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Marta Suplicy não cede a pastores e apóia gays

A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, enfrentou uma saia-justa com pastores da Igreja Batista de São Paulo.

No auditório de um colégio, o grupo, que representava 540 igrejas e uma comunidade de 70 mil paulistanos, pediu seu apoio para lutar contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia, em tramitação no Congresso (PL 122). Segundo os religiosos, a proposta, se aprovada, os impediria de pregar contra a homossexualidade.

Marta foi categórica:

– Se for para xingar homossexual, dizer que é doente, desacatar, sou contra. Com toda a minha formação de psicanalista e na área de sexualidade, não posso ser a favor. Se eu respondi, está respondido, se querem mais detalhes, tenho de ler o projeto – disse ela, que, perguntada pela terceira vez, respondeu: – Não sou eu que vou votar (a lei), mas minha opinião pessoal vocês têm de ter: não sou a favor disso, gente, não sou! Tenho de deixar isso claro.

À platéia constrangida, disse:

– Nós temos de ter coerência com o que a gente é, com o que a gente vive e com a vida da gente. De mim, vocês nunca vão encontrar evasivas.

Para piorar, um dos pastores perguntou sobre “investimento em espiritualidade” nas escolas. Marta defendeu a escola laica:

– O mesmo respeito que temos em relação à religião, temos de ter em relação à raça, à sexualidade, em relação às diferenças. As pessoas não são iguais. Não nascemos iguais.

À saída, Marta disse que foi coerente e que não sabia se perdera votos com o debate:

– As pessoas podem ver, pelo menos, que lidam com uma candidata que tem princípios, que fala o que pensa.

O diretor-geral do Colégio Batista, Gezio Duarte Medelo, elogiou Marta:

– Ela foi clara, foi aberta.

O diretor-executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, Valdo Romão, disse que não acredita que ela tenha ganhado mais votos.

– Quem já tem suas reservas quanto a ela, reafirmou essas reservas. E quem tem suas simpatias, reforçou-as.

Fonte: Globo Online

Assembléia de Deus compra madrugada da Band

Um mês depois de “arrendar” o canal 21 (em UHF) por cinco anos para a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Band fechou novo contrato, em sigilo, com outra igreja: a Assembléia de Deus, que comprou o horário das 2h às 7h, de segunda a sexta, e das 4h às 7h aos sábados e domingos.

A Band não revelou nem o valor e nem a duração do contrato (cerca de quatro anos, segundo a coluna Ooops! do portal UOL apurou).

Para efeito de comparação, o pastor R.R. Soares paga à Band algo em torno de R$ 5 milhões por mês para ter uma hora de programação da Band em horário nobre.

O contrato foi fechado pelo pastor Silas Malafaia, que já apresenta um programa na Band, o “Vitória em Cristo”.

Malafaia é um pastor polêmico, que já foi acusado por inimigos (alguns, pastores de outras linhas evangélicas) de fazer sermões que promovem racismo e ódio aos homossexuais.

Um rival chegou a denunciar (sic) que ele pertenceria à maçonaria e ao G12 (controvertido grupo neopentecostal que surgiu no início da década de 80), o que gerou grande tensão em seu ministério. Malafaia negou tudo na TV.

Fonte: UOL

Bento XVI: laicidade não significa prescindir da fé

O papa Bento XVI reiterou nesta quarta-feira a necessidade de uma separação entre a Igreja e o Estado e afirmou que uma “laicidade sadia não significa prescindir da dimensão espiritual, mas reconhecer que a mesma é fiadora da liberdade e da autonomia terrena”.

O papa afirmou isto diante de milhares de fiéis que assistiram na Sala Paulo XVI do Vaticano à audiência pública das quartas-feiras, na qual citou sua recente viagem à França, que o levou entre 12 e 15 de setembro a Paris e Lourdes.

Após afirmar que na França a Igreja realizou desde o século II um “fundamental papel civilizador”, o pontífice declarou que neste contexto amadureceu “a exigência de uma saudável distinção entre a esfera política e a religiosa, segundo as palavras de Jesus ”dai ao César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

“Se nas moedas romanas estava impressa a efígie de César no coração do homem está a marca do Criador, único senhor de nossa vida”, declarou o papa.

