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Pastor denuncia propina para pedir dinheiro no trem

A Organização Não-Governamental (ONG) Restaurando Vidas, na Penha, acusa um grupo de vigilantes da SuperVia de cobrar propina para permitir que integrantes da ONG peçam contribuições nos trens — o que é proibido pela concessionária.

Seis guardas são apontados pela instituição como os envolvidos no esquema que permite a circulação de pedintes nos vagões.

Segundo o coordenador da ONG, Gilberto Reis, para burlar a proibição da empresa, vigias cobram R$ 50 por semana. Nos trens, integrantes do projeto arrecadam dinheiro em latas para manter um abrigo de ex-dependentes químicos e ex-moradores de rua. Pastor da Assembléia de Deus, Reis afirma que, depois de pagar a propina duas vezes, outros guardas passaram a lhe pedir dinheiro.

Os pedidos de propina começaram há um mês. Segundo Reis, os internos da casa já vinham arrecadando dinheiro nas estações nos últimos seis meses, sem qualquer cobrança. Depois de pagar a passagem, as duplas de ex-moradores de rua explicavam as razões do pedido de ajuda e recebiam as doações.

Após os primeiros pedidos de propina, o pastor tentou fazer o registro de ocorrência em quatro delegacias. Segundo Reis, os policiais alegaram que não poderiam registar a denúncia por falta de provas.

— Estávamos sem saída. A maneira de provar a verdade era aceitar e gravar a oferta — afirma Reis.

As conversas por telefone com os pedidos de propina de seis dos guardas da SuperVia foram gravadas em fitas cassete por Reis, criador do Projeto Restaurando Vidas. Nos telefonemas, vigilantes das estações de Madureira, Engenho de Dentro, Bento Ribeiro, Oswaldo Cruz e Japeri negociaram a propina. Segundo Gilberto Reis, o acerto semanal era de R$ 50 para cada um dos dois ramais (Deodoro e Japeri). Integrantes do projeto — quatro por ramal — pediam nos vagões duas vezes por semana, das 8h às 11h, conseguindo ao todo cerca de R$ 240.

Supervia diz que diretor de ONG acoberta corrupção

Reis conta que, com as gravações, retornou às delegacias e não conseguiu fazer o registro. Também procurou a SuperVia para denunciar.

— Já não agüentava mais. Os guardas passaram a ligar para minha casa. Eles também quebraram a lata para retirar as moedas dos internos — conta o pastor.

A SuperVia confirma que Reis esteve na concessionária há 15 dias para apresentar as denúncias. Ele foi recebido por um responsável pela segurança e um advogado da empresa. Os representantes da concessionária disseram que os guardas seriam punidos e afastados. Com medo, o pastor não aceitou apontar os envolvidos no esquema nem sob a condição de que eles seriam demitidos alguns meses depois, de forma que os vigilantes não associassem a punição à denúncia.

Para a concessionária, ao agir assim, Reis está acobertando a corrupção. A SuperVia também alegou que não poderia tomar providências sem identificar os acusados. Segundo a concessionária, há 580 vigilantes nas estações. De acordo com a empresa, nos vagões não são permitidos pedintes nem ambulantes.

— Não vendemos nada. Fazemos uma divulgação sobre o projeto além do uso abusivo do álcool e das drogas. O papel levado pelos internos para o trem é recolhido no fim da explicação — diz um missionário e voluntário da casa.

Localizada na Rua Frei Gaspar, na Penha, a casa de recuperação do Projeto Restaurando Vidas abriga 80 ex-moradores de rua. Segundo Reis, 65 dos internos foram encaminhados pela prefeitura ou por outros órgãos públicos. O abrigo sobrevive das doações de moedas feitas em sinais de trânsito, ônibus e trens. Apesar de não ter convênios com a prefeitura, assistentes sociais do município encaminham internos para o abrigo.

— O dinheiro da arrecadação é usado pelos internos para comprar pasta de dente, desodorante e comida para casa — diz o pastor.

Reis explica que resolveu fazer a denúncia para chamar a atenção das autoridades e mostrar os problemas da casa. Segundo ele, o dinheiro arrecadado pela entidade não é suficiente para comprar os 20 quilos de arroz e oito de feijão necessários para fazer o almoço diariamente:

— Pedimos apenas dinheiro para comprar comida para nossa obra, que trata pessoas que viveram nas ruas e eram dependentes químicos.

Sobre a denúncia de Reis de não ter conseguido registar o caso nas delegacias, a Polícia Civil informou que, nessas situações, as vítimas devem ir à Delegacia Superior do Dia, na Rua da Relação 42, no Centro.

