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Igreja Católica não mudou de posição em relação a judeus, diz Vaticano

O Vaticano, que tenta aplacar as críticas surgidas entre a comunidade judaica após o papa Bento 16 ter se encontrado com um padre polonês acusado de dar declarações anti-semitas, afirmou nesta quinta-feira, em um comunicado, que sua postura em relação aos judeus continuava inalterada.

O comunicado sucinto da Santa Sé apareceu após o encontro de domingo entre o papa e o padre Tadeusz Rydzyk, que se desculpou publicamente no final de julho por ter acusado um “lobby judaico” de tentar arrancar milhões de dólares do governo polonês.

Grupos de defesa dos direitos judaicos criticaram a reunião e conclamaram o papa a censurar Rydzyk e a Rádio Maryja (comandada pelo padre). Esses grupos acusam o religioso e sua rádio de divulgarem declarações xenófobas e anti-semitas.

O Vaticano não respondeu a essas exigências em seu comunicado divulgado online, limitando-se a afirmar que o beijo dado por Rydzyk na mão do papa, nascido na Alemanha, não possuía maiores implicações.

“Em referência aos pedidos de esclarecimento sobre o ‘beijo’ dado por Tadeusz Rydzyk, a questão não implica qualquer mudança na conhecida postura da Santa Sé quanto às relações entre os católicos e os judeus”, afirmou o Vaticano.

O Congresso Europeu Judaico (EJC) acolheu a declaração do Vaticano sobre as relações entre católicos e judeus, mas declarou que espera mais.

“O comunicado do Vaticano de hoje é bem-vindo … Mesmo assim, esperamos ver o Vaticano condenando firmemente o anti-semitismo que continua sendo disseminado pela Rádio Maryja”, disse o vice-presidente do EJC, Richard Prasquier.

A Polônia possuía a maior população judaica da Europa até a Segunda Guerra Mundial.

Mas o assassinato de milhões de judeus durante o Holocausto, em meio à ocupação alemã, e uma campanha anti-semita realizada pelos comunistas no pós-guerra fizeram com que o número de judeus presentes no país caísse para alguns milhares.

No mês passado, o embaixador israelense em Varsóvia pediu que a Polônia e a Igreja Católica tomassem medidas contra a Rádio Maryja, já que o veículo alimentaria o anti-semitismo. Segundo o embaixador, a rádio havia insultado por diversas vezes os judeus e a cultura deles.

O encontro do papa com Rydzyk, no entanto, parecia gerar o efeito contrário ao desejado porque daria legitimidade ao padre radical, afirmaram grupos judaicos.

Alguns líderes judeus criticaram a decisão recente do papa de autorizar a realização de missas em latim, cerimônia essa que inclui uma oração na qual se pede a conversão dos judeus. O número dois do papa sugeriu que essa oração pode ser retirada da cerimônia, uma proposta recebida com satisfação pelo Centro Simon Wiesenthal.

Fonte: Reuters

Familiares de cristãos obrigados a “reformar” parentes na China

Uma igreja militar em Xinjiang foi invadida e seus membros detidos para interrogatório. Fontes ligadas à Associação de Ajuda à China disseram que a casa do irmão Gao Hongzhi foi invadida no dia 1º de junho por 10 agentes do serviço de segurança.

Depois da ação, as autoridades chinesas passaram a responsabilizar os parentes de cristãos “pela má conduta deles”, sob pena de multa e prisão.

Seis cristãos, incluindo Gao foram detidos por 12 horas e liberados na manhã seguinte. Bíblias, calendários e um painel para apresentações (blackboard) foram confiscados e classificados como “materiais ilegais” sem que houvesse uma autorização judicial por escrito para tal operação.

Eles foram forçados a assinar um documento intitulado ” Garantias e Responsabilidades”. O documento, baseado no item 49 da 3ª Divisão de Xinjiang para a Produção Agrícola e de Construção ainda responsabiliza os parentes desses cristãos, caso eles sejam pegos novamente compartilhando o Evangelho e materiais como Bíblias, além de outras atividades de cunho religioso.