Bento XVI disse que a “autêntica laicidade não significa prescindir da dimensão espiritual, mas reconhecer que esta é fiadora da liberdade e da autonomia terrena”.

O pontíficie destacou na viagem – realizada por ocasião das celebrações dos 150 anos das aparições de Nossa Senhora para a menina Bernadette – o discurso que pronunciou ao mundo, “no qual falou sobre como a busca de Deus é o caminho mestre e o fundamento de toda cultura verdadeira”.

Também citou o encontro com sacerdotes, religiosos e seminaristas, além do com os jovens, aos quais exortou a “não terem medo” de proclamarem o Evangelho, com pleno conhecimento de “que venerar a Cruz às vezes também leva consigo o escárnio e inclusive a perseguição”.

Fonte: EFE

Muçulmanos vêem ‘comercialização excessiva’ do Ramadã

A maioria dos muçulmanos em quatro países árabes diz acreditar que o mês sagrado do Ramadã está se comercializando em excesso, de acordo com uma nova pesquisa realizada pela empresa Maktoob Research.

Dos 6.128 entrevistados no Egito, no Marrocos, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, 67% disseram perceber uma comercialização em excesso do Ramadã.

“À medida que restaurantes e hotéis da região anunciam suas promoções especiais de iftar (a primeira refeição, após um dia inteiro de jejum), uma grande maioria sente que o Ramadã se tornou muito comercial”, afirma o estudo. Durante os 28 dias do nono mês do calendário lunar, os muçulmanos têm que praticar a abstinência absoluta de líqüidos, comida, fumaça e sexo, do nascer até o pôr-do-sol (mais ou menos das 5h30 às 18h nesta época do ano).

Calor O estudo indica que a grande maioria das populações nos países pesquisados respeita os preceitos do Ramadã: 96% afirmaram estar observando o jejum e 89% disseram acreditar que o Ramadã é um exercício anual de auto-controle e disciplina.

As demandas do Ramadã, especialmente a proibição de beber água, estão particularmente difíceis neste ano em que o mês sagrado começou no início de setembro (com poucos dias de diferença entre alguns países), época em que as temperaturas permanecem altas, frequentemente beirando os 40°C.

Muitos optam por dormir durante o dia, mas – para quem não tem essa opção – cumprir as obrigações normais como trabalhar fica mais difícil.

“A última refeição antes do jejum, o suhour, é feita pouco antes das quatro da manhã”, diz a faxineira egípcia Sihen, de 28 anos de idade, que afirma jejuar desde os oito anos. “Geralmente, não consigo dormir depois de comer e fico acordada direto.” Festa A maioria dos entrevistados (71%) disse que, durante o Ramadã, sente que existe um sentimento maior de solidariedade e comunidade.

De acordo com a pesquisa, 83% afirmaram estar mais propensos a oferecer dinheiro para familiares e amigos como gesto de boa vontade.

São comuns também os banquetes depois do pôr-do-sol, sejam particulares ou públicos. Estes últimos são realizados nas ruas, patrocinados por lojistas e abertos a todos.

“É uma época boa, de disciplina e festa”, afirma a estudante egípica Muna, de 25 anos. “O Ramadã está mais moderno, com mais produtos, mas não creio que tenha mudado em sua essência desde que eu era criança.” A pesquisa confirma o alto grau de religiosidade dos países árabes, com 74% dos entrevistados dizendo que, durante o Ramadã, passam seu tempo livre lendo o Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Segundo a tradição islâmica, o Ramadã marca o início da revelação do Alcorão para o profeta Maomé, no ano 610, pelo anjo Gabriel.

A religião considera os cerca de 28 dias do Ramadã um período abençoado em que “as portas do Paraíso estão escancaradas, e a entrada do Inferno, fechada; os demônios estão todos fora de ação, e os anjos de Deus descem à Terra; e qualquer boa ação tem o peso multiplicado na contabilidade celeste do fiel”.

Fonte: BBC Brasil

Assíria Nascimento, ex de Pelé, diz que infidelidade é inegociável em um casamento

Em entrevista à revista Quem desta semana a cantora evangélica, Assíria Nascimento, desabafa sobre a separação de Pelé. “Creio que tudo pode ser superado num casamento. Mas tem coisas que não são negociáveis”. Exemplo? “A infidelidade”.

