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Papa elogia Patriarca da Igreja Ortodoxa Romena

O Papa Bento XVI elogiou hoje o “empenho ecumênico” e a “positiva contribuição” de Teoctist, Patriarca da Igreja Ortodoxa Romena e que morreu segunda-feira, aos 92 anos, para as “relações entre católicos e ortodoxos”.

“Quero lembrar com estima e afeto esta nobre figura, que contribuiu positivamente para as relações entre católicos e ortodoxos, encorajando constantemente a Comissão Mista Internacional para o Debate Teológico”, disse Bento XVI após a oração do Ângelus.

O Pontífice citou como claros exemplos do “empenho ecumênico” de Teoctist as “duas visitas feitas a João Paulo II e a recepção” dedicada a este último na “histórica viagem de 1999 à Romênia”.

Bento XVI lembrou que enviou uma delegação liderada pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, para o funeral de Teoctist, ocorrido na sexta-feira.

O Patriarca, que durante 21 anos foi o pastor espiritual do segundo maior povo ortodoxo do mundo, foi enterrado na Catedral Metropolitana de Bucareste, com as mais altas honras eclesiásticas e laicas.

Fonte: Terra

Morre em Paris cardeal francês Jean-Marie Lustiger

O cardeal francês Jean-Marie Lustiger, ex-arcebispo de Paris, faleceu nesse domingo na capital francesa, aos 80 anos, informaram fontes do governo.

O cardeal morreu em um centro médico do sudoeste de Paris, no qual ele foi internado em 23 de abril passado.

Seu falecimento foi anunciado às 20h (15h de Brasília), após a missa na Igreja de Saint Germain des Près, informou uma testemunha à AFP.

Aaron Lustiger, nascido em 17 de setembro de 1926 em Paris, em uma família de comerciantes judeus de origem polonesa, converteu-se ao catolicismo em 1940, escolhendo o nome de Jean-Marie.

Ordenado padre em 1954, foi capelão dos estudantes da Sorbonne. Nomeado bispo de Orleans em 1979 pelo Papa João Paulo II, tornou-se arcebispo de Paris em 1981, cargo que desempenhou até 2005.

Em 1983, Jean-Marie Lustiger foi nomeado cardeal.

Em outubro de 2006, Lustiger anunciou aos padres e diáconos de Paris que sofria “uma doença grave, cujo tratamento havia começado”.

Fonte: AFP

Cristãos libaneses se enfrentam nas eleições legislativas

Os cristãos do Líbano, profundamente divididos, se enfrentaram nesse domingo em eleições legislativas parciais marcadas pela tensão e consideradas um termômetro antes da eleição do chefe de Estado, habitualmente designado por essa comunidade.

Os eleitores foram escolher os substitutos de Pierre Gemayel, um ministro cristão maronita assassinado a tiros em novembro de 2006, e de Walid Eido, um muçulmano sunita assassinado em um atentado com carro-bomba em junho. Ambos faziam parte da maioria parlamentar anti-síria.

A eleição, na qual cada grupo tenta afirmar sua supremacia antes da disputa pela presidência e após nove meses de paralisia das instituições libanesas, acontece em meio a uma grande mobilização das forças de segurança. Em Metn, 3.000 policias e soldados foram acionados para esse domingo, enquanto que em Beirute mil homens ficaram a postos. Houve apenas alguns incidentes sem importância e poucas detenções.

Depois do fechamento das seções eleitorais, a participação foi de 25% em Beirute, onde o favorito é o sucessor de Walid Eido, Mohammed al Amin Itani, candidato da maioria governamental.

Em Metn, onde 50% dos eleitores foram votar, a campanha pelo lugar de Pierre Gemayel deflagrou uma virulenta batalha entre os líderes cristãos, divididos entre maioria e oposição desde a crise que explodiu em novembro com a demissão de seis ministros pró-sírios.

O ex-presidente libanês Amin Gemayel aspira a ocupar o posto de seu filho assassinado, do partido da situação, e concorre com o candidato Camille Jury, leal ao líder do setor mais conservador da comunidade cristã, general Michel Aoun, um aliado do movimento radical islâmico Hezbollah e pretendente à presidência.