De acordo com esse documento, os parentes desses cristãos têm a obrigação de ajudá-los “a se reformarem”. Eles deverão estar atentos a todas as atividades deles e devem assegurar que eles não promovam qualquer reunião que compartilhe literatura e materiais cristãos.

A última parte do documento traz uma lista de penalidades a serem aplicadas aos parentes dos cristãos caso não seja bem sucedidos em supervisioná-los.

Em seguida, outro documento secreto, em 29 de junho, detalhou penalidades e multa ao filho de Gao Hongzhi.

Jogos Olímpicos

Nesta semana, a Anistia Internacional, afirmou em um comunicado que a China não está cumprindo sua promessa de melhorar a situação dos direitos humanos antes da realização dos Jogos Olímpicos de 2008.

A ONG ressalta que tanto militantes dos direitos humanos como jornalistas continuam sendo vítimas de intimidação e de abusos, já que há o fechamento de publicações e que as autoridades estão “limpando Pequim com cada vez mais com prisões sem julgamento”.

Anistia Internacional

De acordo com o mesmo relatório, vários militantes e religiosos estão em prisão domiciliar em Pequim sob estreita vigilância policial, enquanto outros enfrentam “abusos crescentes”.

“Esta repressão (…) ofusca as reformas positivas” e a pena de morte “continua sendo aplicada para crimes não violentos” e “em segredo”.

A organização acrescentou que “as sérias violações que persistem são uma afronta aos princípios essenciais da Carta Olímpica sobre a preservação da dignidade humana e sobre o respeito aos princípios éticos fundamentais e universais”.

Fonte: Portas Abertas

Cristãos vistos como separatistas sofrem dura perseguição no Laos

Treze cristãos foram mortos no mês passado no Laos por soldados, policiais e civis em um levante popular dos moradores de Hmong, que falsamente os acusaram de serem dissidentes rebeldes, segundo informações de fontes locais ao Compass.

Na ação, estimulada principalmente pelos líderes comunistas da aldeia, os cristãos foram acusados de rebeldes separatistas. As autoridades prenderam aproximadamente 200 dos 1900 membros de uma Igreja Evangélica em Ban Sai Jarern, na província de Bokeo, na região noroeste do Laos.

Centenas de cristãos de Hmong são na verdade refugiados perseguidos do Vietnã. As vítimas estão sendo falsamente acusadas de ligação com o general separatista Vang Pao.
A polícia tem intensificado as buscas aos cristãos nos campos de arroz e nas montanhas. Sempre que são vistos, os policiais atiram, de acordo com uma fonte que pediu para permanecer anônima.

“Muitos cristãos foram mortos ou estão seriamente feridos”, disse a fonte. “Mulheres e crianças estão sendo enviadas à prisão”, denunciou.

Dentre os mortos estava Neng Mua, um cristão nativo da vila Fay que tentou se esconder nas montanhas após uma incursão policial. No dia 7 de julho ele foi até a casa de alguns amigos implorar por comida, mas em vez disso um amigo atirou contra ele, alegando ser ele suspeito de integrar “o exército de libertação”.

No dia 8 de julho, a polícia atirou contra Seng Wue e o matou em uma estrada depois que ele e outros cristãos decidiram se entregar, pois não agüentavam mais de fome e fadiga. Fontes locais ouviram falar que dois soldados atiraram em dois outros cristãos na estrada para a vila de Don Sawan.

Cronologia da perseguição

No dia 13 de julho, soldados mataram uma pessoa parecida com Jong Wue Lao, membro da igreja Ban Sai Jarern. Jong conseguiu escapar, mas seu paradeiro ainda é desconhecido. Segundo os soldados, na ocasião foram mortos oito dos dez, mas ainda não ficou claro se as vítimas eram companheiros de Jong.

No dia 12 de julho a polícia prendeu Jue Por Wang, o líder da igreja de Ban Fay, e Wang Lee Wang, o líder da igreja de Ban Sawan. Policiais disseram que os líderes estavam sendo financiados por Vang Pao para treinar cristãos na luta contra o governo.

Em maio e junho, cerca de 100 soldados do Vietnã, junto de autoridades do Laos e do Vietnã, chegaram a Ban Sai Jarern a procura de vietnamitas em Hmong. Havia de 600 e 800 soldados do Laos e 200 do Vietnã. Eles ficaram de prontidão na provincial de Bokeo durante todo o mês de julho.

