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Gaza está perigosa para os cristãos

Desde que o Hamas ganhou as eleições na Palestina em janeiro de 2006, a sharia – ou lei islâmica – é a lei informal no lugar. Hoje, as mulheres cristãs cobrem a cabeça da mesma maneira que as muçulmanas fazem, para não chamar atenção.

“Gaza está perigosa para os cristãos”, explica o Pastor Hanna Massad, um palestino-americano que lidera a Igreja Batista em Gaza, de 200 membros. Não é a toa que os territórios palestinos entraram pela primeira vez na Classificação de países por perseguição 2008 da Portas Abertas.

A igreja do Pr. Hanna tem sofrido ameaça por parte de extremistas repetidamente durante anos, e a livraria cristã que sua esposa gerencia, na cidade de Gaza, foi bombardeada por duas vezes no ano passado.

Atentado contra livraria evangélica

Em outubro, um funcionário da loja e membro de sua igreja, Rami Ayyad, foi seqüestrado e morto por fundamentalistas islâmicos. Seu corpo foi encontrado perto da livraria.

Em Belém, as ameaças, extorsões e sentimento anticristão abalaram o ex-prefeito de Belém, Hanna Nasser. Ele disse que a comunidade ainda está em choque com o controle da Igreja da Natividade, de 1.400 anos, por mercenários palestinos.

“Para os cristãos, o evento causou um sentimento brutal”, disse o ex-prefeito, que nasceu na cidade de Belém, foi batizado e se casou na Igreja da Natividade. “Ficamos horrorizados e com muita raiva. A igreja não foi destruída, mas como cristãos em Belém, ainda nos sentimos feridos”.

O pastor Hanna tem 70 anos e pretende continuar morando na cidade. Mas, assim como outras famílias cristãs que têm suas raízes na cidade por séculos, ele testemunhou parentes, como seus filhos, se mudarem. “Não existe futuro para os cristãos aqui”, disse ele.

O reverendo Tomey Dahoud também afirma que a pressão para que os cristãos deixem as áreas controladas pelos palestinos está aumentando. Ainda assim, ele está preparado para continuar ali, mesmo que isso signifique enfrentar a violência. “Ainda que eles incendeiem todas as nossas igrejas ficaremos aqui e morreremos aqui”, declarou Tomey.

Fonte: Portas Abertas

Vaticano revisa regra de beatificação

O Vaticano anunciou ontem que vai apresentar na próxima segunda-feira o documento Sanctorum Mater, com regras mais rigorosas para os processos de beatificação, elaboradas a pedido do papa Bento XVI.

No mesmo dia será divulgado o Index ac Status Causarum, lista com os nomes de todos os santos cujos cultos foram autorizados e confirmados pela Santa Sé.

Fonte: Estadão

Medo de avião fez pastor confessar crime

Policiais civis de Brasília contaram com o auxílio de uma turbulência para conseguir a confissão de um acusado. O pastor evangélico Sandoval Silva dos Santos, 37, – acusado de assassinar a companheira Zélia Carvalho, 46, em janeiro –, resolveu revelar onde estava o corpo da vítima depois que o avião da polícia entrou em uma zona de turbulência.

O autor do crime ficou com medo de morrer.

Sandoval foi preso em Santos. O criminoso confessou que a matou a pauladas num matagal, após discussão por causa de uma amante dele. Em seguida, enterrou o corpo numa cova rasa, cobrindo-o de folhas.

Quando, já preso, retornava a Brasília, ficou assustado com os balanços do jatinho e, como os agentes, de brincadeira, fingiam estar apavorados com a iminente “queda” do avião, o pastor começou a chorar e contou tudo, até onde estava o corpo, já localizado.

Fonte: Gazeta do Sul

‘Não sou mais artista, sou uma princesa de Jesus’, afirma Mara Maravilha

No pocket show do seu oitavo CD “Importante É Amar”, Mara Maravilha, baiana de bela voz e carisma inquestionável, chamou amigos e outros cantores gospel para subirem ao palco e cantarem com ela. Há 13 anos Mara Maravilha se tornou evangélica e mudou os rumos de sua carreira.

