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Entidade cristã quer processar peça com temática gay

A Liga Cristã Mundial (LCM) anunciou em sua página na internet que pretende processar os responsáveis pelo espetáculo teatral “O Santo Parto”, em cartaz no espaço Satyros, em São Paulo.

O motivo seria o fato de a peça contar a história de um padre que engravida e passa a viver relações homossexuais.

Segundo a LCM, o espaço teatral Satyros seria um “espaço de homossexuais”, onde é encenada “uma peça ridicularizando as crenças da Igreja Católica”.

“Eu acho que essa reação é bem a cara deles”, responde Barbara Bruno, diretora da peça, no site do Satyros. “Na verdade, o que a gente procura sempre em todo os sentidos é a liberdade. A liberdade de opinião, de expressão e acho que a recíproca não é verdadeira”, avalia

Para a diretora, a entidade tem o direito de reagir, mas criticou a forma utilizada nessa manifestação. “Oficialmente não recebemos nada ainda e, evidente, que se recebermos alguma intimação vamos revidar a altura, mesmo porque isso mostra uma extrema desinformação. Eles querem processar os atores, mas eles são os que menos tem a ver com o caso. O que há é uma falta de informação”.

A LCM, também promete processar “dois homossexuais, que se vestiram como Papa Bento XVI e Bispo” com Cálice na mão, e distribuíam camisinhas, durante a Parada Gay de 2007, na Av. Paulista.

A entidade

A Liga mantém, em sua página, uma rádio e um acervo de vídeos, além de uma sala de bate-papo. A entidade segue o rito greco-melquita, obediente ao Vaticano.

De origem libanesa, o movimento no Brasil traz como uma de suas atribuições adotar medidas jurídicas extrajudiciais e judiciais contra meios de comunicação ou pessoas que “vilipendiarem publicamente ato ou objeto de culto religioso” ou que “contrariam a moralidade pública e bons costumes” ou “não condizem com a verdade”.

A peça está em cartaz no espaço Satyros na Praça Roosevelt, 214, centro.

Fonte: Revista Fórum

STF avalia inconstitucionalidade do Dia do Evangélico

A pedido da Fecomércio Rondônia, a Confederação Nacional do Comércio, ajuizou, no Supremo Tribunal Federal (STF), Ação Direta de Inconstitucionalidade, com o intuito de suspender a eficácia da Lei 1.026/01, do estado de Rondônia, que dispõe sobre a criação de um feriado religioso em homenagem aos evangélicos.

A Fecomércio, na fundamentação do pedido enviado a CNC afirma que a criação do feriado “passou a interferir nas relações trabalhistas entre empregados e empregadores do comércio” do estado de Rondônia. Os artigos 68 a 70 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) determinam que, em dias de feriado, é vedado o trabalho, exceto com permissão prévia da autoridade competente.

Na ação, distribuída ao ministro Cezar Peluso, a CNC sustenta que o poder de legislar sobre direito do trabalho é privativo da União e que “a criação de um feriado religioso de âmbito estadual não encontra amparo na Constituição Federal nem na lei federal que disciplina a matéria.” (Lei 9.093/95).

A CNC ressalta, também, que a existência de feriados em demasia no país “causa elevados custos na economia” e “dificulta a geração de emprego e renda.” E alerta para a possibilidade de vivermos num “País de feriados” se o poder de legislar sobre eles ficar nas mãos dos legisladores estaduais e municipais.

A Fecomércio, desde que a Lei 1.026/01, foi editada vem tentando questionar localmente sua legalidade. Foram realizadas dezenas de reuniões entre parlamentares, o próprio Governo do Estado e com a procuradoria federal do trabalho e com a Delegacia do Trabalho para se encontrar uma solução, mas nada de concreto foi feito.

O presidente da Fecomércio Francisco Teixeira Linhares disse que acredita na decisão do STF para colocar um ponto final nessa polêmica que vem causando sérios transtornos para o setor empresarial do comércio. Para ele, essa lei trata-se apenas de um artifício político-eleitoreiro que não traz benefício a ninguém.