Fonte: Globo Online

Ministra acusa Igreja de proteger acusados de assassinato

A ministra de Governo (Interior) da Bolívia, Alicia Muñoz, acusou a Igreja Católica de proteger dois paraguaios procurados pela justiça de seu país por sua suposta participação no assassinato da filha do ex-presidente do Paraguai, Raúl Cubas.

Muñoz fez a acusação depois de a Polícia revistar o centro de amparo da paróquia Senhor da Paz, em busca dos paraguaios Ángel Acosta Centurión e Blas Concepción Franco. Os dois são apontados pela Promotoria de seu país como integrantes do grupo que seqüestrou e assassinou Cecilia Cubas, há mais de um ano.

Acosta e Franco não estavam no local, segundo a promotora Tania Alfaro, que comandou a busca. Os dois estão em local desconhecido desde quinta-feira, quando saíram da Casa do Migrante, onde ficaram refugiados por vários meses.

O Conselho Nacional do Refugiado (Conare) revogou o asilo que tinha concedido a Acosta e Franco o mês passado. A decisão foi tomada após a análise de novas provas contra os dois estrangeiros, entregues pelo presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, a seu colega boliviano, Evo Morales, há duas semanas.

A ministra Muñoz criticou os responsáveis pelo centro de amparo por uma suposta “falta de colaboração” e porque a Pastoral Católica “se intrometeu no processo de ocultação dos dois paraguaios”.

“Eu diria que há uma espécie de cumplicidade” na paróquia, afirmou, em entrevista coletiva.

A ministra denunciou a suposta proteção dos religiosos ao lembrar que a Polícia não revistou o templo. “Não podemos entrar na paróquia. O mandado de busca era para o centro de amparo, onde estão também outros refugiados”, comentou Muñoz.

Apesar de sua queixa contra a suposta cumplicidade da paróquia católica, a ministra disse que os dois paraguaios se encontram em território boliviano e que, caso sejam capturados pela Polícia Internacional (Interpol) “serão extraditados imediatamente”.

Após a frustrada operação, fontes da Polícia Nacional da Bolívia informaram que agentes da Interpol e de outras unidades especializadas estão procurando Acosta e Franco em outros lugares.

Fonte: EFE

Participação de Garcia em culto viola princípio laicidade do Estado

A participação de Alan García,presidente eleito no Peru, no culto evangélico de ação de graças, no domingo, 30, já como presidente em exercício, viola o princípio de laicidade do Estado, uma espécie de “tradição” que se repete no Peru a cada ano, quando o mandatário participada do Te-Deum nas festas cívicas.

Segundo o advogado adventista e especialista em temas de igualdade religiosa, Marco Huaco, uma cerimônia como a anunciada é um absurdo, uma vez que viola os princípios de laicidade e de igualdade, ao contar com a participação de autoridades e funcionários em cultos religiosos públicos.

“A participação do Dr. García no Te-Deum católico e evangélico, além de reforçar a confessionalidade do Estado, envia uma obscura mensagem: que para garantir a estabilidade do governo, o Partido Aprista não se comprometerá a um enfrentamento com o clericalismo católico que não deseja ver um Estado laico no Peru”, frisou.

Huaco levanta questões suscitadas pelo fato de um setor de igrejas evangélicas peruanas convidar Alan Garcia a um Te-Deum evangélico, e de um presidente da República ter aceitado o pedido, pela primeira vez na história republicana.

“E se os muçulmanos, os judeus, os anglicanos, os luteranos, os adventistas, os mórmons, os budistas, as testemunhas-de-Jeová também convidassem o Dr. García para os seus respectivos cultos de consagração? Melhor, por que não ter um só culto de consagração para o novo poderoso que unifique todas as religiões?” – indagou o advogado.

Se a resposta tem a ver com a “peruanidade”, prosseguiu Huaco, por que não assistir a um culto sincrético indígena-amazônico ou andino – tal como fez o ex-presidente Alejandro Toledo, de modo que “os Apus, a Pachamama, Jeová, Cristo, Alá, o Buda popular, a Virgem, e todas as divindades, nos assegurarem de que o segundo governo do Dr. García será um êxito?”.

Huaco sublinhou que se tenta justificar tais celebrações aludindo à importância numérica e sociológica do catolicismo e das igrejas evangélicas no Peru, mas este argumento, assegurou, “voltará como um bumerangue sobre as cabeças dos ministros protestantes que o esgrimam para para justificar seus agrados com o poder”.

