem uma ordem de despejo, eu já estarei morta”. Balderrama tirou a própria vida depois de matar seus três amados gatos e deixou uma apólice de seguros e uma nota de suicídio sobre a mesa.

A crise financeira que assola os Estados Unidos torna-se a cada dia mais violenta. Em alguns lugares, as linhas diretas de ajuda a pessoas com problemas estão congestionadas. Os serviços de aconselhamento psicológico também estão sobrecarregados. Ao mesmo tempo, os refúgios para mulheres vítimas de violência estão lotados.

“Muitas pessoas me dizem que isso as faz lembrar dos atentados de 11 de Setembro”, diz a pastora Ann Malonee, da Igreja da Trindade, a famosa “igreja negra” situada no coração de Wall Street. “Muitos têm a sensação de que alguém tirou o chão sob seus pés.” Um grande número de pessoas tem telefonado para as linhas diretas de prevenção de suicídios.

Os chamados aos números dos samaritanos de Nova York aumentaram 16% no decorrer do último ano – e a maior parte dos casos refere-se a problemas de dinheiro. Em Miami, a linha direta dos samaritanos registrou este ano mais de 500 chamadas relacionadas com a execução de ordens de despejo de mutuários que não conseguiram mais arcar com as prestações de suas casas. “Muitas pessoas nos disseram que perderam tudo, a casa, o emprego”, relata Virginia Cervasio, diretora de um centro de atenção a suicidas potenciais no sudoeste da Flórida.

Mas as tragédias continuam se acumulando. No início de outubro, em Los Angeles, um ex-gerente de investimentos matou a esposa, seus três filhos e a sogra antes de suicidar-se. Karthik Rajaram, de 45 anos, deixou um bilhete dizendo que estava com problemas financeiros e que, a princípio, pensara em suicidar-se. Mas depois decidiu matar antes toda sua família por considerar esta uma saída “mais honrosa”, informou a polícia. “Era uma autêntica família americana que acabou destruída aparentemente por um homem que afundou em desespero absoluto”, observou Michel Moore, subcomandante da polícia de Los Angeles.

No Tennessee, Pamela Ross, de 57 anos, suicidou-se há alguns dias, quando oficiais de justiça apareceram em sua casa com uma ordem de despejo. O caso foi ainda mais trágico porque naquele mesmo dia Pamela e o marido haviam conseguido na justiça dez dias adicionais para apelar da execução da hipoteca. Em Akron, no Estado americano de Ohio, uma viúva de 90 anos deu um tiro no próprio peito em 1º de outubro e agora recupera-se do ferimento.

O deputado contou a história de Addie Polk na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos antes da aprovação de um pacote de resgate do sistema financeiro estipulado em US$ 700 bilhões. A agência hipotecária Fannie Mae, cujos problemas financeiros a deixaram perto da quebra, cancelou a hipoteca da viúva e decidiu que ela pode morar para sempre na casa. Em março último Roland Gore matou sua esposa e seu cachorro em Ocala, na Flórida. Ele ainda incendiou a casa, alvo de uma execução imobiliária, antes de suicidar-se. O caso de Gore é um dos muitos nos quais pessoas mataram animais de estimação ou o cônjuge e destruíram o imóvel ou trocaram tiros com a polícia antes do suicídio. O doutor Edward Charlesworth, psicólogo clínico em Houston, observou que a atual crise financeira está causando angústia crônica no americano médio.

Fonte: Tribuna do Norte

Israel critica intenção da Igreja de beatificar papa Pio 12

Beatificação de Pio 12 (foto) causa indisposição entre o Vaticano e Israel, devido à controversa atuação do papa durante o Holocausto. O Vaticano revida as críticas, afirmando que o assunto é de ordem interna da Igreja Católica e não de interesse público.

No Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, no chamado “Salão da Vergonha”, há uma foto de Pio 12 (1939–1958). Um quadro de informações chama a reação do então papa ao assassinato de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial de “controversa”.