Linhares acrescenta ainda que o Brasil é um país laico e não pode se curvar diante de legislações que obrigam setores distintos a aderirem a um feriado religioso contrários aos princípios mais amplos da liberdade.

Fonte: Rondonotícias

Ministério Público quer igualdade de credos na TV Educativa

A Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa do Ministério Público da Bahia (MP) recomendou à TVE espaço igual para religiões na sua grade de programação.

A medida respondeu a uma representação feita pelo médium espírita José Medrado. No documento, ele reivindicou tratamento igual ao dispensado à Igreja Católica, que tem algumas de suas missas transmitidas.

Ouvido pelo promotor Almiro Sena, titular da promotoria, no último dia 30, Pola Ribeiro, diretor do Instituto de Radiofusão do Estado da Bahia (Irdeb), do qual a TVE faz parte, disse não ter espaço para atender ao pedido. Sua alternativa então seria tirar as missas da grade de programação.

A TVE transmite aos domingos, a missa do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo, e a celebrada na Igreja do Bomfim, em Salvador, nas primeiras sexta-feiras do mês. “A Constituição, em seu artigo 19, diz que o Estado, que é laico, não pode subvencionar nenhuma religião. Se a TVE é uma instituição pública está de certa forma infrigindo este princípio”, avalia o médium.

Fonte: A Tarde

Réplica do Muro das Lamentações é construída em Berlim

O novo centro judaico que será inaugurado em Berlim em setembro incluirá uma réplica do Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações, de Jerusalém. A comunidade retrata a crescente vitalidade da vida judaica berlinense.

A entrada da nova Casa Szloma Albam em Berlim exibirá uma réplica precisa de cem metros quadrados do Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações, de Jerusalém. Pedras retiradas próximo a Jerusalém foram transportadas à capital alemã para construir o muro, que incluirá plantas e rachaduras da mesma forma como no original.

Há séculos, o Muro das Lamentações de Jerusalém é considerado um lugar sagrado para os judeus. Muitas pessoas visitam o local para rezar e depositar seus desejos por escrito nos espaços entre as pedras que compõem o muro, que também é conhecido como o Muro das Lamentações por causa das lágrimas deixadas no local pelos fiéis judeus.

Comunidade judaica berlinense cresce

A Casa Szloma Albam será inaugurada no dia 2 de setembro no bairro de Wilmersdorf, no oeste de Berlim. A fundação do centro é um sinal do crescimento e da nova vitalidade da comunidade judaica da cidade, que conta com 12 mil membros. Antes de os nazistas chegarem ao poder, a população estimada de judeus na capital alemã era de 160 mil pessoas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus na Europa ocupada pelo regime nacional-socialista alemão foram deportados e mortos como parte da “solução final” dos nazistas. Aproximadamente 6 milhões de judeus europeus morreram durante o Holocausto, dos quais 170 mil eram alemães.

Réplica como símbolo

Membros da organização Chabad-Lubavitch viajaram a Jerusalém e fotografaram uma parte do muro original. No início de julho, 19 toneladas de pedra grês (arenito) foram trazidas para a capital alemã. Usando as fotografias, o muro foi esculpido e montado para se igualar ao de Jerusalém.

“Esta é uma contribuição simbólica para que Berlim se torne novamente um ponto central da vida judaica”, disse o diretor executivo do centro, o rabino Yehuda Teichtal.

A réplica será instalada na entrada do centro judaico. O Muro Ocidental de Berlim não será usado para devoção, mas servirá como um símbolo e para lembrar a missão do centro.

Fonte: DW World

TJ-PB vai lançar campanha de livros “Pelo Direito de Ler”

O Tribunal de Justiça da Paraíba, por sua Coordenadoria da Infância e da Juventude, lançará, às 15 h deste dia 16 de agosto, a Campanha de Doação de Livros “Pelo Direito de Ler”.