Numa sociedade verdadeiramente cristã, apontou o advogado, o Estado é laico e não favorece nenhuma religião. “Mas justamente porque a religiosidade peruana é muito débil é que se requer simular aparência de devoção externa a partir das leis, das políticas públicas e do Estado”.

As cerimônias de investidura ou consagração religiosa dos governantes, recordou Huaco, vêm dos tempos em que eles não podiam exercer o poder sem buscarem sua legitimidade no papa ou nos bispos. Assim, elas sobreviveram até o nascedouro das repúblicas sob a forma dos Te-Deum, ainda mais nos Estados que não se separaram da igreja dominante ao proclamarem a independência.

Fonte: ALC

Mesquita de Paris processa jornal que publicou charges de Maomé

A Grande Mesquita de Paris apresentou uma ação contra o jornal satírico “Charlie Hebdo”, que publicou uma polêmica manchete durante a crise provocada pela reprodução de charges do profeta Maomé em publicações européias, informou hoje o centro religioso.

A mesquita tomou esta decisão porque considera que a revista cometeu um crime de “injúria pública a um grupo de pessoas por ocasião de sua religião”.

O centro religioso pede 30 mil euros (US$ 38 mil) em conceito de perdas e danos e, caso a Justiça lhe dê um veredicto favorável, que o semanário publique a sentença em sua capa.

O “Charlie Hebdo” publicou em fevereiro uma capa com um desenho do profeta chorando e dizendo: “É duro ser amado por tolos”.

A denúncia perante a Justiça também foi apresentada devido à reprodução de duas das polêmicas charges publicadas pelo jornal “Jyllands-Posten” em setembro de 2005. A publicação das vinhetas gerou uma escalada de tensão e incidentes em países muçulmanos, cuja religião proíbe a representação gráfica do profeta.

A primeira audiência será realizada em 22 de setembro.

Na época, a mesquita de Paris tentou impedir a venda dos exemplares desse número do “Charlie Hebdo” através de um recurso judicial que foi negado. O jornal vendeu o triplo no dia em que publicou as charges.

Fonte: EFE

Líder anglicano pede cessar-fogo imediato no Líbano

O arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, líder mundial da Igreja Anglicana, pediu nesta sexta-feira que os Estados Unidos e a Inglaterra mudem o curso dos acontecimentos no Oriente Médio e exijam um cessar-fogo imediato no Líbano.

“Eu acho que nós realmente devemos nos perguntar se os governos de alguns países ocidentais estão seguindo as consciências de seus respectivos povos”, disse o religioso.

Os Estados Unidos e a Inglaterra declararam que o Hezbollah deve suspender unilateralmente os ataques e libertar os dois soldados israelenses seqüestrados.

“Os principais governos não estão no momento apoiando um cessar-fogo. EUA e Grã Bretanha devem usar sua influência para chegar a um cessar-fogo”, continuou o arcebispo, acrescentando concordar que o Hezbollah provocou a crise.

Os chefes das comunidades religiosas libanesas cristãs e muçulmanas exortaram nesta sexta-feira a ONU a instaurar um cessar-fogo imediato e pediram unidade nacional.

Em comunicado, o conselho dos bispos maronitas, a comunidade cristã mais influente, pediu “ao Conselho de Segurança para colocar definitivamente um fim ao ciclo de violência e proclamar imediatamente um cessar-fogo”.

Ele estimou que um país não merece ser dividido e perder centenas de seus filhos por causa do “seqüestro de dois soldados (israelenses)”.

Os bispos sublinharam a necessidade de preservar “a solidariedade nacional”, estimando que “a hora não é de ajuste de contas” e pedem a seus correligionários para “acolher seus irmãos refugiados, não importa de que comunidade eles sejam”.

Por sua vez, o mufti da República, mais alta autoridade sunita, sheikh Mohammad Rachid Qabbani, e o sheikh Abdel Amir Kabalan, mais alta autoridade espiritual xiita, pediram em comunicado comum que “o Conselho de Segurança determine um cessar-fogo imediato”.

Eles disseram que Israel deve assumir “a responsabilidade pelas vítimas civis e pelos enormes danos” e pediram para os dirigentes políticos “preservarem a unidade nacional e inviabilizarem o plano israelense que visa a semear a discórdia”.

A Igreja Ortodoxa russa advertiu, esta semana, que “a nova escalada da violência no Oriente Médio” coloca em risco a paz inter-religiosa e pode desencadear conflitos entre cristãos, muçulmanos e judeus em várias partes do mundo.