Os soldados cercaram Ban Sai Jarern e as comunidades próximas e proibiram as pessoas de entrar ou sair. Como resultado destas restrições, a igreja de Ban Sai não pode mais celebrar seus cultos.

Nas areas de influência dos soldados e da polícia, muitas pessoas estão fugindo com medo de serem presas ou executadas. Muitas fogem para as montanhas, onde não há comida. Só bananas garantem a sobrevivência.

Oficiais do Laos e Vietnã prenderam cerca de 52 famílias das vilas: Ban Sai Jarern, Huay Klay, Fay, Numsamork e Chai Pathana.

Hostilidade

Os membros da igreja Ban Sai Jarern que também atende cristãos de Fay e outras cinco vilas, afirma que a congregação nunca se envolveu com o general Vang Pao ou qualquer membro de movimentos separatistas.

“Somos cidadãos que cumprimos as leis”, disse um membro. “Não fazemos parte de qualquer grupo político ou separatista, ao contrário, estamos engajados na construção de uma nação melhor dentro da fé e dos ensinamentos bíblicos”.

Autoridades comunistas do Vietnã e do Laos têm sido hostis em Hmong desde a guerra norte-americana no Vietnã. Eles associam o cristianismo ao exército dos Estados Unidos.

Em junho, autoridades norte-americanas prenderam Vang Pao e outros nove comparsas na California, por conspiração contra o regime do Laos.

O rápido crescimento das igrejas em Bokeo, segundo fontes cristãs, levantou a ira das autoridades.

No dia 5 de outubro, na vila de Sai Jarern, cinco líderes de igrejas vietnamitas foram deportados. Um deles, Saoma Lao, está morto. Outro, Jongneng Yang, está vivo, mas não se sabe sobre sua saúde e localização. Os demais, Jue Lao, Thayeng Lei e Lei Yang, estão desaparecidos.

Chaicheng Lee, professor e tesoureiro da igreja de Ban Sai Jarern, de 38 anos, também está desaparecido. A polícia o prendeu no dia 4 de julho depois de invadir a casa dele e levar documentos contendo o nome de membros da congregação.

Fontes locais contaram que os policiais foram ao encontro de muitos dos que estavam na lista e os obrigaram a dizer que Chaicheng foi treinado pelas forças de Vang Pao contra o governo. Oficialmente, ele foi solto no dia 16 de julho, mas ninguém mais o viu.

Fonte: Portas Abertas

Cardeal indaga se religiosos oram o suficiente

O cardeal Jorge Bergoglio gerou uma mobilização interna com a pergunta lançada em carta aos sacerdotes e consagrados de sua diocese: Rezamos? Rezamos o suficiente? – indagou.

A carta, reproduzida em parte pelo jornal “La Nación” na edição de hoje, chega aos religiosos em tom confidente. O cardeal confessou que se pergunta o mesmo sobre sua própria vida e se disse consciente da luta contra os poderes do mundo que querem desterrar o Deus vivo.

A Igreja Católica argentina teve fortes embates com o governo do presidente Kirchner e seus princípios políticos e com setores sociais que lutam pelos direitos das mulheres, das leis de saúde reprodutiva e pela despenalização do aborto. Talvez ressonâncias dessas divergências rondem a mente de Bergoglio quando afirma: “Também sentimos o peso, quando não a angústia, de uma civilização pagã que prega seus princípios e seus falsos ‘valores’ com tal desfaçatez e segurança de si mesma que nos faz cambalear em nossas convicções, na constância apostólica”.

“Quando oramos, estamos lutando pelo nosso povo”, assegurou. O cardeal convidou os católicos a ter “o coração fatigado na oração”.

Fonte: ALC

Evangélicos refletem sobre acordos de paz

Os acordos de paz assinados pelos presidentes de países da América Central em Esquipulas, na Guatemala, completam nesta terça-feira 20 anos e os acordos de Sapoa, que culminaram com a guerra da resistência com o exército da Nicarágua, 19 anos.