O evento, a ocorrer no Auditório “Desembargador Wilson Pessoa da Cunha”, no Anexo do Palácio da Justiça (antigo Fórum Cível “Desembargador Archimedes Souto Maior”), será aberto pelo desembargador-presidente Antônio de Pádua Lima Montenegro.

Esta campanha será apresentada em data-show pela coordenadora do setor, Cibele Almeida, e pela universitária de Comunicação Gabriella Guedes, da Coordenadoria de Comunicação Social do Judiciário. O auditório será composto especialmente por crianças e jovens adolescentes atendidos pelo CAO (Centro de Atividades Ocupacionais), pelo CETA (Centro Terapêutico do Adolescente) e por sua creche.

A Bíblia e outras obras

Haverá apresentações especiais de grupos de dança, formados por alunos das Creches “Fabiana Lucena” e “Maria da Luz”. A Sociedade Bíblica do Brasil doará 106 livros a serem destinados às seguintes Salas de Leitura: 1) “Monteiro Lobato”, da Creche “Maria da Luz” (que receberá 52 unidades); 2) “Ariano Suassuna”, do CETA “Desembargador “Raphael Carneiro Arnaud” (18 livros); 3) “José Américo de Almeida”, instalada numa das dependências do Centro de Atividades Ocupacionais “Desembargador Mário de Moura Rezende” (CAO), em Jaguaribe (36 livros).

Os exemplares são Bíblias de Estudo; Bíblias da Família; Dicionários da Bíblia; Histórias de Amor da Bíblia; Bíblia em Áudio; Bíblia Infantil “Amigos para Sempre”; Bíblia em Quebra-Cabeças e outros volumes que ajudarão na formação religiosa dos alunos destes Centros pertencentes ao TJ-PB.

Mais salas de leitura

Com o lançamento da campanha, a Coordenadora da Infância e da Juventude, Cibele Almeida, espera poder adquirir acervo considerável de obras, para a instalação, até outubro próximo, das Salas de Leituras em três unidades de atendimento aos adolescentes, em João Pessoa.

Confirmaram presença ao evento a Secretária Estadual de Desenvolvimento Humano, Isa Arroxelas; a Coordenadora do Programa de Creches do Governo do Estado, Filomena Elisa; a presidente da Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas (AEMP), a Dra. Socorro Montenegro, com sua vice-presidente, Sra. Rozane Lourenço Gomes Pereira, além dos juízes da Infância e da Juventude da Capital, Fabiano de Moura e Moura e Virgínia Gaudêncio, bem como Secretários e Coordenadores do TJ-PB e diretores das Creches e dos respectivos Centros.

Sociedade Bíblica e AEMP

A Sociedade Bíblica Brasileira é entidade religiosa (evangélica) e cultural, sem fins lucrativos. Sua finalidade é traduzir, produzir e distribuir a Bíblia como instrumento de transformação espiritual e social, além de fonte de conhecimento e educação. Essa entidade desenvolve programas sociais que beneficiam milhares de pessoas; dá incentivo à cultura; promove a inclusão dos deficientes visuais; tem uma ação social nas escolas; patrocina a tradução da Bíblia para povos indígenas; e, entre outros objetivos, assegura assistência médica, social e espiritual a pacientes hospitalizados.

Recentemente, a Campanha de Doação de Livros “Pelo Direito de Ler” recebeu outro importante parceiro: a AEMP – Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas. Esta parceria já resultou na arrecadação de mais de 400 livros de literatura infanto-juvenil.

As informações são da assessoria do TJ-PB

Fonte: O Norte

Le Monde: Na Alemanha, a construção de novas mesquitas desperta o medo da população

Os cidadãos que se opõem à construção da futura grande mesquita de Colônia estão cada vez mais decididos a fazer frente a este projeto. Na quinta-feira, 9 de agosto, eles acompanharam de perto uma reunião do conselho municipal dedicada a este projeto que vem agitando a capital da Renânia, onde está concentrada uma das maiores comunidades turcas da Alemanha.

