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Arquivo do Vaticano ‘tem documentos sobre Brasil’

VaticanoDocumentos enviados ao Vaticano pela Nunciatura Apostólica no Brasil entre 1922 e 1939 fazem parte do acervo que a Santa Sé colocou à disposição dos pesquisadores a partir desta segunda-feira.

Os historiadores têm agora à disposição cerca de 30 mil dossiês e dezenas de milhares de documentos relativos ao pontificado de Pio 11. São 17 anos, de 1922 a 1939, considerados como um dos períodos mais difíceis do século XX.

“Este pontificado se coloca entre as duas guerras mundiais, vê o surgimento de nazismo, fascismo e comunismo, a crise de 29, a guerra civil espanhola e a guerra no México”, explica Gian Maria Vian, professor de história da Igreja Católica na Universidade la Sapienza de Roma.

Em entrevista à BBC Brasil, o professor, que irá pesquisar no arquivo do Vaticano, afirmou que o material do acervo conta com documentos vindos do Brasil.

“A representação diplomática pontifícia no Brasil tem 180 anos, é de 1826, portanto há importantes documentos”, afirmou Gian Maria Vian.

Até hoje, o embaixador da Santa Sé no Brasil é considerado o decano do corpo diplomático no país por fazer parte da representação que é considerada a mais antiga, tendo chegado ao Brasil nos tempos do Império.

História civil e política

O monsenhor Ricardo Dias Neto, chefe de redação do jornal do Vaticano, “Osservatore Romano”, explicou que “o pontificado de Pio 11 foi muito rico e, no que diz respeito ao relacionamento com a Santa Sé, o Brasil sempre teve uma precedência muito grande”.

Na opinião do religioso, a abertura dos arquivos vai interessar os historiadores brasileiros, não apenas do ponto de vista religioso.

Foi durante o pontificado de Pio 11 que Getúlio Vargas chegou ao poder no Brasil.

“O interesse vai ser principalmente para uma atualização de documentos sobre a história da Igreja mas também sobre a história civil e política do país”.

O material proveniente do Brasil não seria apenas a correspondência entre a nunciatura apostólica e Roma.

Segundo o professor Gian Maria Vian, há também documentos do arquivo da nunciatura no Rio de Janeiro, como as cartas das autoridades brasileiras e os detalhados relatórios dos bispos sobre a situação e problemas de cada diocese.

“É uma visão de todo o país, uma documentação importante, de todos os problemas do período que vai de 1922 a 1939”.

Holocausto

Na opinião de analistas, muitos fatos históricos podem ser esclarecidos através do exame dos decretos, encíclicas, correspondência diplomática e papéis da Secretaria de Estado, que formam o arquivo privado do papa.

Segundo o vaticanista Giancarlo Zizola, vai ser possível, por exemplo, entender melhor qual foi a linha política do Vaticano sobre o extermínio de judeus por parte do regime nazista.

“A abertura deste arquivo pode dar indicações sobre a linha da Santa Sé quanto ao Holocausto, saberemos mais sobre os difíceis equilíbrios e as lutas que ocorriam nos andares altos dos palácios do Vaticano a propósito do totalitarismo, da guerra na Espanha e do 3° Reich”, disse ele à BBC Brasil.

Naquele período, alguns dos principais colaboradores de Pio 11 eram futuros papas. Eugenio Pacelli, secretário de Estado, se tornaria Pio 12, criticado por sua atitude pouco solidária com as vítimas do Holocausto. João Batista Montini, papa Paulo 6º, era funcionário da Secretaria de Estado e o futuro João 23 era então enviado apostólico na Bulgária.

Para alguns historiadores, porém, nada de muito revelador deverá surgir desta nova abertura dos arquivos secretos do Vaticano, que começaram a ser liberados para os estudiosos em etapas a partir de 1880.

Segundo a pesquisadora do Centro de Documentação Hebraica de Milão, Liliana Picciotto, “só com a abertura dos arquivos de Pio 12 é que vai se poder entender melhor qual foi o papel do Vaticano durante o Holocausto”.

Apesar das pressões, contudo, esta parte do arquivo ainda não tem data para ser aberta.

Para consultar o arquivo do Vaticano, é preciso ter diploma universitário, com curso de 4 anos, e dispor de carta de apresentação de um instituto de pesquisa.