Gemayel também é candidato potencial à chefia de Estado, já que o presidente do Líbano é eleito tradicionalmente pela comunidade maronita, a igreja cristã mais poderosa do país.

Os resultados, que devem começar a ser divulgados hoje à noite, funcionarão como uma prévia das tendências na comunidade cristã antes da eleição presidencial, em 25 de setembro.

Fonte: AFP

Papa diz que riqueza pode comprometer a salvação

O Papa Bento 16 disse neste domingo que a riqueza “não só não assegura a salvação como, inclusive, pode comprometê-la seriamente”

Durante a cerimônia de reza do Ângelus, celebrada na residência de verão de Castelgandolfo, a cerca de 30 quilômetros de Roma, o pontífice afirmou ainda que a riqueza “não deve ser considerada um bem absoluto”.

Segundo Bento 16, “é sábio não se apegar aos bens deste mundo, porque tudo passa e tudo pode acabar bruscamente”.

O papa também convidou os fiéis a “saberem administrar os bens evitando todo tipo de cobiça, para, assim, poderem compartilhá-los” com seus irmãos, “especialmente os mais necessitados”.

Em seguida, Bento 16 lembrou aos fiéis católicos que “o verdadeiro tesouro deve ser buscado onde Cristo está”.

Fonte: Folha Online

Detido homem acusado de incendiar loja que vendia carne de porco em Israel

Um tribunal israelense ordenou que Moti Maimon, acusado de incendiar no sábado uma loja que vendia carne de porco na cidade de Netânia e que diz ser “o Messias”, fique detido por 48 horas, afirma a edição eletrônica do jornal “Yedioth Ahronoth”.

“Retomaremos as operações”, disse o gerente da cadeia à qual pertence a loja, Tzvika Hershko, depois do incidente.

A loja, conhecida como Aviv, foi incendiada ontem, e, assim que o fato foi denunciado, a Polícia deteve um homem que estava no local do acidente e que, após um interrogatório, foi identificado como suspeito de participar de outros atos similares.

Desde que foi aberto, há um mês, o comércio vem enfrentando constante protestos de religiosos ortodoxos e de outros moradores da cidade.

Segundo a tradição judaica, a carne de porco é um alimento impuro, não apto para consumo. Na antigüidade, alguns líderes espirituais judeus preferiram a morte ao consumo desse tipo dealimento.

O porco não é considerado parte da comida “kosher”, aquela liberada ao consumo entre os judeus.

“Há outras lojas que vendem discretamente essa carne. Mas, de repente, um império da carne de porco abre suas portas no centro da cidade, onde vivem pessoas tradicionalistas. Não podemos fechar os olhos para esta afronta contra nossa fé”, comentou um morador sobre a loja incendiada.

Segundo Hershko, existem cerca de 40 estabelecimentos que vendem carne de porco na cidade, mas a Aviv foi aberta no centro de Jerusalém, o que gerou mal-estar entre alguns habitantes.

O Conselho Municipal de Netânia, cidade ao norte de Tel Aviv, aprovou no mês passado uma disposição que proíbe a venda do produto e de seus derivados na cidade, mas esta ainda não foi aprovada pelo Ministério do Interior.

A disposição também foi rejeitada por alguns vereadores e personalidades políticas.

A cadeia de supermercados Tiv Taam, que vende comida não “kosher” em outras áreas do país, tentou abrir um supermercado em Jerusalém.

Mas não conseguiu devido às ameaças de ortodoxos que ameaçaram incendiar a loja.

Fonte: EFE

Sacerdotes são detidos após publicação da carta do papa aos católicos chineses

Ao menos onze sacerdotes da Igreja católica “clandestina” ou subterrânea _ fiel ao papa e à Igreja de Roma _ estão detidos em várias regiões da China: é o que informa a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME).

Segundo a referida agência, as condições dos sacerdotes se agravaram por causa da Carta do papa aos católicos chineses, publicada dia 30 de junho passado.