Numa declaração de seu Sínodo, a Igreja Ortodoxa russa reconhece que a comunidade internacional não está conseguindo conter as ações “destrutivas e provocatórias” e o “banho de sangue na Terra Santa”, e que há necessidade agora, de uma “reação eficaz” por parte das nações que “historicamente, exercem autoridade no Oriente Médio”.

A declaração sublinha que o conflito poderá ser resolvido quando todos os Estados e todas as forças políticas afastarem “o terrorismo, o ataque às populações civis e libertarem os reféns”.

O Sínodo ortodoxo russo lança um apelo aos cristãos, muçulmanos e judeus da Terra Santa, para que “se respeitem, independentemente de suas diferenças religiosas, nacionais e de qualquer outro tipo”.

ONU: Meio milhão de pessoas necessitam de ajuda urgente no Líbano

A ONU alertou ontem que meio milhão de pessoas, um terço delas crianças, necessitam de ajuda humanitária urgente no Líbano, por isso, na próxima segunda-feira, fará um pedido internacional de arrecadação de fundos.

O anúncio foi feito pelo subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, em uma sessão especial do Conselho de Segurança sobre o grave conflito que envolve o Líbano e Israel.

Egeland disse que se calcula que o conflito tenha afetado meio milhão de pessoas, entre as quais são contados tanto os deslocados como os que estão feridos e não conseguem fugir.

A eles se unem cerca de 155 mil cidadãos que conseguiram sair do país e que se encontram refugiados em Estados vizinhos, aos quais também será preciso prestar assistência.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários denunciou que a intensidade dos ataques e a destruição de pontes e estradas impedem a chegada de ajuda humanitária, por isso exigiu o fim imediato das hostilidades e a abertura de corredores para que o atendimento necessário chegue aos desabrigados.

“A guerra, o terror e os ataques a civis têm que ser detidos.

Tanto no Líbano como no norte de Israel e em Gaza. Muitos civis perderam a vida”, disse Egeland.

Antes de Egeland, o chefe da delegação mediadora enviada pela ONU à região, Vijay Nambiar, disse no Conselho de Segurança que até o momento o conflito custou a vida de 300 libaneses e 34 israelenses.

Nambiar insistiu na necessidade de se alcançar um acordo para cessar as hostilidades, de modo que se possa prestar ajuda humanitária e dar uma oportunidade de a via diplomática atuar para resolver o conflito.

Egeland centrou seu discurso na situação humanitária, que piorou gravemente no Líbano após os ataques à infra-estrutura civil, como pontes, estradas, depósitos de combustíveis, aeroportos e escolas.

Especialmente grave é a destruição de estradas, que impede ou impossibilita o acesso da assistência humanitária aos necessitados, disse.

Apesar de a ONU calcular que o Líbano conta com trigo e outros alimentos necessários para manter-se por entre um e três meses, a falta de infra-estrutura dificulta sua distribuição.

Egeland disse ainda que os hospitais estão funcionando, mas estão “sobrecarregados” devido ao elevado número de feridos e aos cortes de energia.

Egeland deve viajar ainda hoje para o Líbano, para avaliar as necessidades humanitárias e determinar qual será o total que se pedirá aos países doadores no chamado que será feito na próxima segunda-feira em Nova York.

As agências da ONU estão fazendo o possível para prestar assistência. O Unicef se concentrou no fornecimento de água e serviços de saneamento, assim como no envio de remédios.

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) está vigiando as fronteiras com a Jordânia e a Síria para ajudar os refugiados, e instalou três acampamentos nos arredores de Beirute para os deslocados.

Egeland solicitou oficialmente aos Governos de Israel e do Líbano que permitam a abertura de corredores seguros para que as cargas humanitárias possam chegar à população.

Papa elogia decisão de abrir um corredor humanitário no Líbano

O papa Bento 16 saudou nesta sexta-feira a abertura de um corredor humanitário no Líbano e afirmou esperar que uma trégua seja acordada imediatamente depois.

“Acredito que a abertura de um corredor humanitário já é um fato positivo. Esperamos que uma trégua ocorra imediatamente depois de sua inauguração”, declarou o papa à imprensa em Les Combes, no Vale d’Aosta (norte), onde passa as férias.

Bento 16 lembrou o dia de prece em favor da paz no Oriente Médio, para o qual convidou os fiéis.

“É um gesto diante de Deus, mas que também é percebido pelos homens. Espero que ele também seja notado pelos responsáveis políticos”, disse.

Culto ecumênico no Paraná lembra as vítimas

A comunidade mulçumana, parentes e amigos da colônia libanesa em curitiba, realizaram na sexta-feira mais uma manifestação contra o conflito no Oriente Médio. Um culto ecumênico lembrou as vítimas nos ataques contra o sul do Líbano, e fez um apelo pelo fim imediato das agressões à população civil. O ato reuniu diversas denominações cristãs além dos mulçumanos na mesquita Imam Ali ibn Abi Tálib, em Curitiba, no Alto São Francisco.