Fonte: BBC Brasil

EXPOCRISTÃ 2006 supera expectativa de público e evidencia a evolução do mercado cristão

A quinta edição da EXPOCRISTÃ superou mais uma vez as expectativas de público e de volume de negócios realizado durante a maior feira de produtos e serviços para cristãos.

Respondendo ao incentivo da organização, a visitação dos livreiros, lojistas, pastores e líderes teve um crescimento expressivo nesta edição, já que seu acesso ao evento era gratuito.

Quem visitou a feira, pode conferir uma diversidade muito grande de produtos, serviços e eventos. A feira reuniu em um só local mais de 300 empresas do segmento, que estavam divididas em: editoras, gravadoras, alternativos, instrumentos musicais, responsabilidade social e mídia.

A abertura do evento foi oficializada com uma grande celebração, denominada de “Encontro com Presidentes”, reuniu pastores e presidentes de instituições e empresas que puderam comentar sobre o crescimento da igreja no Brasil, a celebração contou com a palestra do Pr. Josué Campanha e comentários de Mário César – presidente da ABIGRAF, Pr. Carlito Paes – presidente do Ministério Propósitos, Pr. Jabes de Alencar – presidente do CIMEB, Pr. José Bernardo – presidente da Amme Evangelizar, Pr. Orlando Silva – presidente do O Brasil para Cristo, Pr. Paschoal Piragine – presidente da CBB, entre outros.

Participou também da abertura oficial da feira, o Governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, além de diversos deputados, vereadores e outras autoridades que juntos cortaram a fita inaugural.

Outro evento que marcou a abertura da EXPOCRISTÃ, foi o Banquete Internacional, com devocional do Pr. Márcio Valadão, o jantar contou com a participação de mais de 600 convidados ilustres, além da entrega dos Prêmios ANLE / EXPOCRISTÃ e Consumidor Cristão aos destaques de 2006.

Entre os fatos marcantes desta edição da feira, podemos destacar a Conferência Voe mais Alto, com temas voltados para pastores e líderes, o evento lotou os auditórios e teve como palestrante Dr.Augusto Cury, Prof. Gretz, Pr. Carlito Paes, Pr. Mário Simões e Rev. Jeremias Pereira.

Destaque também para a entrega do disco de platina para o Ministério Diante do Trono, pela vendagem de 250.000 cópias de seu 9º trabalho “Por Amor de Ti, oh Brasil” e disco de Ouro pelo trabalho infantil “A arca de Noé”, outro cantor que também recebeu disco de ouro, foi David Quinlan, pelo seu trabalho “Águas Profundas”, além das premiações foram realizados durante a EXPOCRISTÃ mais de 100 pocket-shows com artistas de diversas gravadoras, sessões de autógrafos de centenas de livros, lançados pelas editoras especialmente na feira, além de desfiles das coleções de roupas das confecções presentes no evento.

Outro destaque da EXPOCRISTÃ 2006 foi para a expressiva participação das empresas de mobiliários, instrumentos musicais, sonorização, responsabilidade social e ministérios.

A divulgação na mídia merece destaque, a feira contou com a presença de diversos veículos de comunicação, tanto da mídia especializada como também da grande imprensa, gerando grande movimentação durante todos os dias da feira.

Cada vez maior e melhor, a quinta edição da EXPOCRISTÃ trás um resultado surpreendente, mostrando mais uma vez o constante crescimento da prática do cristianismo no Brasil.

Confira abaixo os números da EXPOCRISTÃ 2006:

Visitantes divididos em:
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PARA LOJISTAS – (9,7%)
LIDERES E PASTORES – (35,3%)
MUSICA E SONORIZAÇÃO – (20,9%)
MÍDIA E VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO – (2,0%)
RESPONSABILIDADE SOCIAL – (2,7%)
JOVENS E CRIANÇAS – (21%)
OUTROS – (8,4%)

FATURAMENTO – Mais de 50 milhões de Reais em negócios realizados. (levantamento feito junto às editoras, gravadoras e empresas de produtos alternativos).

NÚMERO DE EXPOSITORES – Mais de 300 empresas de diversos segmentos (editoras, gravadoras, mobiliário, indústria de instrumentos musicais, alternativos, entre outros).

Mais de 100 veículos de comunicação evangélicos e da grande imprensa na cobertura do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa da EBF

Alemanha encerrará atividades em 100 igrejas

igreja abandonadaCem igrejas católicas pertencentes ao bispado de Essen, na região do Vale do Ruhr, no oeste da Alemanha, deverão encerrar suas atividades nos próximos anos, em virtude da diminuição do número de fiéis freqüentadores e do alto custo para manutenção das igrejas.