Os acordos de 7 de agosto de 1987 estabeleceram a paz na conturbada região. Eles firmaram que o governo da Nicarágua e os Contra, apoiados pelos Estados Unidos, deviam cessar as hostilidades e discutir maneiras de se alcançar a paz.

Essa discussão foi realizada na reunião de Sapoa, comunidade fronteiriça com a Costa Rica, e que deu origem à assinatura de um acordo entre a liderança dos Contra, representada por Adolfo Calero Portocarrero, e o vice-presidente da República na época, o escritor Sergio Ramírez Mercado. Foram testemunhas dos convênios de paz o cardeal Miguel Obando y Bravo e o então secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Joa Baena Soares.

O Diretor do Centro Intereclesial de Estudos Teológicos e Sociais (Cieets), o teólogo menonita Jairo Arce, disse que completados 20 anos da assinados dos acordos de paz ainda há violência estrutural, violência intrafamiliar e física presente na região. Quase diariamente ocorrem crimes e suicídios que são sintomas de uma sociedade enferma.

Para o teólogo menonita, os políticos só pensam em encher seus estômagos e não se preocupam em contribuir para o estabelecimento da paz social e o fim do desemprego. “A paz e o emprego são vitais, mas os políticos vivem concentrados em defender seus interesses de poder e não se preocupam em promover projetos sociais que minimizem a pobreza”, expressou.

Para o pastor batista e presidente fundador do Conselho de Igrejas Evangélicas Pró Aliança Denominacional (Cepad), Gustavo Adolfo Parajon, os acordos foram muito positivos para a Nicarágua, que vivia seus piores momentos numa guerra entre irmãos.

Os acordos, analisou, ofereceram oportunidade para o estabelecimento de uma saída negociada à guerra entre Contras e o exército. Depois da assinatura dos acordos de Sapoa foram realizadas as eleições de 1990, quando a viúva de Chamorro, Violeta, saiu vitoriosa.

Segundo Parajon, Violeta Chamorro desempenhou um papel fundamental para a reconciliação e a paz. Hoje, 20 anos depois, há sérios problemas de pobreza e os que mais sofrem são os moradores da área rural por causa da escassez de cobertura dos serviços de saúde e educação.

O pastor batista Marcelino Basset disse que os acordos estão dando resultados, mas ainda falta muito para se alcançar a paz social e a justiça com eqüidade.

Fonte: ALC

Luteranos continuarão diálogo sobre sexualidade humana

A comissão incumbida pela Federação Luterana Mundial (FLM) de examinar o material das igrejas-membro relacionado ao tema “matrimônio, família e sexualidade humana” concluiu que, apesar de existirem diferenças internas de posicionamentos, o fato não representa motivo para a cisão da comunhão luterana.

A comissão recomendou, contudo, que as igrejas continuem se consultando mutuamente e dialogando sobre o tema por um período de cinco anos.

Independente de como as igrejas-membro encaram o matrimônio, a família e a sexualidade, a comissão constituída pela FLM entende que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus. Ela sublinha que a sexualidade humana é dada por Deus e é boa, e encoraja as igrejas a se empenharem pela dignidade e pelos direitos das pessoas que correm o risco de serem criminalizadas por causa de sua orientação sexual.

Ao contrário de outras igrejas, a igreja luterana considera que as questões de família, matrimônio e sexualidade humana, bem como a ética em geral, são questões civis – baseiam-se no âmbito secular na doutrina dos dois reinos aceita pelos luteranos. Ainda assim, a igreja luterana não se furta de desempenhar um papel crítico e afirmativo no que diz respeito ao desenvolvimento da sociedade.

“A igreja não faz da aceitação social o critério definitivo para o que é aceitável, mas julga a legislação e os desenvolvimentos no âmbito civil também sob a perspectiva dos ensinamentos das Escrituras. No entanto, a igreja não dispõe de poder secular sobre esses assuntos e não pode impor à sociedade uma legislação ou uma ordem social determinadas. Ela precisa apelar ao entendimento, à sabedoria e à compreensão dos membros da sociedade para que sua voz seja escutada em questões seculares”, diz o documento elaborado pela comissão.