A apresentadora de programa infantil passou a se dedicar à música gospel, trabalho que a deixa mais feliz e realizada. “Antes eu queria o mundo, mas agora eu quero o céu”, disse a cantora nesta terça-feira, 12, no pocket show de seu CD “Importante é Amar”, em São Paulo.

Acompanhada do marido Paulinho Lima, Mara contou que esta grande mudança em sua vida só lhe fez bem. “Eu estava perdida, não entendia as coisas. Hoje sou mais sábia, não estou presa a nada, a medos, vícios ou insegurança. Também não acredito mais em rezas, signos ou em bater na madeira, só acredito em Deus”.

Passaporte para o céu

“Para mim, o importante agora não é fama, mas sim estar com o passaporte para o céu em dia. O que vale não é o título, é o testemunho”, continuou a morena.

No pocket show deste seu oitavo CD, Mara Maravilha chamou amigos e outros cantores gospel para subirem ao palco e cantarem com ela. “Não somos mais artistas, somos princesas de Jesus”, disse ao convidar Sula Miranda para o tablado.

Assíria Nascimento – que teria se separado de Pelé depois de 13 anos de casamento – também participou do evento. Ela e Mara foram convidadas para cantar no 2° Festival Gospel em Israel, em junho deste ano. “Não somos concorrentes, mas sim temos a missão de amar a Deus, engrandecê-lo e transmitir sua palavra através da música”, afirmou Assíria, que também é cantora gospel.

Passado x Presente

Mara Maravilha é uma outra mulher – pessoal e profissionalmente falando – e se arrepende de alguns trabalhos. “Não sinto vergonha de ter feito a ‘Playboy’, mas não faria novamente. Fiz por dinheiro, mas hoje eu não quero dinheiro, eu só quero amar”, cantarolou a morena, que posou para a revista em fevereiro de 1990.

“O artista é um ser humano como outro qualquer. Ninguém é perfeito e todos podem cometer erros”, disse Mara, que agora se sente protegida e guiada por forças maiores. “Sou inspirada por Deus, tanto que a maioria das músicas do meu CD são de minha composição”.

Mara contou ainda que vai deixar o trabalho como cantora infantil como lembrança. “Não vou mais cantar para o público infantil. Já compus, fiz arranjos e agora estamos fazendo testes para lançar a Turma da Mara Maravilha”, adiantou.

Sobre o CD

“Importante É Amar” traz treze faixas com mensagens que retratam o amor de Jesus pela humanidade. Uma das novidades do trabalho, segundo o produtor Paulo César Baruk, é o fato de o CD ter sido dividido por um maior número de arranjadores, o que determina mais variedade quanto ao estilo e à sonoridade.

Um dos destaques é a faixa-título do álbum, que conta com a participação especial de Robinson Monteiro, também co-autor da obra. Outras canções que prometem se tornar hits nas rádios de todo o país são as lentas “Preciso Renascer” e “Deus Está Aqui”; as mais agitadas “Ando na Fé” e “Sempre Louvarei”; e as pops “Deserto de Dor” e “Que Maravilha”.

“Quem ouvir o CD vai poder apreciar a sonoridade de belos violões, gaitas, baterias muito bem timbradas e vocais belíssimos, além da participação de músicos norte-americanos no nipe de cordas, cuja gravação foi feita nos estúdios Aire Born, nos Estados Unidos”, explica Baruk.

Fonte: EGO e Site da gravadora Line Records

Juiz pode decidir hoje pela prisão de pastores da Igreja Universal

O pedido de prisão preventiva de dois pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, acusados de envolvimento na morte de um adolescente, em Salvador (BA), foi apresentado na semana passada pelo promotor de Justiça e chegou ao juiz que deve avaliar o pedido nas próximas horas.

Apresentado na quinta-feira, pelo promotor de Justiça Davi Gallo Barouh, o pedido de prisão preventiva dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda chegou ontem às mãos do juiz Vilebaldo José de Freitas, titular da 2ª Vara de Júri de Salvador, e deve ser avaliado nas próximas horas.