Mas sobre o suposto caso do ex-jogador com a paraibana Magna Aparecida Alves, desconversou.

“Não gostaria de entrar nesse assunto porque vai puxar muitas outras coisas. Ele saiu de casa uns três meses antes e depois declarou à imprensa. Soube (da separação) pelos jornais. Ele preferiu largar uma família pela segunda vez”, disse.

“Repetiu a mesma história da vida dele e quis viver uma vida de solteiro quase aos 70 anos de idade. Uma opção dele, né? A maneira como fez tudo foi cruel. Ele fez questão que eu tirasse o sobrenome dele, Nascimento. Mas eu sempre fui Assíria Seixas Lemos, é o que eu sou e vou continuar assim”, completou.

Fonte: O Dia

Igreja no Iraque diz não às milícias cristãs

“Não é justo que os cristãos tenham milícias próprias”, afirmou o porta-voz da Igreja caldeia do Iraque e Bispo auxiliar de Bagdad, D. Shlemon Warduni.

O prelado criticou a decisão de algumas aldeias cristãs, no norte do Iraque, de criarem uma milícia para se defenderem dos ataques de grupos integralistas filiados a Al- Qaeda.

“Este não é o caminho justo; as milícias são para a guerra. Nós somos contrários ao uso de armas, a única resposta à violência é o diálogo e a paz. O Iraque tem necessidade de paz e não de outras armas”, disse D. Warduni à agência SIR.

Para este Bispo, é o Governo do Iraque quem deve proteger os cristãos que “continuam a sofrer violência e abusos apesar da situação ter registrado uma pequena melhoria”. “A estabilidade e a segurança – conclui – continuam a ser as prioridades deste país”.

Fonte: Agencia Ecclesia

Polônia: igreja quer restituição de bens roubados

O porta-voz do Episcopado da Polônia, dom Józef Kloch, afirmou que a Igreja no país não está reivindicando a devolução dos bens que foram nacionalizados após a II Guerra Mundial.

Em entrevista coletiva a jornalistas, em Varsóvia, o bispo explicou que a Comissão Patrimonial está solicitando apenas a restituição do que foi roubado por pessoas designadas pela Igreja para administrar esses bens.

“A lei de 1950 garantia que as paróquias poderiam ter terrenos de até 50 hectares, que alguns funcionários muito zelosos acabavam, simplesmente, tomando para si”, destacou dom Kloch.

O bispo lembrou que a Comissão Patrimonial trata da questão há 17 anos. “Não se pode dizer que será restituída área por área, já que terrenos no centro de Varsóvia não equivalem a terrenos em lugares remotos como, por exemplo, na região da fronteira eslovaca”, acrescentou o porta-voz do Episcopado polonês. Dom Józef Kloch destacou também que é falso e errôneo afirmar que a Igreja no país já recebeu muito mais do que esperava.

A esquerda polonesa anunciou que recorrerá ao Tribunal Constitucional, nesta semana, para examinar se as relações entre Estado e Igreja, especialmente no que se refere às atividades da Comissão Patrimonial, estão de acordo com a Constituição.

Fonte: Rádio Vaticano

Jerusalém: começa encontro entre Olmert e Abbas

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, iniciaram um encontro, nesta terça-feira à noite, em Jerusalém, informou a assessoria de Olmert.

Os dois dirigentes têm se reunido a uma média de duas vezes por mês desde que foram retomadas, em novembro de 2007, as negociações de paz entre israelenses e palestinos, em Annapolis (Estados Unidos).

Olmert, que está envolvido em uma série de escândalos de corrupção, anunciou sua intenção de renunciar ao cargo, quando for eleito seu sucessor à frente do Kadima, partido centrista no poder, durante as eleições primárias de quarta-feira. Se necessário, haverá um segundo turno em 24 de setembro.

Apesar do anúncio de sua renúncia, Olmert continuará à frente de um governo de transição até que seu sucessor forme um novo gabinete, ou que sejam realizadas eleições antecipadas, no início do próximo ano. A última reunião entre Abbas e Olmert foi em 31 de agosto.