“Mostremos aos dirigentes da nossa cidade o que nós pensamos do seu prestigioso projeto de multiculturalismo! Vamos acabar de uma vez por todas com essa loucura!”, proclama o Pro-Köln (Em favor de Colônia), o partido de extrema-direita que conta cinco eleitos no conselho municipal. Esta agremiação recebeu o apoio do partido de extrema-direita austríaco FPÖ para conduzir esta campanha.

Além de Colônia, mobilizações desse tipo vêm ocorrendo em Munique e em Berlim. Nos últimos meses, três projetos de construção de mesquitas vêm suscitando os temores, e até mesmo o ódio, de uma boa parte dos moradores das áreas onde elas deverão ser construídas. Os seus comitês de ação afirmam defender os valores ocidentais. Segundo o coletivo Cidadãos para Munique, “as concepções muçulmanas de submissão da mulher, de casamento forçado, de crime de honra, além das suas regras em matéria de abate de animais e de alimentação são contrárias à Constituição”.

Ou ainda, de maneira mais prosaica, muitos são os habitantes que temem ver o seu bairro perder o seu valor imobiliário, ou ainda prevêem ocorrências de novos problemas como o barulho, o trânsito… Ou ainda se mostram preocupados, assim como ocorreu em Berlim-Pankow, com uma “islamização” da Europa ocidental.

A mesquita de Colônia-Ehrenfeld, que vai se tornar uma das maiores da Alemanha com 2.000 lugares, causa divisões nesta cidade que conta 120.000 muçulmanos, mas que é mais conhecida pela sua catedral gótica. Defendido pelo prefeito conservador, Fritz Schramma, pelo motivo de que o novo local de culto permitirá fazer com que o islã saia dos “quintais escondidos”, nos quais ele enxerga as verdadeiras “tocas” da militância islâmica, o plano inicial foi rejeitado por ocasião de uma consulta popular, ainda que esta não tivesse valor legal.

O arquiteto comprometeu-se a apresentar um novo projeto no qual a altura dos minaretes não será superior a 50 metros, contra 55 metros previstos inicialmente. A organização que encomendou a construção, a Ditib (União Turca Islâmica para a Religião), a mais importante organização muçulmana na Alemanha, controlada pelo Estado turco, se diz disposta a fazer concessões.

Diálogo das culturas

As críticas são também proferidas pelos muçulmanos laicos, que acusam as autoridades de terem feito “vistas grossas” por um tempo excessivo em relação aos excessos e às perdas de rumo do Islã, em nome de uma política desmedida de multiculturalismo que foi implantada como se fosse uma evidência na Alemanha a partir do pós-guerra.

A socióloga Necla Kelek, autora de um livro que chama a atenção para os crimes de honra, intitulado “A Noiva Importada”, avalia o projeto do novo edifício de maneira negativa. “Os muçulmanos passam a lidar com a sua mulher de um modo muito diferente quando eles começam a freqüentar assiduamente a mesquita. Eles ensinam as menininhas de seis anos que elas devem trajar o véu”, sublinha a autora.

Contudo, no bairro de Ehrenfeld, onde ele mora há anos, um homem acredita que o projeto pode contribuir para o diálogo das culturas: Günter Wallraff, o autor de “Cabeça de Turco”, uma pesquisa sobre os imigrantes que vieram trabalhar na Alemanha durante os anos 1980. “Em toda a minha obra, e até mesmo ao longo de toda a minha vida, eu lutei em favor de uma melhor integração dos imigrantes”, afirma.

Hoje, ele está decidido a “pegar ao pé da letra” os muçulmanos da Alemanha quando eles afirmam ser modernos. Assim, “com o objetivo de dar início a um debate”, ele pretende promover neste outono leituras públicas nas dependências da atual mesquita, que incluiriam trechos de “Os Versos Satânicos”, de Salman Rushdie.