Denunciados pelo Ministério Público, os dois religiosos são acusados de envolvimento na morte do adolescente Lucas Vargas Terra, 14 anos, assassinado em março de 2001. Também acusado pelo crime, o pastor auxiliar Sílvio Galiza cumpre pena no Complexo Penitenciário do Estado, no bairro de Mata Escura.

Autor da denúncia, o promotor alerta sobre a possibilidade de evasão dos acusados, que deixaram o estado quando passaram a ser investigados pelo crime e “praticam grande rotatividade de domicílios por todo o Brasil e exterior”. Informações não confirmadas dão conta que atualmente Joel estaria residindo no interior do Pará e Fernando na capital de Pernambuco. Justamente por essa mobilidade, Gallo requer à Justiça a apreensão dos passaportes dos religiosos, evitando que eles deixem o país.

Baseada em declarações do ex-pastor auxiliar Galiza, a denúncia do MP relata que Lucas Terra foi morto no dia 21 de março de 2001, por volta das 22h, dentro do templo Iurd, da Rua João Gomes, s/n, bairro do Rio Vermelho. Além do próprio Galiza, Fernando e Joel Miranda teriam assassinado o menino, cujo corpo foi depois incendiado e abandonado em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama. “O crime foi praticado com requintes de crueldade”, enfatiza o documento do MP, justificando a necessidade de prisão dos acusados, como forma de “fazer cessar a impunidade”, ressalta Gallo.

Incansável na luta pela punição dos criminosos, o ex-empresário José Carlos Terra, pai da vítima, empreende uma espécie de peregrinação mundo afora denunciando o crime e se encontra em Bonn, na Alemanha, sede da Organização das Nações Unidas (ONU), exatamente em busca de apoio à sua luta.

De acordo com o advogado Osvaldo Emanuel Alves, assistente de acusação no caso, as viagens são custeadas por organismos internacionais envolvidos nas causas dos direitos humanos. Seu retorno a Salvador deve acontecer até o final da semana.

Fonte: Correio da Bahia

Acaba o casamento de Pelé com Assíria Nascimento (Atualizado)

Pelé e Assíria Nascimento Lemos terminaram o casamento de 13 anos. A crise conjugal que veio a público em novembro passado culminou no fim do casamento, informa a coluna “Zapping” do jornal “Agora” desta quarta-feira, 13.

Segundo a publicação, Pelé saiu de casa e está morando sozinho. O astro do futebol ainda estaria badalando pela noite paulistana com o amigo médico Eduardo Gomes.

O fato é que, desde o início da crise, Pelé e Assíria – que são pais gêmeos – não são vistos em eventos juntos.

Rumos diferentes

Desde novembro, o ex-jogador cumpre agenda de compromissos pelo mundo. Já Assíria se dedica aos filhos e à religião.

Nesta terça-feira, 12, por exemplo, Assíria Lemos esteve sozinha no lançamento do oitavo CD de Mara Maravilha, em São Paulo, com quem divide os mesmo princípios religiosos. Sorridente e solícita, ela disse ao EGO que em junho próximo vai para Israel, onde participará do 2° Festival Gospel.

“Tenho a missão de amar a Deus, engrandecê-lo e transmitir sua palavra através da música”, disse Assíria, que é cantora gospel.

Momento difícil

À época da primeira crise, Assíria disse ao jornal “Folha de S. Paulo” que “Todo casamento passa por crises. Estou passando por um momento difícil, mas não estou me separando. Aliás, separar nunca esteve nos meus planos”.

Pelé engrossou o discurso da mulher: “Não há relacionamento sem brigas. Mas agora está tudo bem”. A declaração foi dada ao programa de TV do colunista Amaury Jr.

Fonte: EGO

Famílias de vítimas do vôo 3054 realizam culto em terreno da TAM Express

Parentes de vítimas do vôo JJ-3054 da TAM realizarão um ato ecumênico no terreno da TAM Express, na zona sul de São Paulo, no próximo domingo (17). O local, que fica em frente ao aeroporto de Congonhas, abrigava o prédio que foi atingido pelo Airbus-A320 da TAM no dia 17 de julho de 2007, causando a morte de 199 pessoas.