Todas as igrejas da comunhão luterana reconhecem a Bíblia como a autoridade nas questões que dizem respeito ao matrimônio, à família e à sexualidade. Mas a comissão que analisou o tema à luz dos documentos emitidos pelas igrejas afiliadas admite que os distintos contextos culturais influem na maneira de julgar o peso das questões relacionadas ao tema.

A comissão encoraja as igrejas-membro a considerarem as diferentes culturas como um contexto dado por Deus para a proclamação do Evangelho e da vontade divina para com a humanidade. “A melhor forma de cumprir com a vontade de Deus poderia diferir muito de um contexto a outro”, assinala.

A procriação é um objetivo importante, mas não necessariamente do matrimônio, aponta o documento emitido pela comissão, liderada pela reverenda Kristin Tomasdottir, da Islândia. O documento aponta que um dos objetivos do matrimônio é o de proporcionar espaço de realização e desenvolvimento pessoal – também sexual e espiritualmente -, de segurança para a personalidade e a interdependência mútua.

“Entendemos que, para cumprir esses objetivos, as normas que melhor lhes vêm ao encontro implicam ter-se uma relação vitalícia, socialmente reconhecida e fiel, que se fundamenta na igualdade e numa série de obrigações mútuas (econômicas, afetivas, sexuais, etc.) e que se expressa numa relação monógama”, diz o documento. Tradicionalmente, acrescenta, as igrejas são da opinião que um matrimônio consiste de duas pessoas de sexto diferente.

No contexto luterano, o matrimônio pode ser entendido como uma das vocações especiais que Deus tem previsto para a maioria das pessoas no âmbito civil. Contudo, pedir a bênção de Deus para o matrimônio não significa declará-lo sagrado. Ainda assim, matrimônios são passíveis de fracasso e o divórcio pode ser uma solução, admitem igrejas luteranas. Apesar desse fracasso, isso “não exclui a possibilidade de Deus nos poder chamar para um novo matrimônio”.

Nos materiais estudados, a comissão identificou normas e valores fundamentais de uma famílias, tais como: responsabilidade, fidelidade, disciplina, reciprocidade, justiça, respeito e honestidade para com crianças e pessoas adultas, a defesa dos valores protegidos pelos direitos humanos em ternos de saúde, educação e bem-estar social.

A análise do conjunto de documentos das igrejas permitiu à comissão da FLM interpretar os propósitos e objetivos da sexualidade humana: possibilitar atos, prazeres e desejos sexuais; estreitar relações de amor mútuo entre pessoas adultas; servir à procriação; melhorar a comunicação e contribuir para a realização pessoal.

Há consenso nos textos emitidos por igrejas-membro de que a sexualidade humana está reservada a duas pessoas com uma relação de compromisso exclusiva. “Contudo, a questão fundamental em que as nossas igrejas podem discordar consiste na pergunta se os propósitos ou objetivos da sexualidade humana podem ser cumpridos também em relações entre pessoas do mesmo sexo ou de pessoas heterossexuais não-casadas”, aponta a comissão da FLM.

Quanto às questões relativas à homossexualidade, a comissão de estudo alenta as igrejas, em face da seriedade do tema, a não ignorarem os problemas nem a existência de gays e lésbicas na igreja, e que elas continuem oferecendo um espaço para abordar esses temas num espírito de aconselhamento pastoral.

Para incentivar o diálogo entre as igrejas-membro, a comissão pede que elas levem em consideração os numerosos resultados científicos relevantes para compreender a sexualidade humana em geral e, mais especificamente, a homossexualidade. A orientação sexual talvez não se resuma a uma escolha pessoal ou moral, mas pode estar relacionada com condicionamentos anteriores a tal opção.

Por isso, a comissão de estudo da FLM sugere que as igrejas-membro verifiquem em que medida o fato de viver uma relação responsável e duradoura com outra pessoa do mesmo sexo pode estar, ou não, em conformidade com valores bíblicos.

O assunto matrimônio, família e sexualidade humana foi debatido na 10a Assembléia da FLM, em julho de 2003, sob o tema geral “Justiça e cura nas famílias”. No ano seguinte, o novo Conselho Diretivo do organismo ecumênico mundial, eleito na assembléia, nomeou um grupo de trabalho integrado por representantes das igrejas das sete regiões geográficas da comunhão luterana, com o intuito de estudar os documentos existentes a respeito do assunto. O professor da Escola Superior de Teologia (EST), pastor Lothar Carlos Hoch, integrou a comissão.