Wallraff explica ter hospedado este autor em várias oportunidades depois que uma “fatwa” (edito religioso) condenando-o à morte foi lançada contra ele. “Isso não é um sacrilégio”, defende-se. “Esta iniciativa poderia representar o começo de um Islã europeu”.

Fonte: Le Monde

Igrejas Evangélicas apresentam um Cristo equivocado

Frente ao ambiente de insegurança que reina em El Salvador, o pastor do Tabernáculo de Avivamento Internacional (TAI), Carlos Rivas, fez um enérgico chamado à unidade das principais igrejas evangélicas do país.

“Vangloriamos-nos do crescimento evangélico em 35%; que devemos ser sal e luz, mas quais são as mudanças que provocamos na sociedade? Precisamos levar a sério o problema da violência”, enfatizou o pastor Rivas.

Recente pesquisa de Cid Gallup indica que as igrejas neopentecostais e pentecostais cresceram em El Salvador nos últimos anos, chegando a totalizar 23,3% da população nas regiões rurais do país. É evidente o crescimento das mensagens cristãs evangelizadores através dos diferentes meios de comunicação.

Rivas deixou claro que o Cristo que a maioria das igrejas evangélicas está apresentando não responde aos problemas de violência. “Será que não nos equivocamos com o Cristo que apresentamos? Não apresentamos um Cristo transformador”, agregou o pastor em entrevista à televisão.

El Salvador é considerado um dos países mais violentos do mundo, mesmo não vivendo em guerra. Segundo estatísticas oficiais, são registrados diariamente de dez a 12 assassinatos no pais.

Rivas mencionou como problemas a divisão do cristianismo e as diferentes formas errôneas de apresentar Cristo à população. Em relação à responsabilidade do Estado de combater a delinqüência, Rivas atribuiu o cenário ruim à polarização e politização existente em diferentes instituições.

O pastor do TAI demandou do Estado o cumprimento das suas obrigações de prevenir, pesquisar e castigar os responsáveis pelos delitos. “Todos precisamos levar a sério o problema da violência”, enfatizou.

Fonte: ALC

Apesar das mudanças na família, papel dos pais continua fundamental

Embora se observem mudanças nos papéis e funções dos integrantes da família, as funções nucleares materna e paterna parecem preservadas quanto à sua importância, apontaram as psicólogas Marilene Marodin e Tânia Vanoni Polanczick.

Não existe sociedade que possa viver sem esses papéis, que são reatualizados, arrola a professora e pesquisadora Miriam Pillar Grossi, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Não existem mais funções divididas e como modelo único das responsabilidades de pai e de mãe.

“O que temos é uma transformação de papéis que antes eram ditos de pai e de mãe”, diz a pesquisadora em entrevista para o Instituto Humanitas (IHU), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), que perguntou, na edição de sua revista desta semana, se “Ainda precisamos de pai?” No Brasil, o segundo domingo de agosto é destinado ao Dia dos Pais.

Hoje aparecem novas formas de paternidade que estão sendo exercidas pelos homens contemporâneos, acrescenta a professora da UFSC. Para o psicólogo Marcelo Spalding Verdi, de Porto Alegre, existe um novo discurso em relação à paternidade. “O ideal passou a ser um pai participativo, afetivo e com autoridade”, define.

Pai e mãe, afirma Spalding, exercem duas funções fundamentais do ponto de vista da constituição psíquica da criança: acolhimento e interdição. “A apropriação, pela criança, dos recursos que lhe permitirão interagir com a sociedade depende dessas funções”, lembra o psicólogo.

Acolhimento significa cuidados, apego, contato, nutrição, carinho, dedicação, conforto e totalidade. Já a interdição representa limites, corte, restrição, castração, ruptura, impedimento e falta. “Da experiência de acolhimento resulta uma confiança básica para estar no mundo, da interdição, o reconhecimento do outro e a condição para a autonomia”, explica.