Esta será a primeira vez que os parentes terão acesso ao local, sete meses após o acidente. Para o presidente da Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ-3054), Dario Scott, pai de Tais, 14, uma das 199 vítimas do acidente, trata-se de uma forma de reafirmar a vontade dos parentes de instalar no local um memorial.

“Será um ambiente muito carregado emocionalmente para todos, mas foi ali [no terreno] que tudo acabou. Marcaremos nossa posição de que queremos um memorial”, afirmou Scott.

Em 2007, a Prefeitura de São Paulo chegou a anunciar que pretendia construir uma praça de 8.500 metros quadrados em homenagem às vítimas do acidente no local. O projeto da praça dos Ipês Amarelos seria assinado pelo arquiteto Marcos Cartum e tinha inauguração prevista para 2008. A proposta, entretanto, não foi adiante.

O ato ecumênico está marcada para acontecer às 17h do domingo, com a presença do padre Antonio Maria. Além dele, foram convidados representantes da Igreja Luterana, Judaísmo e Espiritismo.

Antes do ato, os parentes realizarão uma passeata com saída prevista à 15h do Obelisco do Ibirapuera até o terreno. A concentração será feita a partir das 14h e o percurso inclui avenidas Pedro Álvares Cabral e Rubem Berta, passando pelo viaduto José Muniz até a avenida Washington Luís.

Reunião

Os parentes das vítimas realizam uma reunião no sábado, num hotel da zona sul de São Paulo.

Entre os temas a serem debatidos está o da criação de uma câmara de conciliação que terá o intuito de agilizar o pagamento extrajudicial das indenizações. Mais tarde eles devem se reunir com o diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Aldo Galiano Júnior, e o promotor público Mário Luiz Sarrubbo, para obter detalhes a respeito do andamento das investigações sobre o acidente.

A Afavitam também irá se filiar a Fivaa (Federação Internacional das Vítimas de Acidentes Aéreos), que reúne 12 associações de familiares de vítimas de acidentes aéreos de diferentes países. O secretário-geral da entidade, Gerard David, foi convidado a participar.

Fonte: Folha Online

Ladrão finge ser judeu ortodoxo, mas é preso

Foragido de uma penitenciária, homem assaltou casa de rabino nos Jardins e tentou fugir usando o chapéu da vítima. Policial militar chegou após rabino pedir ajuda em ídishe a um amigo e desmascarou ladrão fazendo perguntas sobre a religião judaica.

A tentativa de Reinaldo Rodrigues, 30, de se passar por um judeu ortodoxo não durou mais do que cinco minutos. Após roubar R$ 15 mil em dinheiro (dólares, reais e cheques), relógios, telefones e equipamentos eletrônicos da casa de um rabino, anteontem à noite nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, o bandido apropriou-se de um chapéu da vítima e, achando-se com cara de judeu, tentou fugir.

Caminhou 300 m pela rua Haddock Lobo, onde a vítima mora, até a al. Franca. Lá, foi preso em flagrante pelo sargento da Polícia Militar André Mario Destro, que o desmascarou.
Foragido de uma penitenciária, Rodrigues é loiro, tem 1,70 m e olhos verdes. O biotipo europeu até enganaria um desavisado. Mas, azar, ele topou com um PM sabido sobre judaísmo, apesar de espírita.

O sargento Destro notou, por exemplo, que o homem do chapéu usava um terno claro -religiosos judeus usam vestimentas escuras-, não tinha barba nem peiót -cachinhos ao lado das orelhas. Estranho.

“Me ajude”

O bandido trapalhão começou a se enrolar logo no assalto. Quando rendeu o rabino, que voltava para casa, às 21h45, Reinaldo estava em companhia de outros dois comparsas. O religioso judeu disse para os assaltantes levarem o que quisessem e irem embora rápido, porque receberia uma visita. A mulher do rabino viajava. Os filhos estavam ausentes.