“Mesmo quando notícias sobre a morte dos judeus chegaram ao Vaticano, o papa não protestou, nem de forma verbal nem escrita. Em dezembro de 1942, ele optou por se distanciar, não assinando uma declaração dos Aliados na qual se condenava o extermínio dos judeus. Quando os judeus foram deportados de Roma para Auschwitz, o papa não fez nada”, pode-se ler entre as informações disponíveis.

Beatificação inaceitável?

No mais tardar desde o convite do presidente Shimon Peres ao papa Bento 16 para que este visitasse Israel, debate-se publicamente a respeito do papel desempenhado por Pio 12 em relação ao Holocausto. A discussão se torna ainda mais acirrada quando se fala em beatificar o referido pontíficie. Isaak Herzog, ministro israelense de Assuntos Sociais, afirmou na última sexta-feira (24/10), em entrevista ao jornal Haaretz, que a beatificação é “inaceitável”.

“Depois de uma audiência com este papa, em Roma, meu avô sentiu necessidade de uma mikvá [banho ritual judaico de purificação]”, diz Herzog, neto do primeiro rabino-chefe de Israel, que se encontrou com Pio 12 em 1943, numa tentativa fracassada para pedir que o papa intercedesse em prol da salvação de judeus húngaros.

Abertura de arquivos

O Vaticano revida as críticas, afirmando que o assunto é de ordem interna da Igreja Católica e não de interesse público. O padre Peter Gumpel chegou a declarar à imprensa italiana que Bento 16 não poderia visitar Israel antes que a foto de Pio 12 e os comentários sobre ele fossem retirados do Memorial Yad Vashem. Segundo ele, seria difícil para os católicos saber que Bento 16 estaria visitando um museu “onde um de seus antecessores é difamado injustamente”. Gumpel, por sua vez, está envolvido no processo de beatificação de Pio 12.

Dan Michmann, especialista israelense em questões ligadas ao Holocausto, ressalta que “se a Igreja Católica beatificar Pio 12, o problema não será nosso”. Michmann, no entanto, exige, neste contexto, que o Vaticano abra completamente seus arquivos. “Somente um acesso irrestrito a toda a documentação do período poderia influenciar os resultados das pesquisas feitas até agora sobre o assunto”, completa.

Um papa que se calou?

Uma das razões da atual discussão é a publicação de uma pesquisa sobre Pio 12 e seu suposto silêncio frente ao extermínio dos judeus. Dois historiadoes italianos esclarecem, a partir de documentos britânicos, que Pio 12, em 1943, fez declarações que demostravam sua indiferença em relação à então iniciada deportação dos judeus de Roma.

Esses documentos, revida Gumpel, já são há muito conhecidos e foram desmentidos. Além disso, Gumpel afirma que o encontro a que se refere a documentação aconteceu dois dias antes da invasão do gueto de Roma pelas tropas nazistas SS e não dois dias depois.

Pontificado controverso

Um grupo de teólogos católicos e membros do grupo Diálogo Cristão-Judaico defende uma interrupção no processo de beatificação de Pio 12. Um documento assinado por nove professores universitários dos EUA, Reino Unido e Bélgica lembra que o pontificado de Pio 12 desencadeou “controvérsias consideráveis”.

Segundo os especialistas, o papa condenou os efeitos da guerra para as vítimas inocentes, não tendo, porém, citado diretamente a perseguição dos judeus. Os professores ressaltam a necessidade de que o Vaticano libere o acesso a mais documentos, a serem analisados pelos “melhores pesquisadores desta área”.

Por ocasião dos 50 anos de morte de Pio 12, o atual papa Bento 16 defendeu a continuação do processo de beatificação de Pio 12, iniciado nos anos 1960. O decreto final que beatifica o ex-papa ainda se encontra nas mãos de Bento 16 para ser assinado.