Spalding afirma que a família continua sendo a célula básica da sociedade. Ele frisa, contudo, que nessa afirmação não tem qualquer conotação moral. A família “é a célula básica porque tem uma função, ainda sem substituto à altura, de operar a transição do bebê humano da natureza para a sociedade, por meio de intermediação da cultura”. O psicólogo destaca, ainda, que os papéis de pai e de mãe são muito relevantes, enquanto as estruturas familiares nem tanto.

Mesmo que as mudanças sejam inevitáveis, a paternidade deverá seguir associada à sua função de transmitir os códigos de acesso à cultura aos filhos, “entretanto cada vez mais desvinculados dos laços biológicos e dos valores masculinos como hoje os entendemos”, assinala o psicólogo.

A terapeuta de casal e família, a psicóloga Cláudia Valle Sigaran reforça esse entendimento. “O envolvimento emocional é maior do que um envolvimento genético. É o elemento emocional, o sentimento de amor que gera, genuinamente, uma responsabilidade e comprometimento mútuo entre pai e filho”, diz.

Isso significa que a parentalidade (termo que carrega a idéia de vínculo afetivo entre duas pessoas, ao papel dos pais) não exige, necessariamente, um vínculo sangüíneo entre as pessoas.

“Na família contemporânea, ter pai e mãe não deixou de ser importante. O que mudou é a consciência de que esta não é a única maneira de constituir uma família. O que importa é que, nas mais diversas configurações familiares, possa existir alguém que assegure a existência de um vínculo afetivo que dê conta das necessidades básicas para um desenvolvimento saudável da criança”, afirma Cláudia Sigaran.

As psicólogas Marilene Marodin e Tânia Vanoni Polanczik lembram que a vida moderna empurrou a mulher e o homem para a mesma luta, a da sobrevivência. Assim como a mulher ganha cada vez mais espaços fora da família, em todas as esferas da vida social, os homens têm conquistado mais e legítimos espaços dentro da família e da educação dos filhos.

O desmonte das proteções sociais, verificado hoje na esteira do processo de globalização, afeta as relações familiares. “O ideal de proteção à infância, que emergiu também na modernidade, vem sofrendo abalos, já que os pais, expostos ao desamparo social, não encontram suportes externos para sustentar sua atitude de cuidado com as crianças”, arrola a psicóloga Beatriz Gang Mizrahi.

Os pais tentam adaptar-se à precariedade e instabilidade, “um ideal do mundo do trabalho que não acompanha a necessidade de nossos filhos de constituírem conosco relações sólidas, onde haja espaços tanto para proximidade como para o conflito sem risco de ruptura”, alerta Mizrahi.

Fonte: ALC

Talibãs libertam duas missionárias sul-coreanas

Os talibãs libertaram hoje duas missionárias sul-coreanas mantidas como reféns no Afeganistão, em um “gesto de boa vontade” após dois dias de negociações diretas com representantes do Governo de Seul na cidade afegã de Ghazni.

“Já que estão doentes e são mulheres, as libertaremos sem nenhuma condição nem troca por prisioneiros talibãs”, disse à agência Efe o porta-voz insurgente Mohammed Yousif Ahmadi, que pouco depois confirmou a libertação.

A decisão foi tomada hoje pelo conselho supremo talibã “como um gesto de boa vontade, de modo que o Governo sul-coreano, seu povo e outros deveriam tentar decidir sobre o destino do resto dos reféns, libertar os prisioneiros e aceitar as exigências (do grupo)”, acrescentou Ahmadi.

O porta-voz afirmou à agência afegã “Pajhwok” que as duas missionárias foram libertadas na província de Ghazni e que em uma hora seriam entregues aos membros da delegação negociadora de seu país.

Negociação

As conversas começaram na sexta-feira às 18h15 (10h45 de Brasília) na sede do Crescente Vermelho de Ghazni, capital da província de mesmo nome, na qual os missionários sul-coreanos – na maioria mulheres – foram seqüestrados em 19 de julho quando passavam de ônibus pela perigosa rota entre Cabul e Kandahar (sul).