No Hebei, Zhejiang e Mongólia _ afirma a agência do PIME _ todas as atividades da Igreja clandestina, não reconhecida pelo governo chinês, foram bloqueadas.

Durante o período de verão, os sacerdotes realizam encontros e catequeses para jovens e adultos, mas o controle da polícia e a prisão de vários sacerdotes tornam impossível a realização das atividades pastorais.

As últimas prisões ocorreram no dia 24 de julho passado, na região de Ximeng, na Mongólia, quando três sacerdotes foram detidos pela polícia.

Segundo AsiaNews, essa série de prisões é uma resposta dos governos locais à Carta do papa, considerando que “se verificou uma rigidez por parte da policia e da Associação Católica Patriótica como reação à publicação da carta”.

Também em 1999, por ocasião de alguns diálogos entre China e Vaticano sobre possíveis relações diplomáticas, se verificaram algumas prisões na tentativa _ ressalta Asianews _ de tornar a Igreja Clandestina obediente, através de uma reeducação por parte da Associação Católica Patriótica.

Fonte: Rádio Vaticano

Sobreviventes do Holocausto cobram auxílio de Israel

Representantes dos cerca de 250 mil sobreviventes do Holocausto nazista que vivem hoje em Israel se reuniram neste domingo em frente à residência do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, para protestar por um maior apoio financeiro do Estado.

Uma oferta do governo israelense para um auxílio semanal equivalente a US$ 20 (cerca de R$ 37,60) por mês foi rejeitado pelos grupos de sobreviventes, que consideram o montante insuficiente.

Muitos sobreviventes idosos dizem ter dificuldades para pagar tratamentos médicos e, em alguns casos, até para comprar alimentos.

Durante reunião de gabinete neste domingo, Olmert disse defender uma solução “justa e balanceada”.

Ele argumentou que seu governo foi o primeiro a estabelecer uma ajuda financeira a famílias de sobreviventes do Holocausto.

Necessidades

Dubi Arbel, diretor de uma das organizações de sobreviventes, disse à BBC que suas necessidades não estão sendo satisfeitas.

“Eles acordam todas as noites com pesadelos”, disse. “Eles têm câncer 14 vezes mais do que a população em geral. Eles têm fraturas ósseas por causa da má nutrição no passado. E agora eles precisam de ajuda, mas não há ninguém a quem recorrer”, afirmou.

Os manifestantes estão chamando seu protesto de “Marcha da Vida”, um nome que ecoa a marcha anual no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, para lembrar o Holocausto.

O ministro Yitzhak Herzog disse que a intenção dos manifestantes de usar símbolos do período nazista como roupas de prisioneiros e estrelas amarelas em uma marcha por disputas financeiras com o governo é “um insulto à memória coletiva do Holocausto”.

Os sobreviventes do Holocausto – que incluem todos os que sofreram com a perseguição nazista – já recebem auxílio de outras fontes, incluindo o governo alemão.

Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O Holocausto é freqüentemente citado como uma das razões para justificar a existência de um Estado judaico.

Fonte: Terra

Bispo da IURD apela ao jejum e oração a favor do desenvolvimento em Angola

O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Augusto Dias, apelou aos fiéis daquela congregação religiosa a jejum e oração para, deste modo, contribuírem no desenvolvimento do país.

Durante um culto realizado ontem em Luanda, no âmbito da “Semanados Pastores” da referida igreja, que culminaná no próximo domingo, o bispo vincou que “só com oração e jejum” Deus intercederá a favor da resolução dos inúmeros problemas que afectam as famílias angolanas, principalmente os sociais.

Para tal, exortou aos pastores e obreiros da igreja a liderarem este movimento, ajudando as suas “ovelhas”, a proceder segundo as Escrituras Sagradas.

No decorrer da homilia, aos fiéis foram distribuídas garrafas de água consagrada que, nas palavras do prelado, depois de bebida, fará com que Deus “abra as portas para o caminho da salvação”.

O bispo apelou também à solidariedade dos seus membros porque, como referiu “o cristão não deve discriminar os outros membros da sociedade, mas sim ajudá-los, como forma de juntos lutar para a construção de uma Angola cada vez melhor”.