O xeique Muhammad Khalil, líder da comunidade muçulmana de Curitiba, leu um manifesto no qual condenou com veemência os ataques do exército israelense contra zonas que o governo libanês onsidera áreas civis no sul do Líbano. Já o governo de Tel Aviv afirma que as regiões atacadas são usadas pelo Hizbollah para efeturar ataques com mísseis contra Israel. A sexta-feira é considerada o dia sagrado dos muçulmanos.

“A nossa prece hoje e sempre é pela paz, contra todas as formas de violência, que hoje aflige não só o Líbano, mas, também, o nosso País”, declarou dom Dirceu Vegini, bispo auxiliar de Curitiba, que representou o arcebispo da capital, dom Moacyr José Vitti, no evento, que teve ainda a participação de dezenas de freiras das mais variadas denominações, pastores evangélicos, cristãos ortodoxos e representantes de movimentos sociais. Após o culto, foi aberta uma exposição de fotos sobre os ataques ao Líbano, na Mesquita, que está aberta à visitação pública.

O presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular, Pastor Irineu Rodrigues, lembrou que para falar de paz é necessário, primeiro, falar em amor. “Estamos aqui solidários e confiantes na fé de que é possível ter um Paraná melhor, um Brasil melhor, um mundo melhor”.

Fonte: Último Segundo, Rádio Vaticano, AFP, Folha Online e Jornal do Estado do Paraná

Cassiane lança seu primeiro DVD

Cassiane ao lado do seu esposo JairinhoChega às lojas de todo país o DVD Cassiane 25 anos de muito louvor, primeiro DVD da cantora lançado, este mês, pela MK Music. Gravado ao vivo no dia 23 de novembro, na Catedral das Assembléias de Deus de Santa Cruz (RJ), o trabalho é um marco na carreira de Cassiane.

O evento reuniu aproximadamente 8 mil pessoas, que louvaram a Deus com os sucessos de mais de 20 anos de carreira.

Com 26 faixas o DVD reúne as músicas que mais marcaram a carreira da cantora. Acompanhada por uma orquestra, regida por seu marido e maestro Jairo Manhães, Cassiane interpreta sucessos que a consagraram no cenário gospel nacional, como “Com Muito Louvor”, “Igreja Pequena”, “Vai Haver Festa no Céu”, além de outros clássicos como “Imagine um Lugar” e “500 Graus”.

O DVD tem 154 minutos e vem recheado de extras: making of, entrevista, galeria de fotos, discografia, homenagem, confraternização, além de uma surpresa. O áudio está em Dolby Digital 5.1, mas também apresenta uma versão em 2.0. O vídeo traz legendas em português, inglês e espanhol, e o que é melhor: o DVD é região 0, ou seja, roda em qualquer aparelho.

Biografia

Nascida em lar evangélico, desde cedo Cassiane freqüentava a igreja. Sempre muito esperta e extrovertida, com apenas 3 anos começou a cantar em cultos com o apoio de sua família e admiração de todos que lhe assistiam. Porém, muito antes disso acontecer, Cassiane já tinha sido escolhida por Deus.

Com apenas 11 meses, ela contraiu uma enfermidade que até hoje ninguém sabe diagnosticar. Em uma das crises, quando foi levada ao antigo posto do INPS da Rua Nilo Peçanha, em Nova Iguaçu, foi dada como morta.

Sua mãe, D. Castália, não absorveu aquela palavra e através de muita oração Deus restaurou a vida da menina. Com o passar dos anos seu ministério foi se fortalecendo.

Cassiane descobriu muito cedo que cantar louvores a Deus seria sua forma de agradecer por tudo que tinha e demonstrar às pessoas tudo aquilo que ela tinha experimentado. Gravou seu primeiro disco aos 8 anos de idade e, a partir daí, não parou mais.

Cassiane gravou até hoje 15 trabalhos musicais, sendo seus sete últimos, já pela MK Publicitá, todos sucessos de vendas. São eles: Atualidades (1992), Força Imensa (1993), Puro Amor (1994), Sem Palavras (1996) – disco de Ouro –, Para Sempre (1998) – disco de Platina, Com muito louvor (1999) – disco de Platina Duplo, com mais de 750 mil cópias vendidas e que já caminha para o disco de Diamante –, Recompensa (2001) – Disco de Ouro –, A Cura (2003) – Disco de Ouro – e Sementes da Fé, seu mais novo CD. Todos são provas incontestáveis de que Cassiane é a representante número um do legítimo gospel pentecostal, como aponta o TOP 100 da Revista Sucesso CD de 2003, onde figurou como o único CD gospel entre os 100 mais vendidos em todo Brasil.