Apesar de poderem se orgulhar de contar com um conterrâneo, o cardeal Joseph Ratzinger, o papa bento XVI, os católicos de uma das mais desenvolvidas nações do globo deverão assistir à destinação de muitas de suas igrejas a outra funções, religiosas ou não – de sinagogas a centros culturais.

Segundo o encarregado de cultura e imóveis do bispado de Essen, o teólogo Herbert Fendrich, das 350 igrejas que integram atualmente o bispado (composto por importantes municípios do oeste alemão, como Essen, Duisburg, e Bochum), 100 deverão encerrar suas atividades em breve – pelo menos no que se refere a atos religiosos católicos. Escolhidos pelo bispo de Essen, os templos deverão passar pelo chamado processo de “profanização”, antes de terem suas instalações cedidas a outras atividades.

Na cerimônia de profanização, que antecede a passagem da igreja a novas funções, as velas da igreja são apagadas, o tabernáculo é retirado e os fiéis deixam o local, em procissão.

Entre os motivos do fechamento de tantas igrejas em um país cuja população de aproximadamente 80 milhões de pessoas tem cerca de 50 milhões de cristãos declarados (dos quais 50% católicos, 50% protestantes), estão a diminuição do número de fiéis que freqüentam as missas e as dificuldades econômicas para manter as igrejas.

Só em Duisburg, município com população aproximada de 500 mil habitantes, dos quais 200 mil são católicos, segundo estimativas do bispado de Essen, há atualmente 50 igrejas em funcionamento. “Já tivemos mais de um milhão e meio de católicos em todo o vale do Ruhr, em 1960. Hoje temos 900 mil, e prevemos que esse número deva cair ainda mais, chegando a 650 mil em 2050”, declarou Herbert Fendrich, em entrevista coletiva a jornalistas brasileiros, no piso superior da igreja de Liebfrauenkirch, de fachada moderna, que mesmo localizada em uma das mais nobres áreas de Duisburg está na lista das que terão suas atividades religiosas encerradas ou drasticamente reduzidas.

Novas realidades

“Essa diminuição do número de fiéis se deve à baixa da natalidade, ao envelhecimento da população e à dificuldade da Igreja para se adaptar a novas realidades.

Com isso, hoje temos igrejas demais para o número de fiéis”, acrescentou, mencionando também um “enxugamento” no número de paróquias, que caiu de 265 para 42, em meio a outras dificuldades, como o baixo número de padres.

Contribuições

Fazendo referência ao sistema trabalhista alemão, que permite o desconto em folha de pagamento de contribuições para a Igreja, daqueles que se declarem formalmente religiosos, Herbert Fendrich diz que a Igreja alemã “se acomodou”há muitos anos.

“A Igreja vive dos impostos eclesiásticos, mas a população diminuiu, e a nossa região do Vale do Ruhr tem desemprego cada vez mais alto. Quem está desempregado não paga o imposto clerical.

Assim, a arrecadação foi diminuindo mais e mais”, explicou, citando a região do oeste alemão que representou um dos principais núcleos da industrialização do país, com forte presença de empresas de aço e carvão, atividades hoje em declínio, contribuindo para a taxa média de desemprego de 15%, na região do Ruhr.

“No geral, a Igreja Católica alemã ainda é uma das mais ricas do mundo. Mas cada bispado tem de cuidar da sua realidade, e em Essen gastamos todas as reservas”, afirma o teólogo, hoje envolto em um papel de “corretor de igrejas”, estimando em 70 milhões de euros (aproximadamente 196 milhões de reais), a dívida contraída pelo bispado em 2005.

Crise católica

“Pode-se dizer que o país do papa enfrenta uma crise católica”, afirma Fendrich, para quem a a situação do bispado de Essen é particularmente grave, mas exemplifica uma tendência refletida em toda a Alemanha.

“Se somos ou não o país do papa, isso não faz muita diferença quanto a esse aspecto”,diz, apontando o envelhecimento da população como outro vértice da questão.

“Hoje, a missa de domingo é acompanhada praticamente por pessoas acima de 65 anos. A linguagem da missa, e a do próprio papa, ainda é de difícil comunicação com os jovens”, avalia, pontuando que o ensino de religião nas escolas, obrigatório na Alemanha, é “tanto uma oportunidade, quanto um risco”.