Fonte: AFP

Encontro científico abordará interfaces entre religião e comunicação

Lembrando a introdução do pluralismo religioso no Brasil, a 3ª. Conferência Brasileira de Comunicação Eclesial, agendada para 17 e 18 de novembro, na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), enfocará o tema “Os 200 anos da chegada da família real ao Brasil e da imprensa brasileira: Comunicação e diversidade religiosa”.

Em 1808, o Rio de Janeiro, capital do Império, hospedou a família real portuguesa, que deixou a Europa às vésperas da invasão francesa por Napoleão Bonaparte em Portugal e transferiu a corte para além-mar. Nação amiga da Inglaterra, Portugal não acatou a ordem de Napoleão de fechar os portos aos ingleses.

Também em 1808, por influência inglesa, a coroa portuguesa acabou com a exclusividade da religião católica no Brasil. Denominações protestantes passaram a ser aceitas oficialmente no país, embora, no início, não podiam ter templos com torres e sinos.

A diversidade religiosa estará na pauta do Eclesiocom, que pela primeira vez será realizado numa universidade pública. “Esperamos alcançar pesquisadores que não conseguimos até aqui, com a nova localização do evento”, disse a coordenadora científica do Eclesiocom, professora Ana Claudia Braun Endo.

O Eclesiocom abre interfaces entre comunicação e religião. Na atualidade, existem poucas iniciativas acadêmicas no Brasil focadas neste tema. “O evento é único no país a discutir as relações e as interfaces entre comunicação e religião, envolvendo pesquisadores de iniciação científica, mestrado, doutorado de diversas áreas. A divergência de olhares e a variedade de pesquisas produzidas são riquezas deste encontro”, afirmou Ana.

Organizam o Eclesiocom a Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e a Escola de Comunicação da UFRJ.

Fonte: ALC

Juízes e promotores defendem ampliação do aborto legal, dizem pesquisas

Duas pesquisas realizadas simultaneamente no país com juízes e promotores apontam que 78% dos entrevistados são favoráveis à ampliação das possibilidades de aborto legal.

Os estudos foram feitos pela ONG Cemicamp (Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas) e coordenados pelo ginecologista Aníbal Faúndes, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ouviram 1.493 juízes e 2.614 promotores de todas as regiões.

O Código Penal prevê hoje o aborto legal em duas hipóteses: risco de vida para a gestante e gestação decorrente de violência sexual. “Para esses casos já há serviços de aborto legal no país, sem necessidade de autorização judicial”, disse o juiz José Henrique Torres, um dos autores da pesquisa com juízes.

No caso dos juízes, 61,2% apontaram necessidade de mudanças na legislação atual para aumento das circunstâncias em que não se pune o aborto praticado por médicos.

Outros 16,8% dos juízes se disseram favoráveis à descriminalização do aborto, independentemente da circunstância, totalizando 78% favoráveis à mudanças na lei.

Na mesma pesquisa, 12,5% dos promotores disseram ser a favor da não-penalização do aborto em qualquer caso e 3,2% opinaram que a prática nunca deve ser permitida.

No caso dos magistrados, 7,3% disseram que a prática do aborto não deve ser permitida sob qualquer circunstância.

O juiz Torres, da Vara do Júri de Campinas (SP), defendeu a descriminalização da prática. “Vivemos sob uma ilegalidade consentida. O aborto deve ser tratado como problema de saúde pública, e não enfrentado dentro do sistema criminal.”

Segundo ele, há poucos casos de abertura de inquéritos para apurar casos de aborto por má-formação fetal. “Sou a favor da descriminalização em qualquer hipótese, mas enquanto isso não acontece que sejam pelo menos descriminalizados os casos de má-formação fetal.”

Segundo a pesquisadora Graciana Duarte, do Cemicamp, as 35 perguntas das pesquisas foram enviadas a juízes e promotores por meio de malotes, com apoio de associações de classe das duas categorias. Os estudos começaram em 2005 e foram concluídos no ano passado.

Entre as questões enviadas estavam, por exemplo, se os juízes ou promotores defendem a permissão do aborto em caso de risco para a gestante. Outra questão tratava da opinião dos entrevistados sobre gravidez após estupro.

Fonte: Folha Online

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