Em 2005, ela e o marido, o maestro Jairinho Manhães, foram ordenados pastores. Isso fez de Cassiane a primeira pastora das Assembléias de Deus do Brasil, um dos mais belos frutos do que o seu ministério tem provocado na vida daqueles que, de alguma maneira, receberam uma ministração dela.

Fonte: Elnet e site oficial da cantora

Governador é acusado de distribuir café da manhã para evangélicos

O governador de Rondônia Ivo Cassol (PPS), candidato à reeleição, e integrantes de seu partido que também disputam a eleição, estão sendo acusados no Tribunal Regional Eleitoral de distribuir café da manhã a pastores e fiéis da Igreja do Evangelo Quadrangular, que, recentemente, declarou apoio ao projeto de reeleição d e Cassol.

A representação foi protocolada pela coligação Rondônia no Coração (PT/PSC/PRTB/PC DO B), no último dia 19, através do advogado Ernande da Silva segismundo.

Também são denunciados na mesma representação os candidatos ao Senado Expedito Júnior (PPS) e a deputado federal Rubens Moreira Mendes (PPS).

Fonte: tudorondonia.com

Igreja Católica apela à reconciliação no México

A Igreja Católica no México convocou uma jornada de oração “pela reconciliação, a concórdia e a paz” no país, literalmente dividido a meio depois das eleições presidenciais do passado dia 2 de Julho.

As eleições deram a vitória a Felipe Calderón, por uma diferença de 0,58% sobre Andrés López Obrador, que impugnou o resultado e pediu a recontagem voto a voto. Neste contexto, a Igreja fez um apelo a todos os mexicanos “para que se tranqüilizem diante da incerteza gerada pela falta de um vencedor declarado nas eleições presidenciais”. A jornada de oração pela paz terá lugar entre 31 de Julho e 6 de Agosto.

A situação no México, contudo, não parece ser fácil de resolver. Nas últimas horas, Andrés Manuel López Obrador disse ter 21 caixas com documentos comprovando que houve uma fraude na votação de 2 de Julho. O vencedor das eleições, Felipe Calderón, opõe-se à verificação voto a voto.

Fonte: Agencia Ecclesia

Movimento de Evangélicos Progressistas organizam comitê pró-Lula

Representantes do Movimento de Evangélicos Progressistas se reuniram nesta sexta-feira na sede nacional do PT, em São Paulo, para elaborar um comitê de apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste primeiro encontro, o assunto principal foi a estratégia de campanha no meio evangélico. Entre as idéias estão a criação de comitês estaduais e a nomeação de coordenadores municipais para a melhor distribuição do material de campanha.

De acordo com informações do site oficial do PT, o Movimento sugeriu ainda que Lula escreva uma carta destinada ao evangélicos para que cópias dela sejam distribuídas em todo o país.

Integrantes de diversos segmentos evangélicos estiveram presentes, entre eles batistas, metodistas, presbiterianos, da Assembléia de Deus, Deus é Amor, Nazareno, Renascer em Cristo e Universal do Reino de Deus. “Temos eleitores, simpatizantes e militantes do PT em todos os segmentos evangélicos”, afirmou o pastor presbiteriano Geziel Santos, um dos coordenadores do movimento.

Fonte: Diário do Grande ABC

Oriente Médio: Ataque israelense choca cristãos

Os cristãos que moram no bairro de Ashrafie ficaram chocados e surpresos, nesta quarta-feira, com o primeiro bombardeio israelense a uma área não muçulmana da capital libanesa, desde o início dos ataques há uma semana. O Líbano pediu ajuda ao Vaticano para que faça pressão por um cessar-fogo nas batalhas Oriente Médio.

O bombardeio teve como alvo dois caminhões e não fez vitimas mas foi suficiente para fazer muita gente correr assustada para abrigos subterrâneos.

Os caminhões eram usados para cavar poços artesianos, mas é possível que a aparência dos veículos – que têm uma grande broca repousando horizontalmente na parte de cima – tenha feito com que eles fossem confundidos com lançadores de foguetes.

“Aqui é um bairro cristão. Não temos armas e nem milícia”, reclamava enfurecido George Yussef, um cristão que mora bem em frente do terreno onde estavam os caminhões.