O documento da comissão da FLM foi divulgado em março passado, mas só agora traduzido ao português e distribuído às comunidades da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil para estudo e análise.

Fonte: ALC

Canal de televisão de R. R. Soares tem nova sede nos EUA

A Rede Internacional de Televisão (RIT) está com nova sede, em Pompano Beach. Com menos de dois meses de funcionamento no sul da Flórida, a emissora – que mantém programação totalmente dirigida à comunidade brasileira nos Estados Unidos e produzida por profissionais que vivem na região – assinou o contrato para aquisição do imóvel em julho e efetuou o pagamento à vista.

O prédio fica na 1261 East Sample Road, no coração da área frequentada pelos brasileiros que moram e trabalham no condado de Broward.

A aquisição dará mais condições para a expansão da emissora, que pode ser assitida diariamente no canal 77 da Comcast, em North Miami Beach e em parte de Broward. “A compra desse imóvel é uma evidência clara de que a RIT chegou para ficar. O investimento feito representa a confiança do missionário R. R. Soares e de toda a direção do grupo na comunidade brasileira que mora nos Estados Unidos”, afirmou o diretor executivo da emissora, pastor G. Gomes.

A nova sede da RIT fica, na verdade, no imóvel onde funcionava a Tax House. O início das atividades naquele prédio deve acontecer em setembro e todos na emissora estão ansiosos pela nova fase. “A RIT justifica o seu slogan: ‘a tevê que faz a diferença’. Estamos realizando um trabalho sério e muito sólido aqui na Flórida, mas nosso objetivo é atingir, num curto espaço de tempo, todo o país”, finalizou Gomes.

Fonte: AcheiUSA

Fome e doenças ameaçam crianças atingidas por enchentes na Ásia

Milhões de crianças subnutridas da Índia encontram-se mais sujeitas a adquirir doenças depois das piores enchentes dos últimos anos que tomaram o sul da Ásia, afirmaram autoridades e grupos humanitários na quarta-feira, dia em que pediram o envio urgente de ajuda.

Centenas de funcionários do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mobilizaram-se para imunizar crianças e fornecer-lhes fluídos de reidratação no empobrecido Estado de Bihar (leste), onde milhões de pessoas buscaram refúgio em terrenos altos ou vivem em abrigos precários montados ao longo das estradas.

Essas vítimas das enchentes estão expostas ao calor tórrido, às tempestades repentinas e a péssimas condições de vida, o que as transformam em alvo fácil de doenças. Centenas de crianças já sofrem de diarréia, afirmaram relatórios.

A mais recente temporada da chuva de monções, que começou cerca de três semanas atrás, vem sendo considerada a pior já ocorrida em alguns pontos de Bihar. As águas atingiram 30 milhões de pessoas em toda a Índia, 10 milhões delas de Bihar.

Na quarta-feira, novas enchentes apareceram nos Estados de Orissa (leste) e de Gujarat (oeste), onde seis pessoas morreram após as chuvas fortes dos últimos dois dias, disseram autoridades.

Outros 20 milhões de moradores de Bangladesh, país vizinho, deparam-se com alagamentos que cobriram mais de metade do território nacional, de baixa altitude.

Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou em um comunicado estar preocupado com a “devastação econômica” a ser enfrentada pelas vítimas das enchentes. Mas elogiou o que descreveu como sendo uma resposta “rápida e eficiente” dos órgãos de ajuda.

Cerca de 545 pessoas foram mortas nas enchentes, incluindo 192 em Bangladesh, que registrou outras 28 mortes na quarta-feira, a maior parte delas provocadas por afogamento, doenças e picadas de cobra.

Mais de 50 mil pessoas sofrem de diarréia nas áreas alagadas de Bangladesh e muitas mais estão doentes devido à ingestão de água contaminada, disseram as autoridades.

Membros do governo indiano afirmaram que dar assistência a milhões de crianças atingidas pelas enchentes revelava-se uma tarefa difícil já que centenas dos centros de saúde básica — o primeiro estágio da rede de saúde pública do país — encontravam-se tomados pelas águas.