Fonte: Angola Press

59% discordam da Igreja Católica e admitem aborto em certos casos

Pesquisa feita pelo Ibope entre os dias 17 e 21 de maio mostrou que 59% dos entrevistados discordam da posição da Igreja Católica ao condenar o aborto em qualquer caso. No Código Penal, ele é permitido quando há riscos para a vida da mãe e quando a gravidez resulta de um estupro.

O levantamento, divulgado com exclusividade pelo Estado, foi encomendado pela organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 141 municípios, compondo uma amostragem nacional.

A pesquisa, realizada quatro dias após o encerramento da visita do papa Bento XVI ao Brasil, indica também que para 83% dos entrevistados o presidente de um País deve governar baseado na diversidade de opiniões existentes na sociedade – e não apenas nos ensinamentos de sua religião. Essa foi a idéia, a de um país laico, que o presidente Lula tentou transmitiu a Bento XVI no encontro que tiveram no Palácio dos Bandeirantes.

A distribuição gratuita de preservativos e anticoncepcionais pelo poder público também foi apoiada pela maioria dos entrevistados – 96% para o primeiro e 93% para o segundo.

Outra pesquisa, feita entre os dias 28 e 30 de abril pelo Instituto Vox Populi, também em uma amostragem nacional e com a mesma pergunta e metodologia, mostrava que 45% dos entrevistados discordavam do posicionamento da Igreja em relação ao aborto. Em ambos os casos, a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

“O aumento de pessoas que discordam da Igreja, revelada pela comparação das duas pesquisas, o que é perfeitamente possível de ser feito devido à especificidade da pergunta, representa uma tendência da população”, explica a socióloga Fátima Pacheco Jordão, especialista em pesquisas. “Nesse período, ficou bastante claro que os católicos, principalmente os jovens, seguem valores próprios em relação à sua sexualidade.”

Dulce Xavier, das Católicas pelo Direito de Decidir, faz uma leitura semelhante dos resultados. “O que os dados mostram é que a população em geral, e os próprios católicos, não seguem o que a Igreja prega em relação à sua saúde reprodutiva”, afirma. Ela ressalta também como o tema foi bastante discutido na mídia e em várias esferas da sociedade entre as pesquisas. “Houve um debate sobre o tema, no qual várias pessoas da sociedade se pronunciaram, arejando as vozes e tocando inclusive na importância do Estado laico.”

De acordo com o secretário de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, padre Juarez de Castro, o aumento do porcentual de pessoas que discordam da Igreja pode ter acontecido porque o assunto foi trazido à tona no discurso do papa. “O aumento aconteceu porque as pessoas passaram a comentar mais o assunto.” Castro afirma ainda que a Igreja tem um posicionamento favorável à vida até o “último suspiro natural”.

“É propagada a idéia de que a mulher tem direito de decidir sobre o que vai fazer com o próprio corpo, mas acreditamos que não cabe a ela escolher sobre a vida de outra pessoa.” Ele diz ainda que a Igreja não condena ninguém ao inferno por não concordar com sua ideologia. “Nosso posicionamento reflete respeito e ética pelo ser humano, mas a sociedade tem direito de discordar, já que vivemos em uma democracia”, disse.

No primeiro semestre deste ano, o tema do aborto e do direito à vida foi bastante discutido na sociedade. Em abril, o Supremo Tribunal Federal organizou pela primeira vez uma audiência pública com especialistas para discutir o início da vida – motivada por uma ação movida pelo ex-procurador da República Cláudio Fonteles contra a Lei de Biossegurança, que permite as pesquisas com células-tronco embrionárias.

O próprio papa Bento XVI, em seus discursos no Brasil, ressaltou as posições e os dogmas da Igreja, criticando os políticos mexicanos que votaram na época a favor do aborto.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu a possibilidade de um plebiscito para discutir a descriminação do aborto. No Estado de São Paulo, o governador José Serra (PSDB) deu início a uma política de planejamento familiar, incluindo a distribuição de anticoncepcionais em estações de metrô e a ampliação da oferta de cirurgias de laqueadura e vasectomia no serviço público.