O carro do amigo estacionou na frente da casa, e os bandidos mandaram o rabino ligar para ele e mandá-lo embora. Em português, o rabino disse: “Tira o carro daqui que tem pessoas que estão comigo, e eu não queria que você as visse”.

A vítima geralmente dá consultas religiosas em sua casa. Algumas pessoas não gostam de ser vistas, o que o colega já sabia. Mas, no fim da conversa, o rabino emendou em ídishe (dialeto usado por parte dos judeus da Europa): “Me ajude”.

O amigo entendeu o recado, saiu com o carro e ligou para o 190 da PM por volta das 23h.

O sargento Destro e um colega foram averiguar a informação. Chegando lá, viram Rodrigues, já fora da casa, andando apressado com um chapéu preto na cabeça. Ele também arrastava uma bolsa esportiva de náilon. “Achei estranho. Ele transpirava demais e carregava aquela bolsa enorme, maior do que ele”, disse Destro.

Os outros dois comparsas haviam saído antes e levado R$ 5.000 e US$ 1.000. Mas Rodrigues quis ficar. Ao sair, por último, foi abordado por Destro, que lhe perguntou por que ele usava um chapéu com aba larga à noite. Rodrigues respondeu que o chapéu era dele e que era judeu. “Mas achei toda a cena muito esquisita e perguntei quem era o líder máximo da religião judaica, qual o dia do jejum e qual o Dia do Perdão. E ele não respondeu nenhuma questão.”

O PM então apontou para a imagem de um candelabro de sete velas que aparecia em uma moeda encontrada em poder do ladrão. Perguntou qual o nome da peça. Rodrigues ficou mudo. “Eu disse: “Prazer, isso aqui é uma menorá, um dos símbolos mais fortes do judaísmo. Eu vou ter que verificar sua bolsa, meu amigo'”, contou o PM Destro, que deve seus conhecimentos da religião mosaica ao tempo em que trabalhou no bairro do Bom Retiro, um reduto tradicional de judeus na cidade de São Paulo.

Na bolsa encontrada com o ladrão, o sargento achou um laptop, aparelhos de telefone sem fio, jóias, relógio e moedas antigas. Na cueca, estavam escondidos US$ 200. Outros R$ 3.000 estavam na bolsa.

Segundo o PM, o ladrão, que portava um revólver de brinquedo, confessou o crime.
“Disse que usou chapéu para não chamar a atenção de ninguém, mas foi justamente o contrário”, lembra Destro.

De acordo com o PM, a ficha criminal de Rodrigues tem mais de cinco metros. Ele cumpria pena em regime semi-aberto. Tinha mais quatro anos a cumprir pelos crimes de homicídio, furto e roubo.

À polícia o religioso contou que foi amarrado e agredido na cabeça. A Folha tentou entrevistar o rabino, mas ele não quis dar entrevista nem quis que seu nome fosse divulgado. Rodrigues não tinha advogado constituído ontem.

Fonte: Folha de São Paulo

Bispo de SP diz que incentivará ocupações de sem-terra. CNBB reage

O bispo de Presidente Prudente, d. José Maria Libório Saracho, representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Igreja Católica de São Paulo, disse ontem que vai incentivar os sem-terra a continuarem ocupando fazendas no Pontal do Paranapanema, a região com o maior número de conflitos agrários do Estado.

“O único jeito de chamar a atenção do governo para a reforma agrária é invadir e criar uma situação de insegurança”, afirmou d. José Maria.

Até ontem, 18 fazendas foram ocupadas na região, no chamado “Carnaval Vermelho” do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior. “Animo o pessoal para que continue invadindo. As multinacionais não vão querer vir para cá se a situação for de insegurança. A cana-de-açúcar vai ser um fracasso e o governo vai ter de fazer alguma coisa pelo povo.”

Hoje, o bispo recebe representantes do MST, do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast), do Unidos pela Terra e Fome Zero (Uniterra) e de outros movimentos e sindicatos rurais. Eles vão pedir ao representante da CPT que interceda junto ao governador José Serra (PSDB) para que retire da pauta da Assembléia Legislativa o projeto de regularização das terras do Pontal, encaminhado no ano passado.