“O jovem pode identificar a Igreja com a chatice da escola. Precisaríamos de uma nova concepção da presença da Igreja na vida dos jovens”.

Fonte: Diário do Nordeste

Arcebispo anglicano de Cantuária pede calma a muçulmanos

O arcebispo de Cantuária, Dr. Rowan Williams, primaz da Igreja Anglicana, pediu calma, nesta segunda-feira, frente à onda de indignação que se estende no mundo muçulmano, pelo discurso do Papa na Universidade alemã de Regensburg, afirmando que os trechos ganham peso somente se retirados do contexto em que foram feitos.

“O Papa já se desculpou e acho que seu ponto de vista deve ser julgado a partir da integridade de seu discurso, no qual falou de forma muito positiva da necessidade de diálogo entre as religiões” _ afirmou o arcebispo anglicano.

“Há elementos no Islã que podem justificar a violência, assim como há no Cristianismo e no Judaísmo” _ enfatizou. “Essas crenças religiosas pertencem aos humanos, que são falíveis. Portanto, é preciso admitir que podem ser deformadas”, concluiu.

Fonte: Rádio Vaticano

Pastor é encontrado com um tiro rosto em Pernambuco

Um pastor foi assassinado com um tiro no lado esquerdo do rosto, na rua do Cajueiro, em Prazeres, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.

O crime ocorreu no início da tarde desta quarta-feira (20). Jadilson Eliaquim da Silva, 36 anos, foi socorrido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e deu entrada no Hospital Otávio de Freitas às 13h46.

Testemunhas deram duas versões do seu assassinato. Alguns dizem que ele foi morto por um homem que dirigia uma moto, outros dizem que o assassino estava de bicicleta.

A vítima morava em Candeias e, de acordo com a família, que não sabe explicar o motivo do crime, ele era pastor de uma igreja da região.

A polícia ainda não tem pistas sobre o crime, que será investigado pela Delegacia de Prazeres.

Fonte: pe360graus.com

Estúdios Fox lançam selo de vídeo para público cristão

A idéia de desenvolver o FoxFaith (“Fox Fé”, em tradução livre), que lançará filmes cristãos em DVD, veio depois do sucesso de A Paixão de Cristo, filme da produtora dirigido por Mel Gibson sobre as últimas 12 horas na vida de Jesus.

O FoxFaith também vai investir em até 12 filmes por ano para os cinemas, através de um acordo com a distribuidora The Bigger Picture.

“Vimos a oportunidade de suprir a demanda de um mercado não atendida até agora”, disse um porta-voz da Fox.

Western

A iniciativa começará com o lançamento do westernLove’s Abiding Joy em 250 cinemas dos Estados Unidos, no dia 6 de outubro.

O filme explora a idéia de que alguns pioneiros americanos contavam com a fé para ajudá-los a sobreviver nos momentos mais difíceis da vida.

Love’s Abiding Joy é um dos vários filmes com temas religiosos que esperam atingir o público que ajudou A Paixão de Cristo a faturar mais de US$ 600 milhões (cerca de R$ 1,3 milhão) em todo o mundo.

Entre os futuros lançamentos, estão ainda Facing the Giants, um filme sobre um time escolar de futebol americano, e Paraíso Perdido, baseado no poema épico de John Milton.

Fonte: BBC Brasil

Organização islâmica ameaça cristãos em Gaza

Uma organização islâmica de Gaza até então desconhecida ameaçou ontem fazer represálias contra a minoria cristã se o Papa Bento XVI não pedir desculpas pelas declarações feitas na cidade alemã de Regensburg, nas quais supostamente atacou o Islã.

Em comunicado enviado à agência de notícias palestina “Ramatan”, o autodenominado “Exército Mehdi” exige um “pedido de perdão em forma expressa” do Papa. Não se sabe se há uma conexão entre esta organização e a de mesmo nome existente no Iraque.

O grupo islâmico afirmou em comunicado que quem estiver em lugares onde há cristãos “correrá perigo”.

Os organismos de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) não possuíam nenhuma informação sobre o “Exército Mehdi”.

Do total de 1,4 milhão de palestinos que vivem na faixa de Gaza, apenas 4 mil são cristãos, em sua maioria ortodoxos, portanto alheios à Igreja Católica Apostólica e Romana, cujo chefe supremo é o Papa.