Participam das negociações dois representantes da insurgência talibã, designados por seu Conselho Supremo, e uma missão enviada ao Afeganistão pela Coréia do Sul para resolver a questão, com “mediação” de um representante do Governo afegão.

Antes da libertação das primeiras reféns, Ahmedi informou à Efe que os diálogos giravam em torno de um primeiro grupo de oito presos talibãs em troca de seqüestrados.

As conversas se seguem aos contatos telefônicos mantidos no dia 2 depois que os talibãs executaram dois reféns para forçar a retirada (já anunciada para o fim deste ano) das tropas sul-coreanas destacadas no Afeganistão e a libertação dos insurgentes presos.

Boa vontade

“Uma vez que sejam libertados, entregaremos outra lista de oito prisioneiros até que a troca (pelos reféns) se complete”, assinalou Ahmadi esta manhã.

O outro negociador do grupo insurgente, o mulá Nasrullah, se mostrou satisfeito com o andamento das conversas. Ele espera que as negociações dêem resultado “em um ou dois dias”.

A entrevista coletiva dos talibãs também contou com a presença do embaixador da Coréia do Sul no Afeganistão, que lidera a delegação sul-coreana nas negociações.

O Governo sul-coreano reiterou que não pode negociar a libertação de nenhum talibã, pois esta é uma decisão do Governo afegão, que oficialmente descarta se submeter a essa chantagem dos insurgentes.

A agência “Pajhowk” informou ontem sobre a participação de um “mediador” do Governo no encontro, Waheedullah Mujaddidi, que se declarou “otimista” sobre os resultados.

O Governo afegão recebeu críticas em abril passado, quando reconheceu que tinha libertado vários presos talibãs em troca do jornalista italiano Daniele Mastrogiacomo, seqüestrado por um grupo insurgente.

Fonte: Portas Abertas

ATUALIZADO: Talibãs negaram neste domingo, 12 de agosto, a libertação de duas reféns sul-coreanas. [url=http://www.folhagospel.com/site/html/modules/news/article.php?storyid=3921]Clique aqui[/url]

Ensino de sociologia e filosofia passa a ser obrigatório em escolas

No dia 21 de agosto vence o prazo para que as disciplinas de sociologia e filosofia sejam implantadas no currículo das redes pública e privada de ensino médio de todo o país. As matérias eram tratadas anteriormente como conteúdos transversais, ou seja, tratados em outras disciplinas.

A resolução que instituiu as novas disciplinas data de 21 de agosto de 2006. O CNE (Conselho Nacional de Educação) deu aplicação imediata à resolução, mas fixou um prazo máximo de um ano para que Estados e municípios pudessem cumprir a determinação. Segundo a LDB (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), o estudante, ao deixar o ensino médio, deve estar capacitado para desenvolver pensamento autônomo e crítico e exercer a cidadania plena.

Como o ensino médio é de responsabilidade dos Estados, caberá aos conselhos de educação estaduais a fiscalização da implantação das novas disciplinas. Como foi dado o prazo de um ano, as escolas tiveram o início do ano letivo de 2007 e as férias de julho para implementar as matérias em suas grades curriculares.

Contrariando o CNE, o CEESP (Conselho Estadual de Educação de São Paulo) já decidiu que as escolas do Estado não precisam adotar as duas disciplinas no currículo ainda no segundo semestre de 2007 — assim, os programas escolares não precisam ser alterados. O conselho paulista anuncia na semana que vem se acatará a imposição do MEC nos anos seguintes.

O ministério vai auxiliar professores e escolas com a distribuição, pela primeira vez, de livros de referência para as bibliotecas das instituições de ensino médio da rede pública. Serão 80 livros para todas as escolas, com conteúdos para 13 disciplinas.
As informações são do MEC

Fonte: UOL

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