Código penal

Sobre o aborto legal, nome dado ao procedimento feito nas duas situações em que a lei permite, e oferecido em hospitais cadastrados pelo Ministério da Saúde, os entrevistados se posicionaram de maneira favorável. Para 75% deles, ele deve ser oferecido por locais públicos de saúde. Já 78% disseram ser a favor do aborto em caso de risco para a mãe, já previsto. O aborto no caso de gravidez resultante de estupro, igualmente legal, tem apoio de 65% das pessoas.

Uma frente parlamentar formada por deputados e senadores incentiva as discussões mesmo sobre os casos que se enquadram na lei. Eles sugerem a proibição de tal prática.

No caso de um feto que apresenta um problema grave e não tem chances de sobrevivência fora do útero, 74% disseram apoiar a antecipação do parto – o que ocorre no caso da anencefalia. Atualmente, para esses casos, as mulheres têm de pedir autorizações à Justiça. Há ação sobre o tema esperando julgamento no Supremo Tribunal Federal.

“O primeiro semestre deste ano foi um momento importante para esse debate. O ministro falando no tema, a diversidade de pessoas com respeito, credibilidade e conhecimento acadêmico que começaram a se pronunciar, os cientistas que falaram no tema. Tudo isso trouxe mais informações para as pessoas”, analisa a socióloga Maria Teresa Citeli, professora do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Foi um momento em que pessoas com autoridade e legitimidade apareceram dando seus pontos de vista.”

O médico Thomaz Gollop, especialista em medicina fetal da Universidade de São Paulo (USP), enxerga um denominador comum nas respostas. “A informação é muito importante e o Brasil é um país altamente desinformado. Nesse contexto, tudo depende da abordagem sobre um tema. E isso aparece com muita intensidade na saúde reprodutiva”, diz. “À medida que as pessoas recebem mais informações, elas podem começar a formar uma opinião.”

Fonte: Estadão

Irã prende jovens em concerto ‘satânico’ de rock

A polícia iraniana prendeu mais de 200 pessoas e apreendeu álcool e drogas em uma batida ocorrida durante um concerto de rock ‘satânico’, afirmou a mídia do país islâmico neste sábado.

O Irã, que lançou um combate contra o ‘comportamento imoral’ durante o verão setentrional, proíbe álcool, narcóticos e festas com homens e mulheres que não sejam parentes dançando, bebendo e se relacionando. A música popular ocidental também não é vista com bons olhos.

A operação policial ocorreu na quarta-feira à noite, na cidade de Karaj, próxima à capital, Teerã, em um evento local com DJs e apresentações de grupos de rock e rap, informou a mídia.

‘Os detidos, em sua maioria, são jovens ricos … que vieram a esta festa com o objetivo de participar de um concerto provocador e satânico’, afirmou Reza Zarei, da polícia, segundo o jornal Tehran-e Emrouz.

O promotor público de Karaj, Ali Farhadi, disse que os convites foram enviados pela Internet e que havia pessoas da Inglaterra e da Suécia entre os detidos. Zarei sugeriu que eles talvez fossem iranianos deportados visitando o país.

Farhadi disse que 150 garrafas de bebidas alcoólicas, 800 CDs ‘obscenos’ e diferentes tipos de drogas foram confiscados pela polícia, assim como vestidos ‘inapropriados’ que os participantes do evento davam às mulheres como presente.

‘Por volta de 230 pessoas que compareceram ao concerto em Karaj foram identificadas e presas’, afirmou Farhadi para o site da televisão estatal iraniana.

Ele disse também que 20 câmeras de vídeo foram confiscadas e que os organizadores pretendiam chantagear as garotas após as filmarem em cenas ‘inapropriadas e obscenas’.

Sob o regime da sharia, lei islâmica, imposta após a revolução de 1979 no Irã, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos e a usar roupas longas e largas para disfarçar a silhueta e proteger sua modéstia. Aquelas que descumprirem a legislação podem receber chicotadas, multas ou serem presas.

Fonte: Último Segundo

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