O Mufti, a máxima autoridade islâmica na Terra Santa, com sede em Jerusalém, também declarou hoje a jornalistas que a explicação dada por Bento XVI “é insuficiente” e pediu que ele “peça desculpas às claras”.

Fonte: EFE

Reunião discute cobrança da taxa de lixo em templos religiosos

O presidente da Câmara de João Pessoa, vereador Professor Paiva (PT), se reuniu, em seu gabinete, com o secretário de Articulação Política da Prefeitura, Francisco Barreto, e representantes de segmentos religiosos para discutir possíveis modificações na mensagem do Executivo que trata da revisão fiscal do Município.

Com a presença de outros parlamentares, ficou acertado, em consenso, que matéria será votada, com algumas alterações, na sessão desta quinta-feira. Denominado de pacote fiscal, o projeto, que chegou na Câmara no dia 12 deste mês, prevê reduções nas TCR (Taxa de Coleta de Resíduos) de templos religiosos, cooperativas e terrenos baldios.

Os vereadores e representantes de templos religiosos estão questionando a cobrança de taxas para realização de eventos em área pública e o mesmo valor da TCR que é cobrado aos templos religiosos e grandes equipamentos comerciais. Esses dois pontos serão discutidos e podem ser alterados, através de emendas.

Professor Paiva disse que a matéria tem que ser votada antes do dia 30 deste mês. Ele comentou que o acordo foi bom para a Cidade e atende as reivindicações dos segmentos religiosos interessados no assunto. O secretário Francisco Barreto ressaltou que o acordo revelou a maturidade político entre os Poderes Executivo e Legislativo.

Estavam presentes na reunião os vereadores Aristávora Santos (PTB); Benilton Lucena (PT), líder do prefeito; Padre Adelino (PDT); Durval Ferreira (PP) e os pastores José Alves (Igreja Presbiteriana da Torre) e Kerly Carneiro (1º Igreja Batista da Capital). José Alves observou que a reunião foi muito importante e alcançou o objetivo desejado dos segmentos religiosos. Ele não tem dúvidas de que essas modificações vão evitar conflitos entre as igrejas e a administração municipal no que se refere a cobrança de taxas e impostos.

Fonte: O Norte Online

Declarações de oficial americano surpreendem líderes eclesiásticos

Líderes da igreja no Vietnã expressaram surpresa com a declaração constante de um relatório feito pelo Embaixador Geral de Liberdade Religiosa Internacional John Hanford, na sexta-feira, 15 de setembro.

Ele afirma que o “Vietnã atravessou o ponto crítico e fez um enorme progresso no que diz respeito à liberdade religiosa”.

A maioria dos observadores concluiu que esta declaração foi um sinal claro de que o embaixador pretende recomendar que o Vietnã seja removido da relação dos Países de Preocupação Específica do Departamento de Estado dos EUA. A relação é uma “lista negra” dos piores violadores da liberdade religiosa neste ano. Na sexta-feira, o Escritório de Liberdade Religiosa Internacional (OIRF, sigla em inglês) do Departamento do Estado americano divulgou seu relatório anual sobre a liberdade religiosa em 197 países, declarando que “ocorreram progressos significativos na questão da liberdade religiosa no Vietnã”.

Um dia depois da divulgação das declarações de Hanford na internet, dois líderes eclesiásticos do Vietnã ligaram para a agência de notícias Compass expressando surpresa de que o embaixador tivesse declarado um “enorme progresso” na liberdade religiosa.

Quando estes e outros líderes de igreja conversaram com Hanford durante sua recente visita ao Vietnã, eles disseram ao embaixador que, em algumas regiões, eles estavam enfrentando menos problemas e menos perseguição do que antes e que tinham uma esperança cautelosa de melhora da situação. Para eles, isso era visto como um progresso bastante modesto na melhor das hipóteses.

Eles temem que as declarações do embaixador encorajem o Vietnã a afrouxar nos seus esforços de mudança.

Questões invasivas

Aproximadamente 50 organizações de igrejas domésticas concordaram que deveriam tentar registrar suas atividades como exige a nova legislação sobre religião, promulgada nos últimos dois anos. Mas os responsáveis por essas organizações mencionaram a natureza altamente invasiva de algumas das questões que devem ser respondidas, dizendo que são desnecessárias e incompatíveis à liberdade religiosa.