“Se os israelenses querem brigar com seus inimigos que eles pelo menos saibam onde eles estão”, disse.

Vale do Beka

Outros ataques a áreas cristãs já vem acontecendo no Vale do Beka, perto da fronteira entre com a Síria.

Israel está atacando aquela área para impedir que armas e suprimentos consigam entrar no Líbano a partir do território sírio.

Analistas temem que se a comunidade cristã acabar envolvida de maneira profunda nesta crise a violência pode escalar ainda mais.

O Líbano é um país profundamente dividido em linhas sectárias e religiosas (cristãos, muçulmanos xiitas, muçulmanos sunitas e, em menor número, druzos).

A divisão se reflete tanto na partilha do poder político – feita no acordo que encerrou a guerra civil libanesa em 1991, depois de 15 anos de conflito – como na separação das comunidades por regiões do país ou bairros dentro das cidades.

Tensão sectária

Mas Yussef diz que este conflito não chegou a provocar tensão entre as diferentes comunidades que vivem no país.

“Por hora não há nenhuma tensão e espero que tenhamos conseguido superar este problema no Líbano”, diz.

O cristão libanês – que também tem cidadania francesa – diz que “de maneira alguma” pensa em deixar o país devido à violência.

Mas há outros libaneses que já não estão mais seguros de que querem continuar a viver no país, como Nancy Onsy, uma cristã que também mora ao lado da área atacada ontem pelos israelenses.

“Amo o Líbano mas está ficando muito difícil viver aqui. De novo”, desabafa.

Líbano pede ajuda ao Vaticano

O Líbano pediu ajuda ao Vaticano para que a Santa Sé faça pressão por um cessar-fogo nas batalhas Oriente Médio. Na tarde desta quarta-feira, o filho do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri – morto em um atentado no ano passado -, Saad Hariri, encontrou-se com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano.

Hariri, que, como o falecido pai, atua na política libanesa, tem um encontro marcado com o ministro do exterior italiano na quinta-feira. A Itália vem atuando como o que o primeiro-ministro Romano Prodi chama de “facilitador” nos esforços para combater a crise.

A agência de notícias filiada ao Vaticano Ásia News informou nesta quarta-feira que o primeiro-ministro libanês Fuad Saniora telefonou a Sodano um dia antes para buscar uma ajuda do Vaticano para um cessar-fogo nos conflitos.

O Papa Bento XVI, durante uma aparição a peregrinos no domingo durante suas férias nos Alpes Italianos, lamentou as mortes de civis no conflito e pediu aos líderes para que”retornem ao caminho do entendimento” e do diálogo aberto.

Na semana passada, Sodano disse que a Santa Sé condenou tanto os ataques terroristas quanto a retaliação de Israel contra alvos libaneses. O Líbano tem uma grande população católica.

Cruz Vermelha pede 6,4 milhões de euros para o Líbano

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) fez ontem um primeiro pedido de 6,4 milhões de euros para o Líbano, fundamentalmente para atender os feridos em um conflito que, segundo seu diretor de operações, Pierre Krahenbuhl, “gera sérias dúvidas sobre o respeito do princípio de proporcionalidade”.

“Nossa principal preocupação é a situação da população civil, que está suportando uma carga extremamente pesada em conseqüência da ação militar que está em andamento”, disse Krahenbuhl em entrevista coletiva em Genebra. O diretor destacou “o elevado número de baixas civis e os grandes danos provocados às infra-estruturas civis em apenas uma semana”.

“Esses danos fazem com que tenhamos sérias dúvidas sobre o respeito do princípio da proporcionalidade no contexto das hostilidades, que alguém terá que esclarecer”, afirmou, sem especificar que parte estava sendo desproporcional em suas respostas.

O CICV contabilizou no Líbano entre 220 e 230 civis mortos e 600 feridos, enquanto em Israel houve 13 mortes e 150 feridos, segundo Krahenbuhl, que ressaltou que esses dados “mudam a cada hora”.

Nesse sentido, Krahenbuhl disse que uma das principais diferenças entre este conflito e outros com que lidou como diretor de operações do CICV é “a rapidez com que tudo está acontecendo”. Segundo ele, “isso impede que se possa ter uma idéia clara da situação”.

Por isso, por enquanto, o CICV pedirá somente dez milhões de francos suíços (6,5 milhões de euros) à comunidade internacional, à espera de que “em algumas semanas se possa emitir um segundo pedido de fundos com uma visão mais clara da situação”.

Esses fundos serão destinados em parte a fortalecer a Cruz Vermelha do Líbano, que já mobilizou 2.400 voluntários e cerca de 300 ambulâncias, e a “prioridade absoluta” será “atender feridos e doentes”, a que “agora o acesso está severamente restringido”.