Segundo o Unicef, milhões podem contrair malária, dengue e outras doenças se as autoridades, dentro dos próximos dias, não levarem alimentos e remédios para os que estão isolados.

Fonte: Reuters

Sapatos Prada dão título de ‘melhor acessório do ano’ ao Papa

O Papa Bento XVI não está na breve lista dos 23 homens mais bem vestidos do mundo elaborada pela revista “Esquire”, mas aparece em um grupo à parte no qual é identificado como o “melhor portador de acessórios” do ano por seus sapatos vermelhos de couro da famosa grife italiana Prada.

Esse grupo inclui cerca de dez homens, cujo vestuário é “controvertido” ou “significativo”, e entre eles está o Papa.

Os sapatos de couro vermelho foram parte do vestuário dos Pontífices durante pelo menos dois séculos, mas o fato de Bento XVI usar sotainas (uma espécie de bata) um pouco mais curtas que alguns de seus antecessores torna mais visível seu calçado.

Segundo Richard Dorment, um dos diretores da revista, “é importante o detalhe pessoal, algo que distingue um homem de todos os outros”.

A lista dos 23 homens mais bem vestidos em 2007 da Esquire é liderada pelo jogador de futebol americano Tom Brady, seguido pelo músico Jay-Z, o ator Daniel Craig e o senador americano e pré-candidato presidencial Barack Obama.

Fonte: G1

Especialistas são contra cobrar multa por palavrão em escola evangélica

Incomodados com o linguajar sujo dos estudantes, alguns professores do Colégio Evangélico Jaraguá, em Jaraguá do Sul resolveram adotar uma punição inusitada: multar em R$ 0,10 cada palavrão emitido. Alunos, dizem que a medida teve efeito.

A prática é condenada por especialistas contatados pelo G1. E, quem quiser copiar a iniciativa, deve tomar cuidado.

Ana Bock, que é professora de psicologia educacional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e presidente do Conselho Federal de Psicologia, criticou o recurso. “Essa medida é quase uma bobagem, porque tira a espontaneidade do aluno. A escola perdeu a oportunidade de usar essa questão num trabalho realmente pedagógico e escolheu o constrangimento dos estudantes. Poderia ter feito um debate sobre palavrões na aula de português, por exemplo”, diz.

No começo da aplicação da multa, alguns alunos se sentiram desconfortáveis, mas, segundo Gabriel Luiz Brueckheimer Bretzki, 16, estudante do segundo ano do ensino médio, o comportamento melhorou. “Aos poucos a idéia foi sendo mastigada e compreendida. O pessoal ficou com medo de ter que entregar a mesada inteira”, conta. Ele mesmo foi punido uma vez, quando errou um exercício e soltou um palavrão irritado.

Mesmo com o impacto na mesada, para a psicóloga especialista em educação Marta Bitetti, a medida só ataca o bolso dos pais. “Nessa faixa etária, quem tem o dinheiro não é o adolescente ou o pré-adolescente. Quem vai pagar são os pais. A punição tem de estar diretamente relacionada com o que se quer ensinar”, afirma.

A idéia unânime dos especialistas ouvidos é que a escola poderia pensar uma outra forma de agir. “Mesmo que os jovens estejam falando muito palavrão, porque não acolher e fazer um trabalho de interpretação do que estão falando?”, questiona a especialista em educação e psicanalista Maria Luiza Andreozzi. “Se a norma não levar em conta um processo interno, as pessoas vão ter de ser punidas cada vez com uma multa maior.”

Ananda Roper, 13, estudante da 7ª série do ensino fundamental é uma que parece ter entendido o ato simbólico da multa. “O valor não é muito importante. Palavrão é uma falta de respeito. Tem gente que fica bravo, tem gente que fica triste”, afirma.

“Castigo nenhum dá certo. Sentir a conseqüência de ato é o único caminho que serve para mudar o comportamento. Talvez, o colégio queria corrigir com boa intenção, mas isso não é para ser levado a todas as escolas. Pode ter dado certo circunstancialmente”, diz Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

Fonte: G1

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