A Liga Cristã Mundial (LCM) anunciou em sua página na internet que pretende processar os responsáveis pelo espetáculo teatral “O Santo Parto”, em cartaz no espaço Satyros, em São Paulo.

O motivo seria o fato de a peça contar a história de um padre que engravida e passa a viver relações homossexuais.

Segundo a LCM, o espaço teatral Satyros seria um “espaço de homossexuais”, onde é encenada “uma peça ridicularizando as crenças da Igreja Católica”.

“Eu acho que essa reação é bem a cara deles”, responde Barbara Bruno, diretora da peça, no site do Satyros. “Na verdade, o que a gente procura sempre em todo os sentidos é a liberdade. A liberdade de opinião, de expressão e acho que a recíproca não é verdadeira”, avalia

Para a diretora, a entidade tem o direito de reagir, mas criticou a forma utilizada nessa manifestação. “Oficialmente não recebemos nada ainda e, evidente, que se recebermos alguma intimação vamos revidar a altura, mesmo porque isso mostra uma extrema desinformação. Eles querem processar os atores, mas eles são os que menos tem a ver com o caso. O que há é uma falta de informação”.

A LCM, também promete processar “dois homossexuais, que se vestiram como Papa Bento XVI e Bispo” com Cálice na mão, e distribuíam camisinhas, durante a Parada Gay de 2007, na Av. Paulista.

A entidade

A Liga mantém, em sua página, uma rádio e um acervo de vídeos, além de uma sala de bate-papo. A entidade segue o rito greco-melquita, obediente ao Vaticano.

De origem libanesa, o movimento no Brasil traz como uma de suas atribuições adotar medidas jurídicas extrajudiciais e judiciais contra meios de comunicação ou pessoas que “vilipendiarem publicamente ato ou objeto de culto religioso” ou que “contrariam a moralidade pública e bons costumes” ou “não condizem com a verdade”.

A peça está em cartaz no espaço Satyros na Praça Roosevelt, 214, centro.

Fonte: Revista Fórum

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