No entanto, Krahenbuhl se mostrou otimista em relação à possibilidade de que as partes respeitem os trabalhos da organização. Segundo o diretor, “os indícios indicam” que a atividade diária da organização humanitária será respeitada.

Mas o otimismo de Krahenbuhl desaparece quando se trata da possibilidade de visitar os dois soldados israelenses seqüestrados pela milícia xiita libanesa Hisbolá.

“Pedimos ao Hisbolá que os trate com humanidade e respeite suas vidas e dignidade e insistimos em que têm direito a entrar em contato com seus familiares. Também pedimos para ter acesso a eles, mas até agora não tivemos uma resposta positiva”, afirmou o diretor, ressaltando que a CICV continuará tentando um contato com os reféns.

O pior ataque: 64 mortos no Líbano

Os bombardeios de Israel no Líbano causaram ontem o maior número de mortes num só dia de ataques: 63 civis e 1 militante do grupo islâmico Hezbollah, elevando para cerca de 300 o saldo de libaneses mortos em oito dias de conflito. Mais de mil ficaram feridos nesse período no país, segundo balanço do primeiro-ministro Fuad Siniora.

Na noite de ontem, a aviação israelense lançou 23 toneladas de bombas sobre Bourj al-Barajne, uma área no sul de Beirute onde fica o bunker do líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah. Segundo militares de Israel, o xeque provavelmente estava no local. No entanto, a TV Al-Manar, do Hezbollah, informou que ninguém do grupo ficou ferido nesse ataque.

O Hezbollah continua lançando dezenas de foguetes contra o norte de Israel: 140 apenas ontem, mais de 900 em oito dias. Um deles atingiu ontem a cidade árabe de Nazaré, matando 2 crianças e ferindo outras 20 pessoas (ler mais na página 14). A morte das crianças e de dois soldados do Exército de Israel em confronto com militantes do Hezbollah, no sul do Líbano, elevou para 29 os mortos israelenses (15 eram civis).

O conflito começou no dia 12, depois que o Hezbollah invadiu território israelense e capturou dois soldados com o objetivo de trocá-los por libaneses e outros árabes presos em Israel. Não há indícios de solução diplomática à vista. Tanto Israel como o Hezbollah se declaram prontos para lutar por um longo tempo e os Estados Unidos, Síria e Irã – países com algum poder de intervenção sobre os dois lados em conflito – não parecem empenhar-se por um cessar-fogo.

Papa pede orações

O Papa Bento XVI convocou para domingo, 23 de julho, um dia de orações e penitências para o fim “imediato” do confronto entre israelenses e libaneses, informou hoje o Vaticano.

O Pontífice afirmou que o Líbano tem direito ao “respeito a sua integridade como país”, que os palestinos têm direito de “uma pátria livre e soberana” e Israel de “viver em paz em seu Estado”.

Em comunicado divulgado “devido ao agravamento da situação no Oriente Médio”, o Vaticano informou que Bento XVI “continua muito preocupado” com o destino dos povos afetados.

“Por isso, convoca para domingo, 23 de julho, um dia especial de preces e penitências, pedindo aos pastores e fiéis de todas as igrejas, assim todos os cristãos do mundo, a implorar a Deus o dom precioso da paz”, afirmou o Vaticano.

De forma “particular”, o Papa quer que as preces se elevem a Deus “para que pare imediatamente” o fogo entre as partes, “sejam criados corredores humanitários para levar ajuda às povoações que sofrem, e comecem negociações razoáveis e responsáveis para acabar com as situações de injustiça existentes nessa região”.

“Neste doloroso momento, Sua Santidade faz uma chamada às organizações de caridade para que ajudem todas as povoações afetadas por este impiedoso conflito”, ressaltou o Vaticano.

Bento XVI expressou várias vezes nos últimos dias sua preocupação com a situação no Oriente Médio, e insistiu na necessidade de abandonar as armas e voltar às negociações, único caminho – diz – que leva à paz que as partes desejam.

O comunicado de hoje acontece poucas horas depois de o deputado libanês Saad Hariri – filho do ex-primeiro-ministro assassinado Rafik Hariri – se reunir no Vaticano com o secretário de Estado, o cardeal Angelo Sodano, ao qual pediu ajuda para um cessar-fogo em seu país após os ataques de Israel.

Há dois dias, o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, manteve uma longa conversa por telefone com o cardeal Sodano, segundo fontes diplomáticas.

Fonte: BBC Brasil, Terra, EFE e Estadão

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