As áreas a serem legitimadas são fazendas com mais de 500 hectares que estão em disputa na Justiça, pois o Estado considera as terras devolutas, mas os donos alegam serem proprietários legítimos. Em troca, os proprietários cederiam parte das áreas para serem usadas na reforma agrária. D. José Maria se dispôs a falar com o governador, se for solicitado.

UDR

O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que o posicionamento do bispo já é conhecido. “Ele não mede os limites, é ligado à esquerda radical, da qual fazem parte o MST e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)”, afirmou. Nabhan lamentou que o bispo se utilize da Igreja Católica para estimular o que ele chama de “vandalismo” e “baderna”. “Como a gente sabe que ele não vai mudar, vamos torcer para que ele peça demissão da Igreja e se junte ao MST.”

Essa não é posição da Igreja, reage CNBB

As declarações do bispo d. José Maria Libório Saracho sobre invasões de terras não representam o pensamento da Igreja Católica, nem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Em mais de uma ocasião a Igreja deixou claro que incentivar invasões não faz parte de seu programa nem como último recurso”, disse ontem o bispo d. Airton José dos Santos, secretário-geral da regional Sul 1 da CNBB, que abrange todas as dioceses do Estado de São Paulo.

D. Airton, que dirige a diocese de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, ressalvou que não conhece os acontecimentos que envolvem a declaração de seu colega. “Ele faz parte de uma pastoral da Igreja que acompanha os problemas agrários do País e conhece bem a realidade dos sem-terra”, explicou. “Pode ser que não esteja vendo outro jeito de agir. Mas, repito, ele não fala em nome da Igreja.”

De acordo com a estrutura da Igreja, cada bispo tem autonomia dentro de sua diocese. E, embora todos devam se guiar pela doutrina geral da instituição, eles podem adotar posições particulares, livremente, de acordo com a realidade de cada lugar.

Específico

Pela CNBB podem falar apenas os três membros da sua presidência: o presidente, o vice e o secretário-geral. Os bispos integrantes de comissões e pastorais também podem falar em nome delas, especificamente. A CNBB possui, entre outras, as pastorais carcerária, da família, da juventude, dos migrantes. A Comissão Pastoral da Terra faz parte dos chamados organismos eclesiais relacionados com a CNBB, assim como a Comissão Pastoral Operária e o Conselho Nacional de Leigos.

D. José Maria faz parte da CPT de São Paulo. Ele pode, portanto, ter falado como titular da Diocese de Presidente Prudente; e também como representante da CPT.

Antes de assumir a diocese no oeste paulista, d. José Maria, um espanhol de origem basca, trabalhou durante 34 anos em bairros da zona leste de São Paulo. No início de 2002 o papa João Paulo II mandou-o para Prudente, que é o centro da região conhecida como Pontal do Paranapanema, um dos maiores focos de conflitos agrários do País. Lá ele encontrou uma parte do clero intensamente envolvida com os movimentos dos sem-terra, por meio da CPT.

Essa não é a primeira vez que ele faz declarações de apoio às ações dos sem-terra. Em 2003, ao celebrar missa num acampamento do MST, ele disse que Deus deu a terra para todos os homens e não só para os fazendeiros.

Fonte: Estadão

Código Penal iraniano pode mudar e prever morte para apóstatas

O parlamento iraniano pode designar a pena de morte para os muçulmanos que deixarem a religião, anunciou esta semana um grupo de direitos humanos. Pela primeira vez na história iraniana, uma proposta de mudança no Código Penal prevê pena de morte para os “apóstatas”, de acordo com o Instituto Público de Religião e Política (IRPP, sigla em inglês).

“A apostasia sempre foi ilegal, mas o tribunal podia determinar um termo de prisão, trabalhos forçados ou a pena de morte”, disse o presidente do IRPP, Joseph Grieboski. “Agora a punição para a apostasia seria só a pena de morte.”