O procedimento também requer a assinatura de um compromisso de não só obedecer à lei, mas também aos decretos dos oficiais locais, sem que haja quaisquer especificações do que estes decretos possam ser. Em muitas partes do país, tais oficiais locais caprichosa e freqüentemente perseguem os cristãos, apesar das leis contrárias a isso.

Conseqüentemente, o processo de registro para estes cristãos continua sendo protelado. Sem receber o registro para a realização de atividades religiosas, essas igrejas domésticas, que representam mais de 200 mil cristãos, permanecem ilegais.

Um líder de igreja doméstica também informou ter obtido um novo documento governamental interno indicando um forte esforço do governo em juntar informações sobre todos os grupos cristãos – e para decidir em que bases cada grupos deve ser registrado. Segundo a nova diretiva, disse ele, os cristãos que não considerem ter uma “genuína necessidade de religião” devem ser “mobilizados a retornar a suas crenças e práticas tradicionais”.

Líderes cristãos no Vietnã indicaram que isso não se parece com um “enorme progresso”.

Das 15 páginas do relatório do OIRF sobre o Vietnã, ao menos seis dedicavam-se à situação protestante, incluindo numerosos incidentes e problemas. Por exemplo, o relatório declara que mais de 500 igrejas minoritárias étnicas da Igreja Evangélica do Norte do Vietnã nas Montanhas do Noroeste solicitaram o registro no ano passado e que a “maioria das solicitações foi completamente rejeitada, ignorada ou retornou sem ser aberta”.

O relatório do ORIF também admite que o Vietnã tem sido lento e parcial na implementação das novas leis.

Sinais de progresso

Ao mesmo tempo, os cristãos no Vietnã estão gratos por algum progresso. Os registros de dezenas de igrejas da minoria étnica montagnard, relatados à Igreja Evangélica do Sul do Vietnã no Planalto Central no ano passado, é um dos casos.

Na sexta-feira, 15 de setembro, a Igreja da Missão Cristã com base em Danang (Co Doc Truyen Giao Hoi) recebeu permissão para comemorar seu 50º aniversário, e nesta ocasião recebeu permissão para realizar atividade religiosa depois de três anos de tentativa. Este nível de permissão é visto como um prelúdio para receber o reconhecimento legal nacional e oficial em algum momento em 2007.

Um membro da igreja informou a ex-missionários nos Estados Unidos que houve uma maravilhosa comemoração. Ele disse que aproximadamente 30 funcionários do governo que participaram estavam muito surpresos em saber das felicitações lidas mundialmente. Esta organização, incluindo tanto as congregações vietnamitas étnicas como a minoria montagnard, seria somente o terceiro grupo protestante no país a receber o reconhecimento legal.

Um conhecido líder cristão da etnia hmong, Ma Van Bay, foi libertado por ocasião da anistia dada aos presos no Dia Nacional de 2 de Setembro. Ele cumpriu aproximadamente dois anos e seis meses de pena por “roubar dinheiro de pessoas”. Como tesoureiro de uma igreja e responsável por manter e usar as modestas ofertas voluntárias dos cristãos hmong, Bay negou as acusações.

Mantido preso e libertado em sua província natal de Ha Giang, ele visitou sua mãe na antes de retornar ao convívio de sua esposa e filhos na província do sul de Binh Phuoc, de onde ele tinha anteriormente fugido devido à perseguição. Bay contou a um contato do Compass que gostaria de expressar sua gratidão a todos que oraram por ele e lutaram por sua libertação.

Fonte: Portas Abertas

Entenda a polêmica entre o papa e os muçulmanos

No dia 12 de setembro, em viagem à Alemanha, o papa Bento 16 discursou em uma universidade. A palestra causou polêmica no mundo islâmico. Entenda toda esta polêmica entre o papa e os muçulmanos, que vem agitando o mundo religioso.

O que o papa Bento 16 disse?

Durante sua palestra, intitulada Fé, Razão e a Universidade: Memórias e Reflexões, ele contou uma história sobre um diálogo entre o imperador bizantino Manuel 2º Paleologus e um persa educado nos assuntos do Cristianismo e do Islã. No diálogo, ficam claras as verdades defendidas por ambos.

O papa fez uma citação de uma frase do imperador ao se referir à questão da Guerra Santa, ou à prática de espalhar a fé com o uso da violência. Leia abaixo um trecho do que o papa falou.