Fonte: DW World

Aliado de missionária ganha eleição com vice suspeito de envolvimento na morte

Quase três anos e oito meses depois da missionária Dorothy Stang ter sido assassinada, um de seus mais antigos aliados políticos, Francisco de Assis Sousa, o Chiquinho do PT, elegeu-se prefeito em Anapu (PA) tendo como vice o fazendeiro Délio Fernandes (PRP), investigado como suspeito de ter sido um dos mandantes do crime.

A aliança entre os dois causou surpresa aos seguidores da causa da religiosa. Segundo o Ministério Público do Pará, em 2005 ela recebeu seis tiros em uma estrada vicinal da cidade devido à luta com grandes fazendeiros –Fernandes incluso– para criar projetos de agricultura familiar em áreas supostamente griladas da região.

De acordo com José Batista, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Fernandes, que nunca chegou a ser processado pela morte da freira, é suspeito de ter se aproveitado dos mesmos processos de grilagens que Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, e Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusados de serem os mandantes do crime –o último, inocentado neste ano.

Quando a freira foi morta, houve boatos de que o Fernandes tinha dado proteção para Bida fugir, o que não se confirmou. Todos os suspeitos ou acusados sempre negaram envolvimento na morte.

Já Chiquinho do PT, que durante sua adolescência recebeu educação religiosa de Stang, era o principal aliado da missionária no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Anapu, do qual foi presidente.

Em 2003, ele formulou, junto com a missionária, um documento acusando Fernandes de ser grileiro de terras em Anapu. Logo depois do crime, tornou-se porta-voz da causa de Dorothy. Falava com a imprensa e se reuniu com ministros em Brasília para discutir o caso.

Mas, nos últimos dois anos, Chiquinho se afastou do grupo da freira. Para Jane Dwyer, da mesma congregação de Dorothy, a situação política na cidade, que ela disse estar “para lá de crítica”, deve aumentar a pressão sobre o PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) criado pela antiga colega.

A reportagem ligou para três telefones de Fernandes durante toda a tarde de ontem, mas não conseguiu ouvi-lo. Souza também não foi localizado.

Fonte: Folha Online

Prefeito eleito se reúne com pastores e líderes evangélicos

Pastores e líderes representando diversas Igrejas evangélicas estiveram reunidos nesta segunda feira com o prefeito eleito de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, Fauzi Suleiman.

O encontro aconteceu na Igreja Santidade e Adoração, sendo coordenado por Ailan Nascimento, pastor que integra a equipe encarregada de reestruturar o Conselho de Pastores local.

Dirigindo-se aos presentes, Fauzi agradeceu o significativo apoio da comunidade evangélica de Aquidauana. Segundo pesquisas em torno de 80% dos evangélicos caminhou ao lado do candidato do PMDB na eleição municipal de 5 de outubro.

Ao mesmo tempo em que defendeu a importância da política para a vida da comunidade, na medida em que ela organiza o interesse coletivo de uma sociedade, Fauzi enfatizou a importância de seus grupos representativos incorporarem a ela os seus valores, dando a entender que o evangélico tem muito a oferecer.

Nas manifestações de alguns pastores que estiveram presentes, ficou evidente a grande expectativa que existe em relação ao futuro de Aquidauana. O reforço veio do próprio Fauzi, ao dizer que jamais desejou ser prefeito por vaidade ou ambição, mas para ser um facilitador ao avanço de Aquidauana. Este projeto, contudo, não pode prescindir do apoio de instituições como as Igrejas evangélicas.

Entre as medidas que beneficiarão as Igrejas evangélicas em sua administração ele citou a criação de um fundo, para ser aplicado em projetos sérios. Fez alusão aos projetos sociais consistentes mantidos por algumas Igrejas locais, Fauzi pretende ainda manter o apoio à shows e gospel e grupos de louvores.

Fonte: Pantanal News

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