O Irã tem usado a lei de “apostasia” contra os muçulmanos convertidos ao cristianismo, pensadores liberais e membros da minoria bahai. “Isso não é novidade, mas agora o objetivo é tornar a lei mais severa para essas pessoas que estão deixando o islã”, contou um pastor iraniano ao Compass.

Nenhum convertido ao cristianismo foi condenado por “apostasia” desde que a comunidade internacional começou a forçar os funcionários a derrubar a pena de morte do ex-muçulmano convertido cristão, Mehdi Dibaj, em 1994 (leia mais).

Mas nos anos seguintes, Dibaj, e quatro outros pastores protestantes que trabalharam na conversão dele foram brutalmente assassinados.

Os assassinos dos cristãos nunca foram levados à Justiça. Cristãos locais suspeitam que o governo tenha um envolvimento direto com as matanças.

“Eles começaram a assassinar os pastores e os trabalhadores cristãos”, disse o pastor iraniano que pediu anonimato. “Legalmente, eles não vão nos levar à Justiça, porque eles matam e já nos disseram que depois eles dão alguma desculpa.”

Apostasia inata e parental

A proposta de reformulação do Código Penal, já aprovada no mês passado pelo gabinete iraniano, parece ter o apoio parlamentar necessário para ser aprovado de vez, segundo um cristão que acompanha o caso.

Pelo projeto, o artigo 225 estipula dois tipos de “apostasia”: “inata e parental” . Ambas autorizam a pena de morte.

A apostasia “inata” ocorreria nos casos em que a pessoa cresce com pelo menos um dos pais muçulmanos, e ao chegar à idade de maturidade tenta deixar a fé de nascença. “Castigo para um apóstata inato é morte”, estipula a seção sete do artigo.

Os casos de “apostasia parental” ocorreriam nos casos de cidadãos que crescem em lares não-muçulmanos, convertem-se ao islã quando adultos e depois decidem não ser mais muçulmanos. Nesses casos seria dada uma chance para eles se arrependerem antes da serem executados.

“…Depois da sentença final, ele ou ela seriam encorajados retratar sua convicção religiosa”, estipula o artigo. “Se ele ou ela se recusarem, a pena de morte deve ser levada adiante.”

Mulheres e o sofrimento

Embora o projeto pareça indicar que podem ser executados homens e mulheres por apostasia, há outros projetos que limitam execução aos homens. As mulheres ganhariam prisão perpétua.

A lei proposta estipula um “sofrimento” a ser exercitado para a “apóstata”. “O tipo de sofrimento será determinado de acordo com as leis religiosas”, diz uma das propostas.

Ainda não está claro de que modo o governo poderia implementar a lei de apostasia. Nos últimos anos os cristãos ficaram conhecidos por deixar sua religião anterior e pela decisão de seguir Jesus, mas não foram condenados por apostasia.

Em maio de 2005 foram absolvidos oficiais militares convertidos ao cristianismo e julgados por apostasia em um Tribunal Islâmico , em Bandar-i Bushehr.

“O novo Código Penal poderia abrir as mãos dos fanáticos para prejuízos ainda maiores”, disse o pastor iraniano. “Isso depende de qual grupo (no governo), tem mais poder, se os radicais ou os moderados.”

300 aplicações de pena de morte em 2007

A proposta também estende a jurisdição do governo a todas as ações ocorridas fora do Irã, sob a alegação de que comprometeria “a segurança interna e externa do país”. Significa que a lei de apostasia alcançaria cidadãos iranianos que vivem em outros países.

Vários crimes, incluindo embriaguez repetida, estupro, assassinato, roubo armado, tráfico de drogas, “apostasia”, adultério e homossexualidade masculina são ofensas graves no Irã.

Na semana passada, o Tribunal Criminal de Teerã condenou um homem de 22 anos à morte depois que ele foi descoberto pela quarta vez em posse de álcool e embriagado.

Foram executados pelo menos 28 condenados em janeiro, segundo informações da BBC de Londres. Segundo agências de notícias e grupos de direitos humanos, o Irã aplicou a pena de morte para 300 pessoas no ano passado.

Fonte: Portas Abertas

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