“Na sétima conversa (…) o imperador toca no assunto da Guerra Santa. Sem entrar em detalhes, como a diferença entre aqueles que leram o ‘Livro’ (o Corão) e os ‘infiéis’, ele se dirigiu ao seu interlocutor com uma rispidez surpreendente na questão central sobre a relação entre religião e violência em geral, dizendo: ‘Mostre-me o que Maomé trouxe que era novo, e lá você encontrará apenas coisas más e desumanas, como o seu comando de espalhar pela espada a fé que ele pregava.’

O imperador, depois de se expressar tão fortemente, continuou explicando em detalhe os motivos pelos quais espalhar a fé por meio da violência são desarrazoados. Violência é incompatível com a natureza de Deus e com a natureza da alma. ‘Deus’, ele disse, ‘não fica contente com sangue – e não agir razoavelmente é contrário à natureza de Deus. A fé nasce da alma, e não do corpo. Qualquer um que leve alguma pessoa à fé precisa da habilidade de falar bem e de raciocinar apropriadamente, sem violência ou ameaças.'”

Qual foi a reação dos muçulmanos?

A declaração gerou protestos em todo o mundo muçulmano. Em Nablus, na Cisjordânia, duas igrejas sofreram atentados com bombas.

No Paquistão, o governo chamou o embaixador do Vaticano no país para pedir explicações e o parlamento aprovou uma resolução recriminando o papa.

No Catar e no Egito, importantes líderes religiosos condenaram as declarações. No Irã, o influente clérigo Ahmad Khatami disse: “É lamentável que o líder religioso dos cristãos tenha tão pouco conhecimento do Islã, e que fale sem vergonha disso”.

O que o papa respondeu?

No sábado, quatro dias depois do discurso na Alemanha, a Santa Sé disse que “lamenta profundamente” que trechos da palestra de Bento 16 “possam ter soado ofensivos à sensibilidade dos fiéis muçulmanos”.

Na nota divulgada pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, o pontífice diz respeitar os fiéis muçulmanos e lamentou que suas palavras “tenham sido interpretadas de uma forma que de modo algum correspondem às suas intenções”.

No domingo, o papa falou pessoalmente sobre as declarações durante a benção semanal. A segurança em Roma foi reforçada. Ele disse que as palavras usadas em seu discurso foram escritas há seis séculos e que não refletem a visão dele. O papa falou:

“Eu espero que isso sirva para acalmar os corações e esclarecer o verdadeiro significado do meu discurso, que era e é em sua totalidade um convite para um diálogo sincero e franco, com respeito mútuo.”

A resposta satisfez os críticos?

A réplica do papa também causou divisões.

Alguns entenderam como um pedido de desculpa e elogiaram a atitude do pontífice. Na Alemanha, o Conselho Central de Muçulmanos afirmou que o papa deu um “importante passo” para esfriar as tensões dos últimos dias.

Outros grupos não foram tão receptivos. No Egito, a Irmandade Muçulmana acolheu as palavras de Bento 16, mas afirmou que o pedido de desculpas não é “definitivo”.

No Irã, Índia e Indonésia, houve protestos na segunda-feira. O ministro das Relações Exteriores da Malásia, Syed Hamid Albar, exigiu que o papa faça um pedido de desculpas mais claro.

Qual é a relação entre o papa e o mundo islâmico?

Este não foi o primeiro atrito entre o papa e os muçulmanos.

Na época em que era cardeal, Joseph Ratzinger foi contra a entrada da Turquia na União Européia, dizendo que o país fazia parte de uma esfera cultural muito diferente. Ele disse que o ingresso turco seria um erro na corrente da história.

Em 1996, ele chegou a escrever que o Islã tinha dificuldade de se adaptar à vida moderna. No ano passado, ele acusou líderes muçulmanos na Alemanha de falharem na tarefa de afastar os jovens da “nova barbárie”.

Durante seu papado, o antecessor de Bento 16, João Paulo 2º, apoiou a tentativa de melhora de diálogo entre o mundo islâmico. Em 2001, João Paulo 2º se tornou o primeiro papa a entrar em uma mesquita, durante viagem à Síria.

Em novembro, Bento 16 visitará a Turquia. A visita está confirmada, mesmo depois dos protestos contra suas declarações. O governo do país disse que o pontífice é bem-vindo.

Fonte: BBC Brasil

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